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Significado de Daniel 3:28-30
Depois de tentar executar a Sadraque, Mesaque e Abedenego por terem se recusado a se curvar a seu ídolo, Nabucodonosor testemunha um evento incrível. Embora os três judeus tenham sido lançados na fornalha para serem executados, eles não morreram. Uma quarta pessoa, um ser sobrenatural, apareceu no fogo com eles. Nabucodonosor os chama para fora da fornalha e todos ali reunidos vêem que os três homens não haviam sofrido qualquer dano causado pelo fogo. Seus cabelos, roupas e até mesmo seu cheiro haviam sido protegidos dos efeitos do fogo.
Neste momento, Nabucodonosor responde a tal acontecimento. Seu julgamento e ira foram inteiramente cancelados pelo Deus de Israel, o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego. Nabucodonosor resume o que aconteceu, reconhecendo que Deus "enviou o seu Anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele". O rei reconhece que aquilo havia ocorrido porque eles haviam "violado a ordem do rei". Em seu desafio, Sadraque, Mesaque e Abedenego “entregaram os seus corpos, para que não servissem, nem adorassem deus algum, senão o seu Deus”. Nabucodonosor, então, raciocinou: os três homens haviam sido salvos pelo anjo de Deus porque confiaram Nele e se recusaram a servir a qualquer outra divindade. Sua fé e obediência foram recompensadas pela salvação do fogo.
Depois de testemunhar isso, Nabucodonosor muda sua própria crença e se humilha. Ele diz: "Portanto, faço um decreto que todo povo, nação e língua que proferir alguma blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e as suas casas sejam feitas um monturo".
Em uma reviravolta notável, a nova lei de Nabucodonosor passa a condenar qualquer discurso hostil contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abedenego; tal infração seria punida com morte e destruição. O rei busca corrigir o erro que o havia levado ao decreto de morte e à tentativa de execução daqueles homens. Não seria mais crime se recusar a se curvar diante de seu ídolo de ouro, ou adorar exclusivamente ao Deus verdadeiro. A nova lei tampouco obrigaria a todos a adorar ao Deus de Israel, já que Nabucodonosor havia tentado forçar a todos os seus oficiais a adorar à estátua. Em vez disso, ele agora impede a perseguição dos judeus na Babilônia.
Veremos que a humilhação de Nabucodonosor neste momento era parte de um processo em andamento. O testemunho público de Nabucodonosor terminaria fazendo parte das Escrituras Sagradas, transformando-o num dos poucos - talvez o único - autor não-judeu da Bíblia.
Esta passagem começou com o decreto do rei de que todos deveriam se curvar a seu ídolo. Usando a lei, “certos caldeus” - rivais políticos de Sadraque, Mesaque e Abedenego - aproveitaram o decreto e tentaram matar aos três homens. Agora, Nabucodonosor entende corretamente que “não há outro deus que possa livrar desta maneira”. Ele enxerga o verdadeiro poder e autoridade do Deus de Israel, a quem chama de "Deus Altíssimo" (v. 26). Sua nova lei impediria que mais danos fossem sofridos por aqueles que exclusivamente adoravam a Deus, porque o rei agora entende o quão poderoso Deus era.
Não apenas Sadraque, Mesaque e Abedenego recebem sua liberdade religiosa - eles também recebem vidas melhores. Nabucodonosor faz com que eles “prosperem na província da Babilônia”.
Esses três crentes fiéis a Deus eram estranhos em uma terra estranha. Eles haviam sido removidos de sua casa em Judá muito jovens e colocados para trabalhar para o rei que os havia escravizado. Porém, em vez de iniciarem uma rebelião ou tentarem escapar, Sadraque, Mesaque e Abedenego se adaptaram à nova situação. Em Daniel 1, vemos que eles aprenderam a língua e a literatura de sua nova terra, servindo ao rei por anos e ajudando a governar seu reino. Ele trabalharam arduamente num país ao qual não pertenciam e onde não queriam estar.
No entanto, durante todo esse tempo em uma terra de ídolos pagãos, eles haviam adorado apenas a seu Deus. Assim, Deus os resgatou de uma morte injusta e trabalhou para abençoá-los por causa de sua fidelidade. Deus é o juiz soberano sobre tudo, incluindo os reis terrenos, como Nabucodonosor.
Sadraque, Mesaque e Abedenego superaram a provação de serem escravos longe de sua terra, vivendo corretamente em sua circunstância terrena difícil, permanecendo fiéis ao Pai Celestial. Eles exemplificam a idéia de estar no mundo, mas não ser do mundo. Eles venceram ao mundo por meio de sua fé em Deus e foram recompensados por sua obediência a Deus.