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Significado de Atos 9:1-9
Lucas, o autor de Atos, retorna a Saulo, o fariseu que perseguia à igreja. Ele logo se tornaria um apóstolo de Cristo, comumente conhecido por seu nome grego, Paulo. Saulo é apresentado no capítulo 8, onde testemunha e aprova o assassinato ilegal de Estêvão: "Saulo estava de acordo em matá-lo" (Atos 8:1a).
Esta é uma introdução fascinante de Saulo, porque o Livro de Atos é, em grande parte, escrito para apoiar o apostolado de Paulo. Lucas, o autor do livro, foi um companheiro no ministério de Paulo e viajou com ele algumas vezes (Atos 16:10, Filemom 1:24). Parece bastante aparente o fato de Lucas ter escrito seu Ecangelho e o Livro de Atos para validar o apostolado de Paulo. Paulo escreveu boa parte do Novo Testamento. Em suas cartas há evidências de uma batalha contínua sua contra seus detratores referente à sua autoridade como apóstolo. O relato de Lucas em Atos prova a autoridade de Paulo. O capítulo 8 é fundamental, pois um dos teste da autoridade de um apóstolo era se eles haviam visto a Jesus. Lucas documenta a relação pessoal de Paulo com Jesus neste relato sobre o caminho de Damasco.
Na primeira parte de Atos, Lucas se concentra em grande parte em Pedro. A palavra "Pedro" não ocorre entre Atos 15:7 e no final de Atos, Atos 28:31. Lucas documenta os milagres realizados por Pedro que também são realizados por Paulo, validando a autoridade de Paulo, incluindo a cura um coxo (Atos 3:1-10, 14:8-10). Também inclui a ressurreição de uma pessoa (Atos 9:40, 20:9-12). Ambos os eventos validam a autoridade de Paulo.
Lucas documenta que foi Pedro quem primeiro levou o Evangelho aos gentios, em obediência a Deus (Atos 10:34-44, 15:7). Isso valida a designação de Paulo como apóstolo aos gentios (Romanos 11:13). Lucas também registra a validação de Pedro quanto à mensagem primordial de Paulo de que a nova vida e a aceitação incondicional por Cristo são obtidas pela graça, pela fé, não por nossas obras (Atos 15:8-11). Após o discurso de Pedro, no qual ele valida a mensagem de Paulo, o livro de Atos não menciona mais a Pedro e se concentra apenas no ministério de Paulo. Paulo levou o Evangelho aos gentios no mundo romano, assim como outros influenciados por seu ministério também. Ele escreveu cartas às igrejas, destinadas a ensinar e encorajar aos crentes; essas cartas circularam para outras igrejas (Colossenses 4:16). Essas cartas constituem grande parte do Novo Testamento. Curiosamente, o apóstolo Pedro encoraja seus discípulos judeus a estudar os escritos de Paulo, mostrando que as epístolas de Paulo haviam sido espalhadas por toda a igreja primitiva, algo que também valida seus escritos (2 Pedro 3:15-16).
Assim, como parte da validação de Paulo, Lucas mostra de onde o futuro apóstolo havia saído, quem ele era, revelando os detalhes vergonhosos de seu passado. Paulo era um fariseu, pertencente à seita religiosa que havia crucificado a Cristo. Ele liderou a campanha contra os crentes e destruiu temporariamente a igreja em Jerusalém. Porém, em vez de esconder esses detalhes, Lucas começa o relato com eles, e isso funciona como forma de validar o apostolado de Paulo, mostrando como Jesus pode redimir e transformar a qualquer um de nós, até mesmo Seus inimigos mais hostis.
Paulo deixa de perseguir a igreja para plantar igrejas em todo o mundo romano. Ele sai da aprovação do assassinato de Estêvão até o sofrimento por espancamentos e apedrejamentos (e, finalmente, execução) por causa do Evangelho. Ele sai da posição de ódio a Cristo para viver sua vida apenas dedicada a Ele (Filipenses 1:21).
É por isso que esta introdução de Paulo/Saulo começa com o quão profundamente pecaminoso ele era, motivado pelo poder, disposto a colocar pessoas inocentes na prisão e supervisionar sua morte. A Bíblia sempre mostra a verdade. É assim que Saulo começou, é assim que começa sua jornada espiritual antes de se tornar filho de Deus. É também assim que começa a jornada de cada um de nós, conforme Paulo deixa claro em seus escritos (Romanos 3:9-10, 23). Todos os que são salvos da penalidade do pecado e justificados aos olhos de Deus são salvos pela graça de Deus (Efésios 2:8-9).
A humildade é a capacidade de ver a realidade como ela é. Os apóstolos cometeram erro atrás de erro, mas nenhum deles foi encoberto, para que pudéssemos vê-los e aprender com eles. É quase inexistente os livros que registrem relatos dos atos de pessoas, incluindo todas as suas falhas. Porém, isso ocorre com os apóstolos, porque sua mordomia deveria transmitir ao mundo uma mensagem de redenção, uma redenção experimentada por eles próprios. As falhas não definem quem eles eram. Suas escolhas de obedecer a Cristo e andar com uma mente renovada definiam quem eles eram. Através de seu testemunho, todos nós temos a oportunidade de superar nosso passado, ver nossas próprias falhas e sermos transformados pela renovação de nossas mentes e pelo poder de Cristo (Romanos 12:1-2).
Saulo nos dá informações biográficas em sua carta aos Filipenses, muito depois de crer em Jesus e se tornar missionário dos gentios. De si mesmo, ele escreve:
"Circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à Lei, um fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que está na Lei, considerado irrepreensível" (Filipenses 3:5-6).
Mais tarde, em Atos, ele se descreve assim:
"Sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas criado em [Jerusalém], educado sob Gamaliel, estritamente de acordo com a lei de nossos pais, sendo zeloso por Deus assim como todos vós hoje" (Atos 22:3).
Gamaliel foi o fariseu que trouxe um pouco de razão ao Sinédrio, persuadindo-os temporariamente a se absterem de matar os apóstolos (Atos 5:34-39). Saulo foi aluno desse sábio professor. No entanto, antes de encontrar-se com Jesus no caminho de Damasco, seu zelo não era apenas por Deus, mas também pelo estabelecimento farisaico, incluindo seu sistema de normas e regras. Tanto que Saulo ficou cego para a verdade e se tornou um perseguidor dos seguidores de Jesus. Essa perseguição começou imediatamente após o apedrejamento de Estêvão, um ato assassino com o qual Saulo havia concordado (Atos 8:1).
No mesmo dia em que Estêvão foi assassinado, os fariseus e sacerdotes iniciaram uma guerra aberta contra os crentes: "Naquele dia começou uma grande perseguição contra a igreja em Jerusalém" (Atos 8:1).
Embora a igreja tivesse sido dispersa (Atos 8:1), isso os levou a propagar o Evangelho. Filipe, o Diácono, pregou o Evangelho em Samaria, levando muitos à fé em Jesus (Atos 8:12). Ele ensinou a um homem da Áfricaf (Cush) a respeito de Jesus e o cushita creu e foi batizado (Atos 8:37-38). Filipe, então, passou pela costa israelense do Mar Mediterrâneo, pregando de cidade em cidade, antes de estabelecer uma igreja em Cesaréia (Atos 8:40, Atos 21:8-9). Ele foi apenas um dos missionários. O Evangelho foi espalhado por muitos milhares de crentes que fugiam da perseguição em Jerusalém.
A informação da resistência e crescimento da igreja deve ter chegado aos ouvidos dos fariseus e sacerdotes. O próprio Saulo parecia estar cheio de ódio contra a igreja, continuando seu papel proativo na perseguição aos crentes em Jesus:
Ora, Saulo, ainda respirando ameaças e assassinatos contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote e pediu-lhe cartas às sinagogas de Damasco, para que, se encontrasse algum pertencente ao Caminho, homens e mulheres, os levasse a Jerusalém.
Ele não era apenas um enviado do Conselho governante, o Sinédrio, como seu representante, mas busca ativamente a destruição do Caminho e seus adeptos. O Caminho é como "cristianismo" foi originalmente chamado, o Caminho de Jesus de Nazaré, chamado Ele mesmo de o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14:6).
Mais tarde, em Atos, ao dar conta de seu passado, Saulo diz:
"Persegui este Caminho até a morte, arrastando e colocando homens e mulheres em prisões" (Atos 22:4).
Lucas o descreve como ainda respirando ameaças e assassinatos contra os discípulos do Senhor. Além do apedrejamento de Estêvão (Atos 7), não há referências específicas a discípulos sendo mortos pelo Sinédrio, apenas que eles eram jogados na prisão (Atos 8:3). Porém, parece que o objetivo final era assassinar mais crentes em Jesus. Matar aos inimigos foi a solução encontrada pelos fariseus e sacerdotes para resolver o debate religioso diante da ameaça a seu poder e prestígio (Marcos 3:6, Atos 5:44).
Saulo pede ao sumo sacerdote cartas, encomendas oficiais para levar consigo às sinagogas de Damasco. Seu objetivo era mostrar aos rabinos em Damasco que ele fazia parte do grupo do sumo sacerdote e tinha autoridade para fazer prisões nas sinagogas de lá. Provavelmente havia notícias de que homens e mulheres pertencentes ao Caminho de Jesus haviam chegado recentemente a Damasco. Saulo queria prendê-los, trazê-los a Jerusalém e colocá-los na prisão com os outros discípulos.
O fato de Saulo se concentrar nas sinagogas significava que sua busca era direcionada aos judeus, já que as sinagogas eram o local de encontro dos judeus. Saulo desejava vasculhar as sinagogas e, caso encontrasse algum pertencente ao Caminho, homens e mulheres, poderia trazê-los para Jerusalém. Para obtermos uma imagem mental do objetivo de Saulo, podemos pensar em alguém na era moderna chegando aos pastores da igreja e pedindo-lhes que apontassem qualquer pessoa em sua congregação que defenda uma determinada doutrina, com a intenção de algemá-los, levá-los a julgamento e, possivelmente, matá-los (como ocorreu com Estêvão). Isso está ocorrendo em muitos lugares do mundo neste momento em que este artigo é escrito, em países onde o Evangelho cristão é proibido.
Depois de vários dias viajando, Saulo se aproxima de Damasco. Damasco ficava na Síria, cerca de 140 quilômetros ao norte de Jerusalém. Havia outros homens viajando com Saulo, provavelmente guardas do templo ou homens contratados para ajudar a prender os crentes em Damasco e transportá-los para Jerusalém como prisioneiros. Neste ponto, Jesus intervém diretamente. Nesta única ação, Cristo trará alívio para a perseguição de Sua igreja, removendo seu inimigo mais odioso, transformando esse inimigo em um defensor da fé cristã e um soldado do Evangelho (Efésios 6:10-18).
Quando Saulo se aproximava de seu destino, aconteceu que ele estava se aproximando de Damasco e, de repente, uma luz do céu brilhou ao seu redor. A presença de Deus muitas vezes aparece de forma grandiosa, como quando Ele falou a Moisés através da sarça ardente (Êxodo 3:2), ou quando Ele conduziu os israelitas através do deserto como uma coluna de chama (Êxodo 13:21). Seus anjos às vezes aparecem em luz brilhante (Daniel 10:6). Na nova terra, o sol será desnecessário porque o Senhor Deus habitará na Nova Terra com a plena expressão de Sua glória, enchendo a terra de luz (Apocalipse 22:5).
O próprio Jesus revelou Sua glória enquanto estava na terra como homem, mostrando a Pedro, João e Tiago um vislumbre de quem Ele realmente era atrás da aparência humana:
"E transfigurou-se diante deles; e Seu rosto brilhou como o sol, e Suas vestes tornaram-se brancas como a luz" (Mateus 17:2).
Aqui Cristo interrompe o caminho de Saulo no momento em que o fariseu estava prestes a entrar em Damasco para prender mais crentes. Saulo caiu no chão, talvez da sela de um cavalo, cegado por aquela luz do céu que brilhava sobre ele. A luz era aparentemente tudo o que Saulo conseguia ver. Porém, ele não teve dúvidas de que era Jesus (Atos 26:16).
Saulo, então, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" Saulo pergunta a identidade do orador: "Quem és Tu, Senhor?" E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues".
É interessante notar que Jesus diz a Saulo que ele O estava perseguindo. Do ponto de vista de Saulo, ele estava perseguindo aos homens e mulheres da igreja. Porém, perseguir aos seguidores de Jesus era o mesmo que persegui-Lo, porque a igreja é o corpo de Cristo (Colossenses 1:24, 1 Coríntios 10:16-17). Quando Seu povo sofre perseguição, Jesus está sendo perseguido.
Sabemos pelo relato de Saulo sobre esse evento mais tarde em Atos que Jesus falou com ele na língua hebraica (Atos 26:14). A língua do comércio era o grego e a língua comum entre os judeus era o aramaico. O hebraico era falado por pessoas altamente instruídas, como Saulo. Isso provavelmente é mencionado por Saulo para deixar claro a seu público que aquilo não havia sido uma ilusão.
Jesus dá instruções a Saulo: Levante-se e entre na cidade, e será dito o que deves fazer. É interessante notar que a primeira instrução de Jesus a Saulo foi pedir-lhe que fizesse algo bastante simples. Levante-se e entre na cidade, na expectativa de que alguém lhe dissesse o que fazer. Era algo simples e contundente. Jesus dá uma ordem e não pergunta se Saulo tinha alguma dúvida. Ao contrário de Moisés na sarça ardente, onde houve uma espécie de negociação, Jesus é bastante direto com Saulo (Êxodo 3). Talvez isso se deva à perseguição de Saulo a Seu povo. Saulo tinha a intenção de capturar e aprisionar ao povo de Jesus. Aqui Jesus o trata como um prisioneiro. Um tema consistente nas Escrituras é que Deus nos trata como tratamos aos outros (Mateus 6:14-15, 7:2).
Quanto aos homens que viajavam com Saulo, eles não entenderam toda a experiência que ele teve. Algo sobrenatural e aterrorizante estava claramente acontecendo a partir de suas perspectivas, porque eles ouviram a voz de Jesus, mas não viram a ninguém. Ficaram sem palavras, atônitos. Não é diferente da visão que o profeta Daniel teve na Babilônia, quando um anjo apareceu diante dele e ele caiu no chão:
"Ora, só eu, Daniel, vi a visão, enquanto os homens que estavam comigo não viram a visão; no entanto, um grande pavor caiu sobre eles, e eles fugiram para se esconder" (Daniel 10:7).
Anos mais tarde, quando Saulo está relatando esse evento, ele acrescenta o detalhe de que "aqueles que estavam comigo viram a luz, com certeza, mas não entenderam a voz daquele que estava falando comigo". Para eles, era como se uma luz repentina e brilhante viesse do céu e uma voz falasse, mas eles não sabiam o que a voz dizia. A mensagem era apenas para Saulo. Em outra narração, Saulo revela outra coisa que Cristo lhe disse lá na estrada: "Dura coisa é recalcitrares contra os aguilhões" (Atos 26:14).
O aguilhão era um prego fixado na extremidade de uma vara, usado para cutucar os bois e forçá-los a avançar, ou para guiá-los em uma direção diferente. Jesus estava cutucando a Saulo, Ele bate de frente com ele para fazê-lo interromper seu ataque à igreja, revertendo seu curso, levando-o a crer em Jesus como o Messias que havia vindo para salvar a Seu povo. Talvez Cristo tivesse estendido as mãos a Saulo de outras maneiras antes dessa revelação no caminho de Damasco, já que Ele usa o plural "aguilhões". Como um boi resistindo ao seu dono, era inútil. Os aguilhões de Jesus Cristo não parariam até que Saulo cedesse, não importando quantas vezes ele tentasse evitá-los e fazê-los desaparecer.
Depois que Jesus se identifica, Ele diz a Saulo qual era Sua vontade para ele. Embora Saulo tenha sido capturado e "amarrado" pela cegueira, Jesus lhe apresenta o "por quê" de sua "prisão":
"Mas, levante-se e fique de pé; por isso vos apareci, para vos nomear ministro e testemunha não só das coisas que vistes, mas também das coisas em que vos aparecerei; resgatando-vos do povo judeu e dos gentios, a quem vos envio, para abrirem os olhos para que se voltem das trevas para a luz e do domínio de Satanás para Deus, para que recebam o perdão dos pecados e uma herança entre aqueles que foram santificados pela fé em Mim" (Atos 26:16-18).
Isso deve ter sido um choque para o jovem e ativista fariseu.
Saulo deu seu testemunho em Atos 26:19 ao rei Agripa, acrescentando: "Então, rei Agripa, não fui desobediente à visão celestial". Ele havia recebido seu encargo da parte de Deus, ele viu que esta seria sua vida agora, esta era a verdade contra a qual ele havia lutado e, agora, entendendo que Jesus era o Cristo, ele se dedica a seu ministério de abrir os olhos dos judeus e gentios, da mesma forma que seus olhos foram abertos. Ele estava focado em trazê-los das trevas para a luz, da mesma forma pela qual havia sido transformado.
Só havia um problema. Os olhos de Saulo estavam cegos. A luz do céu, quando Jesus lhe apareceu, tirou-lhe a visão. Cristo disse-lhe para se levantar e entrar na cidade, e ser-lhe-á dito o que deveis fazer. Ele teria que esperar por mais instruções, cego e com um novo destino colocado sobre seus ombros pelo próprio Cristo.
Saulo obedeceu. Ele levantou-se do chão e, embora seus olhos estivessem abertos, não conseguia ver nada. Os homens que estavam com ele, que haviam visto a luz e ouvido a voz de Jesus, viram que ele estava cego e o ajudaram. Guiaram-no e, conduzindo-o pela mão, trouxeram-no para Damasco. Saulo viera a Damasco para prender aos crentes em Jesus e levá-los de volta a Jerusalém. Agora, Saulo está preso (na cegueira) e sendo levado a Damasco, incerto quanto ao que viria pela frente. Neste ponto, podemos especular que Sauli estivesse considerando que seu futuro ministério será realizado como um cego.
Assim, Saulo chega a Damasco, a cidade para onde viera prender e transportar os crentes de volta a Jerusalém para julgamento diante do Sinédrio, com o objetivo de perseguir a todos os seguidores do Caminho. Ora, Saulo, agora, pertencia ao Caminho.
E ficou três dias sem enxergar, e nem comeu nem bebeu. Ele jejuou e orou (Atos 9:11).
Neste ponto, Saulo certamente parece ter entendido a mensagem e se arrepende. Cristo descreve Sua busca pelo coração de Saulo como se estivesse provocando-o, chamando sua atenção. Para alguém tão zeolso e violentamente oposto aos discípulos de Cristo, Saulo precisava de uma experiência tão impressionante que o levaria ao arrependimento. Três dias sem enxergar, jejum e oração depois daquele encontro foi certamente um processo de cura e refinamento para Saulo, comungando com o Deus de quem era inimigo. Talvez ele tenha confessado seus pecados passados, seu ódio, ponderando sobre sua vida futura e que o esperava como ministro de Cristo.