Amós prevê um enxame de gafanhotos devorando toda a vegetação da terra. Ele intercede em favor dos descendentes de Jacó e Deus muda Seu plano de destruir a vegetação de Israel.
Ao comunicar sua primeira visão ao povo de Israel, Amós começa dizendo: Assim o Senhor DEUS me mostrou. A palavra traduzida como "Senhor" aqui é "Adonai" em hebraico, que significa "mestre" ou "governante". O termo traduzido como DEUS é Javé, o nome de Deus na aliança. É o nome que Deus revelou a Moisés na sarça ardente ao dizer: "EU SOU O QUE SOU. Assim dirás aos filhos de Israel: 'EU SOU enviou-me a ti'" (Êxodo 3:14-15). Amós usa os nomes Adonai e Javé juntos aqui não apenas para dar todo o crédito a Deus pelas visões, mas também para enfatizar a autoridade de Deus como governante Suserano sobre Seus vassalos/súditos. Deus é o Suserano ou Governante, Aquele que havia estabelecido um relacionamento de aliança com Seu povo, Israel. Israel havia ouvido e concordado com os termos do pacto no Sinai (Êxodo 19:8).
Amós conta a seu público o que viu. Ele começa com a partícula "eis que” e os convida a prestar muita atenção à mensagem, porque o momento do julgamento era iminente. Ele diz a seu público que Ele [Deus] estava formando um enxame de gafanhotos. O verbo "formar" também pode ser traduzido como "fabricar". Em Gênesis 2 é usado para explicar como o SENHOR havia formado o homem a partir do pó (Gênesis 2:7). Em Amós 4:13 é usado para descrever como o Senhor dos exércitos, o Deus Todo-poderoso, havia criado as montanhas e os ventos. Aqui em Amós 7, o verbo é usado para explicar como Deus estava criando ou moldando o enxame de gafanhotos (insetos) que devoraria as plantações de Israel.
O enxame de gafanhotos que estava se formando chegaria em uma época especial do ano: quando a safra de primavera começava a brotar. A terra de Israel tem duas estações importantes - a estação seca no verão, de maio a setembro, quando geralmente não há chuva; e a estação chuvosa de meados de outubro a março, com a maior parte das chuvas ocorrendo entre novembro e fevereiro. De acordo com Amós, o enxame de gafanhotos chegaria quando a safra de primavera começasse a germinar, no final da estação chuvosa da primavera. Amós especifica ainda que o enxame de gafanhotos chegaria após as ceifas do rei.
A frase “após as ceifas do rei” parece indicar que o rei tinha direito, como forma de imposto, a uma porção da colheita, talvez para garantir que seus cavalos e cavalaria tivessem feno suficiente. O enxame de gafanhotos, portanto, chegaria no final da estação chuvosa da primavera. Uma praga de gafanhotos é sempre catastrófica porque pode destruir tudo em seu caminho. Porém, chegar no final da estação chuvosa da primavera teria sido algo muito mais catastrófico, porque não haveria colheita disponível para as pessoas alimentarem a seus rebanhos.
Amós continua a observar os resultados devastadores da praga de gafanhotos e intercede pelos israelitas após os gafanhotos terminarem de comer a vegetação da terra. Ele implora a Deus que perdoasse aos descendentes de Jacó, dizendo: Senhor Deus, por favor, perdoe! Na literatura profética, o principal trabalho dos profetas é o de proclamar advertências e julgamentos ao povo da aliança com Deus, visando incentivá-los ao arrependimento. Aqui, no entanto, outro aspecto de seu trabalho é revelado, o de intercessor (ver também Jeremias 27:18). Amós suplica ao Senhor por perdão e misericórdia em favor de seu povo.
Amós pede a Deus que perdoasse a Seu povo porque sabia que eles não sobreviveriam a tal praga. Assim, ele faz a Deus uma pergunta: Como Jacó pode ficar de pé, pois ele é pequeno? O adjetivo “pequeno” provavelmente se refira à relativa pequenez de Israel em comparação com outras nações, particularmente o império assírio. Embora os israelitas fossem fortes e prósperos durante o tempo de Amós em relação a períodos anteriores, eles eram pequenos em comparação com a Assíria. Amós também poderia ter em mente a realidade de que todos os esforços humanos eram pequenos em comparação com a potência de Deus. Amós, portanto, intercede em favor deles porque sabia que eles se tornariam indefesos e desesperados caso Deus decidisse puni-los com gafanhotos devoradores.
O Deus Suserano responde positivamente ao apelo de Amós. Ele mudou de ideia sobre isso.
O fato de o SENHOR ter mudado de ideia indica a natureza paradoxal de Deus, tal como vista pelos humanos. (Veja nosso artigo Tópicos Difíceis sobre "Paradoxo Fundador") Por um lado, a Bíblia nos diz que como Deus não é homem, Ele não tem necessidade de se arrepender, ou seja, ter uma mudança de mentalidade (Números 23:19). Por outro lado, vemos incidentes como este, em que a Palavra diz que Deus muda de ideia. Êxodo 32:14 diz que "o SENHOR mudou de ideia" a respeito de um julgamento contra Israel devido à intercessão de Moisés. Tiago afirma: "A oração eficaz de um homem justo pode realizar muito", o que indica que nossos pedidos a Deus afetam os resultados (Tiago 5:16).
Deus está no controle de todas as coisas, porém nossas decisões e ações realmente importam e mudam as coisas, tanto no mundo físico quanto no espiritual. Isso é um paradoxo do nosso ponto de vista. Porém, não é uma contradição, porque o paradoxo decorre da natureza de Deus, que é a essência da existência (Êxodo 3:14). Nós, como humanos, não conseguimos compreender a Pessoa que criou a existência, mantém a existência unida e é Ele mesmo existência, apesar do fato de cada um de nós existir como entidade única, criada à Sua imagem (Colossenses 1:16-17). No entanto, embora não possamos compreendê-Lo, Ele é, pois existimos e não conseguimos explicar racionalmente nossa existência à parte de um Deus Criador que é a essência da existência.
No caso de Amós, Deus muda Seu plano de destruir a vegetação de Israel através da praga de gafanhotos e declara: 'Não acontecerá.” Nesta breve declaração, o Deus Susserano não diz ao profeta que havia perdoado ao povo. Ele simplesmente cede em relação ao enxame de gafanhotos. O fato de o SENHOR não ter perdoado nem eliminado completamente os pecados de Israel é evidenciado na visão seguinte, na qual Ele ameaça consumir tudo e trazer destruição total às propriedades de Israel (vv. 4-6).
Talvez o SENHOR tenha se afastado desse julgamento para mostrar ao povo que era um Deus amoroso e compassivo, lento em se irar e abundante em amor (Êxodo 34:6-8). O profeta Jonas ministrou na mesma época que Amós e profetizou a desgraça para a capital assíria de Nínive caso eles não se arrependessem. Deus interrompeu o julgamento devido ao arrependimento deles e isso irritou a Jonas, que reclamou da bondade de Deus; ele não queria que a bondade de Deus se aplicasse ao povo da Assíria, inimigos de Israel (Jonas 4:2).
A intercessão bem-sucedida de Amós em favor de Israel mostra claramente seu divino chamado profético. Os profetas eram muitas vezes responsáveis por interceder em favor das pessoas. Além dos exemplos anteriores, outro caso é quando Abimeleque, rei de Gerar, tomou a esposa de Abraão, Sara. Deus adverte a Abimeleque através de um sonho que devolvesse Sara a Abraão e diz que Abraão intercederia em seu favor para para que ele fosse perdoado, "... porque ele é profeta e orará por vós e vivereis. Mas, se não a restaurares, sabei que certamente morrereis, tu e todos os que são teus" (Gênesis 20:6-7; ver também 1 Reis. 13:6; Isaías 37:4; Jeremias 7:16).
Moisés também intercedeu pelos israelitas após sua adoração ao bezerro de ouro. Como Amós, ele pediu perdão e misericórdia, e o SENHOR cedeu: "Então o Senhor mudou de ideia sobre o mal que disse que faria ao seu povo" (Êxodo 32:14; Números 14:19).
Amós 7:1-3 explicação
Ao comunicar sua primeira visão ao povo de Israel, Amós começa dizendo: Assim o Senhor DEUS me mostrou. A palavra traduzida como "Senhor" aqui é "Adonai" em hebraico, que significa "mestre" ou "governante". O termo traduzido como DEUS é Javé, o nome de Deus na aliança. É o nome que Deus revelou a Moisés na sarça ardente ao dizer: "EU SOU O QUE SOU. Assim dirás aos filhos de Israel: 'EU SOU enviou-me a ti'" (Êxodo 3:14-15). Amós usa os nomes Adonai e Javé juntos aqui não apenas para dar todo o crédito a Deus pelas visões, mas também para enfatizar a autoridade de Deus como governante Suserano sobre Seus vassalos/súditos. Deus é o Suserano ou Governante, Aquele que havia estabelecido um relacionamento de aliança com Seu povo, Israel. Israel havia ouvido e concordado com os termos do pacto no Sinai (Êxodo 19:8).
Amós conta a seu público o que viu. Ele começa com a partícula "eis que” e os convida a prestar muita atenção à mensagem, porque o momento do julgamento era iminente. Ele diz a seu público que Ele [Deus] estava formando um enxame de gafanhotos. O verbo "formar" também pode ser traduzido como "fabricar". Em Gênesis 2 é usado para explicar como o SENHOR havia formado o homem a partir do pó (Gênesis 2:7). Em Amós 4:13 é usado para descrever como o Senhor dos exércitos, o Deus Todo-poderoso, havia criado as montanhas e os ventos. Aqui em Amós 7, o verbo é usado para explicar como Deus estava criando ou moldando o enxame de gafanhotos (insetos) que devoraria as plantações de Israel.
O enxame de gafanhotos que estava se formando chegaria em uma época especial do ano: quando a safra de primavera começava a brotar. A terra de Israel tem duas estações importantes - a estação seca no verão, de maio a setembro, quando geralmente não há chuva; e a estação chuvosa de meados de outubro a março, com a maior parte das chuvas ocorrendo entre novembro e fevereiro. De acordo com Amós, o enxame de gafanhotos chegaria quando a safra de primavera começasse a germinar, no final da estação chuvosa da primavera. Amós especifica ainda que o enxame de gafanhotos chegaria após as ceifas do rei.
A frase “após as ceifas do rei” parece indicar que o rei tinha direito, como forma de imposto, a uma porção da colheita, talvez para garantir que seus cavalos e cavalaria tivessem feno suficiente. O enxame de gafanhotos, portanto, chegaria no final da estação chuvosa da primavera. Uma praga de gafanhotos é sempre catastrófica porque pode destruir tudo em seu caminho. Porém, chegar no final da estação chuvosa da primavera teria sido algo muito mais catastrófico, porque não haveria colheita disponível para as pessoas alimentarem a seus rebanhos.
Amós continua a observar os resultados devastadores da praga de gafanhotos e intercede pelos israelitas após os gafanhotos terminarem de comer a vegetação da terra. Ele implora a Deus que perdoasse aos descendentes de Jacó, dizendo: Senhor Deus, por favor, perdoe! Na literatura profética, o principal trabalho dos profetas é o de proclamar advertências e julgamentos ao povo da aliança com Deus, visando incentivá-los ao arrependimento. Aqui, no entanto, outro aspecto de seu trabalho é revelado, o de intercessor (ver também Jeremias 27:18). Amós suplica ao Senhor por perdão e misericórdia em favor de seu povo.
Amós pede a Deus que perdoasse a Seu povo porque sabia que eles não sobreviveriam a tal praga. Assim, ele faz a Deus uma pergunta: Como Jacó pode ficar de pé, pois ele é pequeno? O adjetivo “pequeno” provavelmente se refira à relativa pequenez de Israel em comparação com outras nações, particularmente o império assírio. Embora os israelitas fossem fortes e prósperos durante o tempo de Amós em relação a períodos anteriores, eles eram pequenos em comparação com a Assíria. Amós também poderia ter em mente a realidade de que todos os esforços humanos eram pequenos em comparação com a potência de Deus. Amós, portanto, intercede em favor deles porque sabia que eles se tornariam indefesos e desesperados caso Deus decidisse puni-los com gafanhotos devoradores.
O Deus Suserano responde positivamente ao apelo de Amós. Ele mudou de ideia sobre isso.
O fato de o SENHOR ter mudado de ideia indica a natureza paradoxal de Deus, tal como vista pelos humanos. (Veja nosso artigo Tópicos Difíceis sobre "Paradoxo Fundador") Por um lado, a Bíblia nos diz que como Deus não é homem, Ele não tem necessidade de se arrepender, ou seja, ter uma mudança de mentalidade (Números 23:19). Por outro lado, vemos incidentes como este, em que a Palavra diz que Deus muda de ideia. Êxodo 32:14 diz que "o SENHOR mudou de ideia" a respeito de um julgamento contra Israel devido à intercessão de Moisés. Tiago afirma: "A oração eficaz de um homem justo pode realizar muito", o que indica que nossos pedidos a Deus afetam os resultados (Tiago 5:16).
Deus está no controle de todas as coisas, porém nossas decisões e ações realmente importam e mudam as coisas, tanto no mundo físico quanto no espiritual. Isso é um paradoxo do nosso ponto de vista. Porém, não é uma contradição, porque o paradoxo decorre da natureza de Deus, que é a essência da existência (Êxodo 3:14). Nós, como humanos, não conseguimos compreender a Pessoa que criou a existência, mantém a existência unida e é Ele mesmo existência, apesar do fato de cada um de nós existir como entidade única, criada à Sua imagem (Colossenses 1:16-17). No entanto, embora não possamos compreendê-Lo, Ele é, pois existimos e não conseguimos explicar racionalmente nossa existência à parte de um Deus Criador que é a essência da existência.
No caso de Amós, Deus muda Seu plano de destruir a vegetação de Israel através da praga de gafanhotos e declara: 'Não acontecerá.” Nesta breve declaração, o Deus Susserano não diz ao profeta que havia perdoado ao povo. Ele simplesmente cede em relação ao enxame de gafanhotos. O fato de o SENHOR não ter perdoado nem eliminado completamente os pecados de Israel é evidenciado na visão seguinte, na qual Ele ameaça consumir tudo e trazer destruição total às propriedades de Israel (vv. 4-6).
Talvez o SENHOR tenha se afastado desse julgamento para mostrar ao povo que era um Deus amoroso e compassivo, lento em se irar e abundante em amor (Êxodo 34:6-8). O profeta Jonas ministrou na mesma época que Amós e profetizou a desgraça para a capital assíria de Nínive caso eles não se arrependessem. Deus interrompeu o julgamento devido ao arrependimento deles e isso irritou a Jonas, que reclamou da bondade de Deus; ele não queria que a bondade de Deus se aplicasse ao povo da Assíria, inimigos de Israel (Jonas 4:2).
A intercessão bem-sucedida de Amós em favor de Israel mostra claramente seu divino chamado profético. Os profetas eram muitas vezes responsáveis por interceder em favor das pessoas. Além dos exemplos anteriores, outro caso é quando Abimeleque, rei de Gerar, tomou a esposa de Abraão, Sara. Deus adverte a Abimeleque através de um sonho que devolvesse Sara a Abraão e diz que Abraão intercederia em seu favor para para que ele fosse perdoado, "... porque ele é profeta e orará por vós e vivereis. Mas, se não a restaurares, sabei que certamente morrereis, tu e todos os que são teus" (Gênesis 20:6-7; ver também 1 Reis. 13:6; Isaías 37:4; Jeremias 7:16).
Moisés também intercedeu pelos israelitas após sua adoração ao bezerro de ouro. Como Amós, ele pediu perdão e misericórdia, e o SENHOR cedeu: "Então o Senhor mudou de ideia sobre o mal que disse que faria ao seu povo" (Êxodo 32:14; Números 14:19).