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Significado de Colossenses 2:4-5

A unidade no espírito conecta a todos os crentes, em todos lugares e tempos. Paulo luta, ainda que à distância, para garantir que as vozes dissonantes em seus dias não abafassem a obra unificadora de Cristo e Seu Evangelho.

Em Colossenses 2:1-3, Paulo expõe seu propósito por escrito aos crentes colossenses, culminando na conclusão de que seguir a Jesus era a chave para a melhor vida nesta terra. Ele também enfatiza seu cuidado com aqueles aos quais não conheceu pessoalmente e seu especial esforço (chamado por ele de "luta") para comunicar a mensagem de Jesus a eles.

Aqui Paulo diz: Digo isso para que ninguém os iluda com argumentos persuasivos. Isso infere que havia uma narrativa diferente e que Paulo estava preocupado que os colossenses fossem arrastados por ela.

A única outra referência nas Escrituras para a palavra “iludir” (em grego, "paralogizimai") aparece em Tiago 1:22: "Mas provem os cumpridores da palavra e não apenas os ouvintes que se iludem". O termo trata de algo com um verniz de verdade, mas sem fornecer o quadro completo (ouvir a palavra é correto, mas é algo incompleto sem a ação). Havia uma razão pela qual os argumentos dissonantes eram persuasivos. Eles pareciam ser verdadeiros, mas eram perversões, ilusões.

Quais eram esses argumentos persuasivos e o que especificamente significava a ilusão? Paulo não nos diz, mas deixa algumas dicas. A primeira tem conexão com o versículo anterior, que consolida a ideia de que seguir a Cristo era o caminho para se viver em plenitude. Talvez o falso argumento persuasivo fosse o de que havia outro caminho. Pode ser que alguém estivesse dizendo aos colossenses que Jesus era um dos caminhos para a prosperidade material, o que ter levado Paulo a enfatizar que a verdadeira e duradoura riqueza a ser obtida eram a sabedoria e o conhecimento espirituais (Colossenses 2:3). Paulo também adverte os colossenses a não caírem nas "filosofias" mundanas ou nas "tradições dos homens". Isso pode incluir tanto o pensamento filosófico grego quanto as tradições religiosas judaicas que deslocavam seu propósito espiritual (Colossenses 2:6-8).

Outra possibilidade para o falso ensinamento ao qual Paulo se opunha é encontrada no versículo seguinte: Pois, embora eu esteja ausente no corpo, no entanto estou presente em espírito. Junto com a veemente admoestação de Paulo no versículo 1 de que ele estava lutando por pessoas às quais ele não havia conhecido face a face, isso sugere que o argumento persuasivo poderia ser algo do tipo: "Por que vocês dão ouvidos a uma pessoa que jamais viram? Ele nunca veio aqui. Ele não conhece vocês".

Parece que os adversários de Paulo usavam uma combinação de argumentos. É provável que houvesse um falso ensino doutrinário circulando por Colossos e este falso ensino estava sendo reforçado pelo argumento de que Paulo não estava presente e não sabia realmente o que estava acontecendo e o que era melhor para a comunidade de Colossos. A carta de Paulo parece ter sido escrita para reforçar o ministério de seu companheiro, Epafras. Paulo estava estabelecendo sua autoridade, a fim de fornecer o auxílio necessário (Colossenses 1:7).

Paulo, em alguns lugares no capítulo 1 e no versículo 2 do capítulo 2, reforça a ideia de que o verdadeiro agente de união entre os crentes era o amor (espírito) e não a proximidade física (corpo). Paulo diz no capítulo 1 que o Evangelho estava em ação em todo o mundo e que os crentes estavam todos unidos nessa empreitada (incluindo ele e o povo em Colossos). A unidade espiritual de Paulo com eles era muito mais importante do que a distância física entre eles.

Para enfatizar este ponto, Paulo diz que estar com os colossenses em espírito lhe permitia alegrar-se ao ver sua boa disciplina e a estabilidade de sua fé em Cristo. A expressão “boa disciplina” é a palavra grega "taxis", significando "ordem" ou "arranjo". Paulo elogia os colossenses por viverem uma vida em harmonia com Deus. A carta, então, é um apelo para que não trocassem essa harmonia pelos argumentos persuasivos daqueles que os tentavam enganar.

Paulo comenda os colossenses por sua boa disciplina, sua prática/perspectiva correta e pela estabilidade de sua fé em Cristo. Ele os elogia por escolherem o caminho certo de forma consistente. Paulo não ficou esperando para ver se eles seriam atraídos por aqueles falsos ensinamentos. Em vez disso, ele se engaja proativamente e encoraja os colossenses a manter a rota, de forma a evitar cair no engano.

Na medida em que a carta aos colossenses vai avançando, Paulo continuará a explorar a tese de que este era o caminho certo, de que esta seria a melhor decisão para todos os envolvidos e que os colossenses não deveriam abandoná-lo por ensinos enganosos.

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