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Significado de Daniel 10:1-3

Durante o reinado do rei Ciro, Daniel recebe outra mensagem de Deus sobre um grande conflito no futuro.

A última e mais detalhada visão de Daniel encontra-se nos capítulos 10-12. No capítulo 2, Daniel interpreta uma visão dada ao rei Nabucodonosor. As duas primeiras visões dadas diretamente a Daniel foram durante o reinado do rei babilônico Belsazar (Daniel 7-8). A terceira visão ocorreu depois que a Pérsia conquistou a Babilônia, durante o primeiro ano do governo de Dario (Daniel 9). Esta visão final ocorre no “terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia”. Alguns estudiosos acreditam que Ciro e Dario são o mesmo homem; outros concluem que Dario foi simplesmente um governador estabelecido sobre a cidade de Babilônia, onde Daniel vivia em seu exílio.

Aqui, Daniel já é um homem velho, provavelmente perto dos oitenta anos de idade. Ele se identifica como Daniel, seu nome judaico, e Beltesazar, seu nome babilônico. A razão pode ser que o público-alvo dessa mensagem na primeira pessoa incluísse babilônicos que o conheciam como Beltesazar. Ele se refere à experiência como uma visão e uma mensagem. A visão veio através de um mensageiro de Deus (anjo) e a mensagem dizia respeito à futuras lutas de poder entre os reis terrenos, bem como ao lugar de Israel nessas batalhas.

Daniel apresenta a mensagem como “verdadeira e de grande conflito”. Daniel informa ao leitor que “entendeu a mensagem” que lhe havia sido repassada e que tinha “compreensão da visão”. Esta é uma diferença fundamental em relação às visões anteriores.

O estilo de sua escrita muda para uma perspectiva narrada na primeira pessoa, na medida em que Daniel explica sua visão e o contexto em que ela havia ocorrido. Este é um relato em primeira mão. Ele estava de luto havia três semanas. Daniel não nos informa sobre os motivos de seu luto neste momento. No entanto, no versículo 12, o anjo diz  que a visão e a mensagem haviam sido despachadas desde o primeiro dia em que Daniel se decidiu a colocar seu coração a entender, o que provavelmente ocorreu a partir do momento em que ele começou seu jejum. Seu luto parece estar ligado de alguma forma ao que ele estava buscando entender. No curso de sua tristeza, ele negou a si mesmo “comidas agradáveis”, incluindo “carne e vinho”. Ele não se unge com óleo. Ele não se dá prazer sensorial ou conforto algum, “até que as três semanas foram concluídas”. Daniel parece ter-se proposto a fazer um jejum de três semanas para ganhar compreensão sobre a visão e a mensagem.

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