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Significado de Amós 1:6–8

O SENHOR pronuncia juízo sobre os habitantes de Gaza porque eles haviam deportado uma população inteira de Israel para Edom.

A próxima acusação profética de Amós recai sobre a Filistia. O profeta inicialmente usa Gaza como sinônimo para as cidades-estados da Filistia, provavelmente porque Gaza era uma das cidades filistéias mais proeminentes naquela época. Porém, outras cidades filistéias, como Asdode, Ascalon e Ecron, também seriam julgadas por Deus (v. 8). A única grande cidade filistéia não listada aqui é Gate. A razão pode ser porque Gate já havia sido capturada por Hazael de Arã em 815 a.C. (uma das cidades filistéias mais proeminentes naquela época) e por Uzias de Judá em 760 a.C. (2 Crônicas 26:6; cf. Amós 6:2). Estas cidades filistéias estavam localizadas ao longo da costa do que é hoje o moderno Estado de Israel.

Por meio de Amós, o SENHOR diz: Por três transgressões de Gaza e por quatro não revogarei seu castigo. A razão para a punição de Gaza é clara: eles deportaram uma população inteira para entregá-la a Edom. A população de que se fala aqui provavelmente seja uma população de Judá, o reino ao sul de Israel. Este evento parece ter ocorrido durante o reinado do rei Jeorão. Segundo o texto, "o Senhor incitou contra Jeorão o espírito dos filisteus e dos árabes que ordenaram os etíopes; e vieram contra Judá e a invadiram, e levaram todos os bens encontrados na casa do rei, juntamente com seus filhos e suas mulheres, de modo que nenhum filho lhe foi deixado senão Jeoacaz, o mais novo de seus filhos" (2 Crônicas 21:16-17). Amós vai além do que é mencionado em 2 Crônicas, indicando que os filisteus haviam deportado uma população inteira para entregá-la a Edom. Isso sugere que os filisteus haviam feito mais do que deveriam e capturado muitas outras pessoas além da família do governante. Edom era a terra fundada por Esaú e fazia fronteira com Israel a leste, ao sul de Moabe (Gênesis 25:30; 32:3).

Por esta razão, o SENHOR diz que enviaria fogo sobre o muro de Gaza, que consumiria suas cidadelas. Isso significa que o Senhor destruiria as fortalezas ou palácios de Gaza. Além de Gaza, três grandes cidades filistéias seriam julgadas. Deus diz que também cortaria o habitante de Asdode e aquele que segura o cetro, de Ascalon, e até mesmo liberaria Seu poder sobre Ecron. A expressão "aquele que segura o cetro" é uma forma figurativa de se referir a alguém que ocupava uma posição real. Cada uma dessas cidades-estado filistéias cairia nas mãos de um conquistador.

O lugar chamado Asdode era uma cidade localizada a meio caminho entre Jopa e Gaza, a cerca de cinco quilômetros da costa. É identificada com a moderna Tel-Asdode, 15 quilômetros ao norte de Asquelon e aproximadamente quatro quilômetros para o interior do Mar Mediterrâneo. A cidade chamada Asquelon era um grande porto marítimo localizado na costa do Mediterrâneo, a 20 quilômetros ao norte de Gaza e 50 quilômetros ao sul de Tel Aviv (Juízes 1:18). Finalmente, Ecron era a mais setentrional das principais cidades da Filistia. Durante a conquista da Terra Prometida por Israel, Ecron não foi tomada por Josué (Josué 13:3). Quando a terra foi dividida entre as 12 tribos, Ecron foi dada primeiro a Judá e depois a Dã (Josué 15:11, 45, 46; 19:43). Acabou sendo tomada por Judá (Juízes 1:18), mas posteriormente caiu outra vez diante dos filisteus.

O julgamento de Deus sobre os filisteus resultaria em sua completa destruição. Deus afirma que até mesmo o remanescente dos filisteus pereceria. Não haveria mais terra ou cultura filistéia. Esta profecia foi parcialmente cumprida durante o tempo do Império Assírio - Gaza caiu diante da Assíria em 734 a.C.; Asdode, em 711 a.C.; Asquelon e Ecron, em 701 a.C. Pporém, a profecia foi completamente cumprida mais tarde durante o período dos Macabeus (168-134 a.C.). Isso certamente aconteceu porque o Senhor DEUS o dissera.

Apesar dos filisteus terem sido extintos, o imperador romano Adriano chamou a terra de Israel de "Filistia" ou "Palestina", para refletir sua extrema antipatia pelos judeus. Acredita-se que ele escolheu o nome por causa da longa luta entre Israel e os filisteus, como forma de transmitir um nome mais odioso aos judeus.

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