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Significado de 1 Tessalonicenses 3:11-13
Embora Paulo tenha finalmente recebido a informação de que os tessalonicenses estavam sofrendo perseguição por sua fé e não a abandonaram, ele ainda expressa o desejo de visitá-los pessoalmente e "completar o que falta" em sua fé (v. 10).
Paulo esperava especificamente que o amor da igreja crescesse, dizendo: O Senhor vos faça crescer e abundar no amor de uns para com os outros e para com todos, como também nós o fazemos para convosco. A perseverança fiel envolve, em grande parte, uma vida de amor uns para com os outros. Paulo os exorta a abundarem no amor uns pelos outros. Isso era consistente com o mandamento de Jesus, chamado por Ele de "novo mandamento", de que os crentes se amassem uns aos outros assim como Ele os amou (João 13:34). Jesus os amou até a morte. Paulo seguiu às pegadas de Jesus e diz que eles deveriam imitar seu amor por eles também. O amor de Paulo pelos tessalonicenses estava focado em buscar seu interesse, que residia na fiel obediência a Cristo, mesmo diante da rejeição do mundo.
Entretanto, não era apenas o amor uns pelos outros que Paulo exortava os tessalonicenses a demonstrar em sua caminhada diária. Era também o amor por todas as pessoas. Isso nos fornece uma grande lição. Estava claro que a conduta dos tessalonicenses era altamente ofensiva a muitas pessoas em sua comunidade, algo que os provocava e gerava perseguição. Porém, os tessalonicenses não deveriam buscar a afirmação da comunidade. Eles deveriam ter a coragem de conduzir sua comunidade à verdade, mostrando-lhes seu melhor interesse.
No capítulo 1, Paulo menciona uma maneira pela qual os tessalonicenses poderiam demonstrar amor ao próximo, ainda que os ofendessem: os tessalonicenses haviam "se voltado a Deus e se separado dos ídolos". Ao se afastarem dos ídolos, eles demonstraram, através de sua escolha, o caminho melhor. Mas Os ídolos eram geralmente usados pelas pessoas como uma forma de fornecer justificativas morais a seus comportamentos egoístas. Assim, quando seu ardil moral era exposto, isso os enraivecia, levando-os a buscar retribuição. A busca de si mesmo é, em sua raiz, exploradora dos outros; por isso faz sentido perseguir a quem não pensa da mesma forma.
Isso também nos fornece um exemplo da forma de amor usada aqui: em grego é a palavra "ágape". O amor ágape nos leva a fazer escolhas baseadas em valores, ao invés de escolhas fundamentadas no afeto ou na emoção. Ao instruir os tessalonicenses a amar aos que os perseguiam, Paulo pede que eles escolhessem buscar o melhor para as mesmas pessoas que buscavam o seu mal.
Isso estava alinhado com o mandamento de Jesus de "amar aos inimigos" (Mateus 5:44; Lucas 6:27,35). Em sua carta aos romanos, Paulo escreve: "Se o teu inimigo tem fome, alimenta-o; Se ele estiver com sede, dê-lhe uma bebida; porque, ao fazê-lo, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça" (Romanos 12:20). A melhor maneira de trazer justiça para nossas vidas é amar aos que nos perseguem.
Como não há uma medida específica de amor a ser alcançada, podemos dizer: "Ah, este é o meu limite ". No entanto, Paulo nos exorta a crescer e abundar em amor. Paulo, o grande treinador, sempre os exortando a melhorar e crescer. Neste caso, eles deveriam aumentar seu amor pelo próximo. Eles são convidados a abundar em amor. Paulo desejava que eles tivessem tanto amor ao ponto de transbordar deles.
Por que alguém deveria retribuir o ódio com o amor? Por que fazer o bem em resposta ao mal? Paulo responde a essas perguntas, dizendo que os tessalonicenses deveriam amar uns aos outros e a todas as pessoas, a fim de fortalecer os vossos corações, de maneira que sejam irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos. Paulo novamente insere a perspectiva eterna da vida. Quando o Senhor Jesus retornar à terra, devemos comparecer diante Dele sem culpa, tendo vivido em santidade. É assim que obteremos a maior recompensa, a máxima alegria e realização de uma vida bem vivida.
Não estaremos sozinhos quando Cristo voltar. Estaremos lá com todos os Seus santos. Uma pessoa "santa" é alguém separado para um serviço especial. Ser "santo" é viver de acordo com esse serviço especial. O serviço especial para o qual os crentes foram chamados é ter crescer e abundar em amor uns pelos outros e por todas as pessoas. Amar a todas as pessoas, mesmo aos nossos inimigos, requer confiar que o caminho de Deus é verdadeiramente para o nosso bem. Ao escolhermos essa perspectiva, nossa recompensa eterna não se compara à dor ou às inconveniências presentes.
Amar aos outros, incluindo aos inimigos, envolve exercitar as três coisas que controlamos (em quem ou no que confiamos; a perspectiva que escolhemos; e o que fazemos). Isso requer a submissão dessas três coisas à obediência de Cristo. Este é o caminho para a nossa maior realização. Porém, isso não á algo automático. Requer fé e uma perspectiva eterna.
A razão pela qual devemos desejar ser inculpáveis quando Jesus retornar é porque todos nós compareceremos diante do Tribunal de Cristo. Paulo escreve esta carta aos tessalonicenses a partir de Corinto. Até hoje, na cidade de Corinto, podemos ver resquícios da Sede do Juízo (Bema). Este Bema era uma plataforma elevada a partir da qual os juízes gregos executavam seus julgamentos. Referia-se também à plataforma a partir da qual os atletas olímpicos recebiam seus prêmios. Paulo usa essa imagem grega para transmitir esta ideia de recompensa.
O apóstolo descreve esse momento de julgamento em sua carta aos crentes de Corinto:
"Por isso, também temos como ambição, seja em casa ou ausente, agradar-lhe. Pois todos devemos comparecer diante do tribunal de Cristo, para que cada um seja recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que fez, seja bom ou mau. Portanto, conhecendo o temor do Senhor, persuadimos os homens, mas somos manifestados a Deus; e espero que nos manifestemos também em vossas consciências" (2 Coríntios 5:9-11).
Agradar a Deus é o propósito central de nossas vidas, é o caminho para a realização. Cada um de nós estará diante de Jesus. Não diante uns dos outros, mas diante de Jesus. Haverá recompensas para o bem e recompensas para o mal. Paulo registra que conheceremos o temor do Senhor porque, um dia, todo joelho se curvará a Jesus; devemos prestar atenção ao que Jesus pensa sobre a maneira como vivemos nossas vidas.
Isso é algo que deve nos trazer grande temor, o temor de perdermos a maior oportunidade de nossas vidas, de cumprirmos nosso propósito e de agradarmos a Deus através de nossas vidas. É isso o que deve nos levar a suportar alegremente a perseguição, porque a alternativa a isso é desagradar a Cristo.
Esta imagem da vinda de Cristo com todos os Seus santos deve estar diante de nós durante nossa caminhada de fé. Isto é o que Paulo estava colocando diante dos tessalonicenses, lembrando-lhes de que quando aquele dia chegasse, seus corações deveriam ser inculpáveis diante de nosso Deus e Pai. Paulo aponta para a maneira como Jesus estabelecerá essa irrepreensibilidade no coração dos tessalonicenses: eles deveriam aumentar e abundar em amor uns pelos outros e por todas as pessoas.
Eis o que o apóstolo João diz sobre isso:
"Com isso, o amor se aperfeiçoa conosco, para que tenhamos confiança no dia do juízo; porque assim como Ele é, nós também estamos neste mundo" (1 João 4:17).
Quando nos assemelhamos a Jesus neste mundo, podemos ter confiança diante Dele no dia do juízo. Se não vivemos como Jesus, devemos temer. Porém, já que nenhum de nós consegue viver plenamente como Jesus viveu, devemos ser motivados pelo temor. Isso é um princípio bíblico, já que o temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Viver em sabedoria significa viver de forma a buscar a nossa maior recompensa (Provérbios 9:10; Atos 10:31).
Vale a pena viver como Jesus! Este é o caminho para termos confiança no dia do julgamento. Como Jesus viveu? Ele era o servo de todos. Ele obedeceu até a morte. Ele falou a verdade incansavelmente. Ele deu Sua vida como resgate pelos outros. Jesus repreendeu aos fariseus e saduceus por serem exploradores. Devemos servir uns aos outros, não explorar uns aos outros. Por outro lado, Jesus amava a Seus inimigos. Ele até mesmo orou pedindo o perdão aos que O crucificaram, enquanto ainda estava pendurado na cruz (Lucas 23:34).