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Significado de 1 Tessalonicenses 2:3-8

Paulo traça um contraste: ele não havia pregado o Evangelho aos tessalonicenses por ignorância, motivos impuros, engano, discurso lisonjeiro, ganância ou para o louvor do homem. Em vez disso, ele e sua equipe haviam pregado o Evangelho como uma mãe amamenta e cuida de seus filhos.

Paulo continua a encorajar os tessalonicenses, lembrando-os de seu ministério junto a eles e que seu propósito ao pregar o Evangelho não era o de agradar aos homens, mas a Deus. Esta é a maneira de alcançarmos o prêmio que dura para a eternidade. O louvor dos homem desaparece. O louvor de Deus é duradouro. Paulo e seus companheiros haviam sofrido espancamentos e prisões em Filipos. Em seguida, eles foram expulsos da cidade de Tessalônica. Porém, nada disso diminuía sua devoção em pregar as boas novas. A eles o Evangelho havia sido confiado e isso os obrigava a falar, apesar da imensa oposição e dos perigos à sua integridade física.

A exortação de Paulo aos tessalonicenses para que cressem e andassem em obediência a Jesus não era proveniente de erro. A oposição ao Evangelho não significava que eles estavam errados. Muito pelo contrário. A oposição dos homens mostrava que Paulo pregava os caminhos de Deus. Tampouco a pregação de Paulo vinha de impureza. Paulo não tinha más intenções ao ensinar o Evangelho. A perseguição era esperada e era uma grande oportunidade para os crentes tessalonicenses. A palavra pregada por Paulo tampouco vinha por engano; Paulo não estava mentindo aos tessalonicenses sobre Jesus Cristo. Parece provável que Paulo estivesse rebatendo acusações feitas contra sua pregação. O apóstolo aponta para Aquele que o havia encarregado, bem como a seus companheiros, de pregar a mensagem: Fomos aprovados por Deus para sermos confiados ao Evangelho. Paulo sofreu grande perseguição pela verdade do Evangelho. Sua mordomia havia sido aprovada por Deus.

Paulo dobra a aposta nesse ponto; ele, Timóteo e Silas ensinavam o Evangelho não como homens agradáveis, pois Deus examina nossos corações. Seu objetivo era o de agradar a Deus, não a homens. Caso seu objetivo fosse agradar aos homens, eles não pregariam o Evangelho em primeiro lugar, porque em todos os lugares aos quais iam eles tinham problemas. As boas novas de Jesus Cristo são boas notícias para os pecadores que reconhecem que estão doentes e escravizados e desejam ser livres; porém, elas provocam a ira daqueles que querem permanecer como são. As boas novas de Jesus Cristo mostram que viver uma vida de serviço ao próximo traz imensos benefícios que durarão para sempre. Porém, viver esta vida traz grande oposição daqueles que preferem uma vida de indulgência aos apetites terrenos e à exploração dos outros.

Paulo lembra aos tessalonicenses que ele não havia vindo com um discurso lisonjeiro e repete a expressão “como sabeis”, porque nada do que ele estava escrevendo era diferente de sua experiência. Ele estava relatando o que ele e os próprios tessalonicenses haviam passado juntos. Eles conheciam a Paulo, embora seu tempo juntos tenha sido breve antes de o apóstolo ser expulso da cidade. Paulo também não pregou com pretexto de ganância. Ele não ganhou nada de valor material dos tessalonicenses. Ele não foi pago ou recebeu qualquer propriedade por pregar a eles. Deus era testemunha do que Paulo afirmava em defesa de si mesmo, Deus conhecia a verdade sobre o que ele estava escrevendo, pois Deus examina o coração dos homens.

Paulo elabora sobre todas as razões possíveis pelas quais alguém poderia argumentar contra ele por pregar o Evangelho e suportar o sofrimento, desde a motivação pela ganância ou pela busca da glória dos homens. Nada recebemos de vocês (os tessalonicenses) ou de outros, observa Paulo. Como apóstolo de Cristo, ele poderia ter afirmado sua autoridade para receber benefícios monetários. No nível espiritual, Paulo afirmava ter autoridade como um dos apóstolos de Cristo. Isso significava que ele poderia ter pedido dinheiro a eles e isso não teria sido algo inapropriado. Paulo aborda isso em detalhes em 1 Coríntios 9, afirmando que uma das principais razões pelas quais ele não pediu apoio monetário e trabalhou por seu próprio sustento foi para aumentar sua eficácia na pregação do Evangelho. Neste caso, como Paulo parece estar rebatendo as críticas de seus adversários, seria muito útil poder dizer: "Como vocês sabem, eu nunca lhes pedi um só centavo".

Embora se conduzissem humildemente em suas viagens missionárias e em suas vidas em geral, Paulo e seus companheiros eram apóstolos de Cristo. A palavra “apóstolos” significa "representante" ou "mensageiro". Neste sentido, Paulo, Silas e Timóteo eram apóstolos. Paulo havia visto ao Cristo ressurreto diretamente, tendo sido comissionado pessoalmente por Ele. O apóstolo fora visitado por Jesus e chamado para pregar o Evangelho (Atos 26:16-18). Ele recebera um poder sobrenatural de Deus através do Espírito Santo (Atos 19:11-12). Ele possuía, portanto, certos direitos aos quais não desejava acessar, como o direito de viver das contribuições financeiras daqueles a quem ele ministrava (1 Coríntios 9:3).

Aqui, Paulo deixa de listar o que provavelmente estava sendo dito falsamente a respeito dele e de seus companheiros, coisas que eles não haviam feito, maneiras pelas quais eles não se apresentavam, ou formas pelas quais pregavam o Evangelho através de erro, impureza, por meio de engano, para agradar aos homens, com discurso lisonjeiro e ganância, ou para buscar a glória dos homens. Não, Paulo não havia feito nada disso. Muito pelo contrário. De fato, Paulo havia sido terno e familiar com os tessalonicenses. Ele não fora capaz de passar muito tempo com eles e, ainda assim, ele e seus companheiros evidentemente haviam formado uma amizade bastante profunda com os crentes de Tessalônica. Eles haviam provado ser gentis com os tessalonicenses, como uma mãe que amamenta e cuida carinhosamente de seus filhos. Não há cuidado mais sensível e detalhado do que uma mãe que amamenta a seu bebê. Foi assim que Paulo e seus companheiros haviam cuidado dos tessalonicenses. Eles eram recém-nascidos em Cristo; Paulo e seus colegas deram-lhes o leite da palavra de Deus para que começassem sua jornada de fé.

O Evangelho havia sido compartilhado com os tessalonicenses de forma maternal e nutritiva e a amizade nascida entre Paulo e os novos crentes havia sido construída sobre esse afeto natural. Timóteo, Silas e Paulo tinham tanto carinho pelos tessalonicenses que tinham o prazer de lhes compartilhar não apenas o Evangelho de Deus, mas também suas próprias vidas. Paulo e sua equipe, apesar do sofrimento pelo qual haviam passado em Filipos e do sofrimento que encontraram em Tessalônica, amavam os tessalonicenses de tal forma que estavam felizes em suportar tamanha dificuldade de compartilhar o Evangelho com eles. Não apenas isso, eles estavam prontos para dar suas próprias vidas por eles, conforme evidenciado pelos perigos que enfrentaram para lhes transmitir o Evangelho. Eles suportaram aos perigo alegremente, sabendo que sua obediência radical ao Evangelho era o caminho para a maior vitória nesta vida.

Jesus descreve que o maior amor de todos é estar disposto a morrer por um amigo (João 15:13). Paulo e companhia haviam demonstrado esse amor, estando dispostos a dar sua própria vida por eles. Os crentes em Tessalônica haviam se tornado muito queridos por Paulo e companhia em um período muito curto de tempo. Paulo afirma isso em seu esforço para fortalecer aos tessalonicenses durante aquele período de sofrimento, lembrando como ele lhes pregou o Evangelho com afeto, amor, ternamente como uma mãe que amamenta, correndo enormes riscos de vida. Paulo fez isso para trazer-lhes o maior benefício possível. Uma mãe que amamenta deseja o bem, não o mal para seu filho. Ao levar os tessalonicenses a viverem fielmente, suportando a perseguição pela fé, os apóstolos de Cristo estavam alimentando a seus filhos espirituais e preparando-os para a melhor vida possível.

O tema maior desta carta é que os tessalonicenses vivessem para o fim dos tempos em fidelidade. Paulo desejava que os irmãos "andassem de maneira digna do Deus que os chama ao Seu próprio reino e glória", estando prontos para Seu retorno: "Pois quem é a nossa esperança, alegria ou coroa de exultação? Não sois vós, na presença de nosso Senhor Jesus em Sua vinda?" (1 Tessalonicenses 2:12, 19). A maior oportunidade nesta vida é viver fielmente, agradando a Deus e não aos homens.

Assim, Paulo relembra aos tessalonicenses o quão forte e amoroso era o fundamento de sua fé, indicando que eles haviam sido cuidados e jamais seriam esquecidos. Paulo busca motivá-los a suportar os sofrimentos que haviam começado quando ele ainda estava com eles; o apóstolo estava preocupado de que eles cedessem sob a perseguição, especialmente porque seu tempo com eles havia sido muito breve.

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