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Significado de Daniel 9:3-6
Daniel ora. Ele confessa os pecados do povo de Judá e pergunta a Deus se o castigo contra Judá terminaria em breve. Jeremias, o profeta, profetizara que a terra de Judá ficaria vazia por 70 anos e seu povo viveria no exílio (Jeremias 25:11). Daniel era um dos exilados e, depois de ler a profecia de Jeremias, ele ora a Deus, na esperança de que o tempo do exílio terminasse logo.
A oração de Daniel é longa e complexa. Ele começa louvando ao Senhor Deus. Seu propósito era o de buscar ao Senhor por meio de orações e súplicas. Seu foco neste momento estava inteiramente colocado em Deus. Ele se distancia do conforto. Daniel se veste com pano de saco, um material irritante para a pele. Ele era usado por pessoas de luto que não desejassem sentir-se confortável, mas processar plenamente o desconforto de sua tristeza. Além disso, ele se senta em cinzas, outra forma de expressar contrição ou tristeza. Daniel estava em jejum. Ele não dá conforto alguma a seu corpo; todo o seu foco estava se humilhar diante de Deus.
Daniel começa sua oração louvando a Deus. Seu objetivo era confessar o pecado do povo; mas, primeiro, ele se aproxima de Deus com toda a reverência devida: “Ó Senhor, grande e maravilhoso Deus”. O caráter de Deus está acima de todos os homens. Ele é perfeitamente poderoso e supremo. A integridade de Deus também é perfeita, pois Ele “guarda Sua aliança e bondade com aqueles que O amam e guardam Seus mandamentos”.
Daniel dedica grande parte de sua oração para enfatizar o fracasso do homem e a bondade de Deus. O povo judeu havia agido perversamente, eles haviam cometido iniquidade. Daniel se inclui no grupo, confessando: “Pecamos”. Apesar de todos os outros capítulos de Daniel mostrarem que ele era um homem justo que lidava honestamente com os homens e nunca se afastasse de sua fé em Deus, ele não se apresenta como perfeito. Ele confessa o pecado junto com o restante de Judá e Israel. Ele se identifica como judeu e expressa merecer a disciplina de Deus a Seu povo durante os 70 anos. Daniel confessa que ele e seus compatriotas haviam se afastado dos mandamentos e ordenanças de Deus. Daniel mostra ser um grande líder: ele assume a responsabilidade. A verdadeira liderança não joga a culpa nos outros. A verdadeira liderança assume a responsabilidade sem impor controle.
Durante séculos, os reinos de Israel e Judá haviam praticado a idolatria, o que os levou a muitos outros pecados terríveis. Nos dias do rei Manassés, o rei construiu altares para os ídolos no templo, sacrificando a seu próprio filho e praticando feitiçarias (2 Reis 21:2-6). O profeta Jeremias identifica Manassés como uma das principais razões pelas quais Deus puniu ao reino de Judá: "Farei deles um objeto de horror entre todos os reinos da terra por causa de Manassés, filho de Ezequias, rei de Judá, pelo que fez em Jerusalém" (Jeremias 15:4). Porém, Manassés não era o único homem perverso em Judá naqueles dias; a nação como um todo havia se entregado a adorar aos ídolos e a abandonar a Deus.
Deus enviou muitos profetas, como Isaías e Jeremias, para chamar os dois reinos ao arrependimento. Daniel continua sua oração: “Não demos ouvidos aos Teus servos, os profetas”. Daniel havia visto reis pagãos ouvirem a Deus, enquanto sua própria nação se recusava a dar ouvidos às palavras de Deus. Daniel admite sua desobediência. Eles haviam ignorado os homens através dos quais Deus falava. Eles poderiam ter evitado o castigo de Deus caminhando em um relacionamento de obediência a Ele; mas, eles se recusaram a fazê-lo. Como exemplo, Jeremias deixara claro que, se os líderes de Judá servissem à Babilônia, Deus pouparia suas vidas. Mas eles não lhe deram ouvidos. Eles confiaram que o Egito os protegeria. Como resultado, Jerusalém foi destruída e eles foram mortos (Jr 27).
Os profetas falavam em nome de Deus aos reis, príncipes e pais de Jerusalém e a todo o povo da terra. Deus jamais se calou. Ele não impôs tal disciplina a Seu povo do nada. Daniel sabia que Deus havia falado muitas vezes através dos profetas e todos na terra haviam ouvido a mensagem de Deus, dos governantes aos cidadãos comuns. As expectativas de Deus eram claras. No entanto, o povo havia optado por não ouvi-Lo.