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Significado de Deuteronômio 10:12-15
O pacto de Deus com Israel exigia fidelidade de ambas as partes. O Deus Susserano (Governante) havia demonstrado repetidamente Seu amor e fidelidade a Israel. Ele poderia ter continuado Sua fidelidade através de Moisés, mas demonstrou Sua compaixão ao perdoar seu ato pecaminoso de idolatria com o bezerro de ouro e pedir que prosseguissem em sua jornada para a Terra Prometida (Deuteronômio 9:25-29; 10:10-11). Moisés, agora, lembra aos israelitas de sua obrigação na aliança para com seu Deus Susserano, dizendo: Agora, Israel, o que o SENHOR, vosso Deus, exige de vós? A aliança de Deus com Israel continha provisões condicionais e incondicionais. A palavra "agora" conecta esta passagem com a seção anterior, na qual Moisés lembrava a Israel de que o SENHOR havia aceito seu pedido para não destruí-los. Neste contexto, Moisés faz uma pergunta para lembrar aos israelitas que o SENHOR era o Deus deles e que eles estavam em um relacionamento de aliança com Ele. Eles eram Seus vassalos e Ele era seu Susserano (Êxodo 19:4-6). Quatro requisitos específicos descrevem como Deus pretendia que Israel O obedecesse a fim de obterem as bênçãos prometidas. Deus enfatiza aqui os aspectos condicionais da aliança, que o SENHOR, seu Deus, requeria para que obtivessem os benefícios prometidos.
Moisés responde à sua pergunta e lista os quatro requisitos que o SENHOR Deus tinha caso Israel desejasse alcançar as recompensas prometidas:
(a) O SENHOR exigia que os israelitas O temessem. Temer a Deus é considerar que as consequências da desobediência não valem o pena. Todos obedecemos ao que tememos. Muitas vezes pensamos que o fracasso aos olhos de outras pessoas é mais preocupante do que desagradarmos a Deus. Deus deseja que nos importemos mais com o que Ele pensa e diz do que com o que outras pessoas pensam e dizem. Devemos colocar uma ênfase maior em Sua aprovação do nosso comportamento do que a aprovação de qualquer outra pessoa (Deuteronômio 5:29; 6:2, 13). Temer a Deus é seguir aos seus mandamentos de viver sabiamente, ao invés de sermos tolos, falarmos e agirmos de uma maneira que desagrade a Deus (Provérbios 9:10; Salmos 111:10).
(b) O SENHOR exigia que Seus vassalos (Israel) andassem em todos os Seus caminhos. O termo traduzido como "caminhos" [“derek”, em hebraico] significa literalmente "estrada", ou "vereda". Moisés frequentemente usou esta palavra no livro de Deuteronômio para se referir à maneira como os israelitas deveriam viver; isto é, de acordo com as leis de Deus. Assim, andar nos caminhos de Deus implica uma resposta de Israel às leis de aliança de Deus, manifestada por um senso de engajamento dinâmico e mútuo. Andar em todos os Seus caminhos significava viver de uma maneira que levasse a um grande florescimento de toda a comunidade. Em vez de uma pessoa dominar sobre as outras, a comunidade que andasse nos caminhos de Deus trataria uns aos outros com respeito, não fraudando, não roubando, não invejando os bens dos outros. Uma parte significativa da bênção prometida foram as consequências naturais da obediência à lei de Deus no sentido de respeitar as outras pessoas e suas propriedades.
(c) O Deus Susserano ordena que Israel O ame. Amar a Deus é viver em completa obediência a Ele e às Suas leis (6:4; 11:1; 30:16; João 14:15). Esse amor deveria ser a resposta apropriada ao SENHOR, porque Ele era o Deus misericordioso que havia redimido a Israel da escravidão, protegido e providenciado para eles, alimentando-os continuamente e buscar o melhor para eles.
d) O SENHOR exigia aos israelitas que O servissem de todo o coração e de toda a alma. O verbo traduzido como “servir” é a mesma palavra traduzida como "trabalho" na reafirmação dos Dez Mandamentos em Deuteronômio 5:13, onde lemos a referência sobre o "trabalho" por seis dias. Deus deseja que dediquemos esforços para fazer tudo o que de acordo com Seus caminhos. Ele deseja que andemos em Seus caminhos em todos os aspectos da nossa vida diária. A palavra "coração" descreve a sede do sentimento e do intelecto, como vemos em Deuteronômio 7:17:
“Se disserdes em seu coração: 'Estas nações são maiores do que eu, como posso desapropriá-las?”
A palavra "alma" refere-se à sede da identidade. No versículo 22 deste capítulo, a mesma palavra é traduzida como "pessoas". Juntas, as palavras servir, coração e alma enfatizam quem somos como pessoas, tudo o que pensamos e tudo o que fazemos. Deus estava pedindo uma obediência completa em todos os aspectos da vida. A maneira de recebermos as bênçãos de Deus é através da obediência total a Ele, o Deus Susserano de Israel.
Moisés resume esses quatro requisitos em um só: Guardar os mandamentos do SENHOR e Seus estatutos que vos ordeno hoje, para o seu bem. Os mandamentos de Deus e Seus estatutos são Suas estipulações da aliança. Os israelitas receberam a ordem de observar a todos eles, a fim de viverem como vassalos leais a seu Deus Susserano. Deus apresenta a razão pela qual eles deverim obedecer: é para o seu bem. Todos os mandamentos de Deus são dados para prover uma vida melhor para Seu povo. Deus é um Pai benevolente que deseja o melhor para Seus filhos. Muitas vezes, entretanto, como crianças, choramos porque desejamos doces ao invés de vegetais.
O Deus Susserano (Governante) de Israel é único e soberano. Ele sabe tudo, incluindo o que é melhor para nós. Moisés declara: Eis que ao SENHOR, teu Deus, pertence o céu e os céus mais elevados, a terra e tudo o que nela há. O Deus de Israel é único porque é o único Deus verdadeiro. Os céus e a terra pertencem a Ele. As palavras "céu" e "terra" são empregadas aqui como figuras de linguagem combinando duas coisas contrastantes para se referir a um todo. Aqui, os termos mostram que Deus é soberano sobre toda a criação. Somente Ele é Deus, pois tudo lhe pertence. O Deus de Israel criou e governa todo o universo.
No entanto, embora somente o SENHOR seja soberano sobre todo o universo (Êxodo 19:5-6), Ele escolheu dirigir Seu amor sobre um homem em particular chamado Abraão e seus descendentes. Como disse Moisés a Israel: Sobre seus pais, o SENHOR estabeleceu Seu afeto para amá-los. Deus não era obrigado a amar a Israel. Deus escolheu amá-los. Deus escolheu conceder Seu amor a seus descendentes depois deles, acima de todos os povos, como é hoje. O amor de Deus por Israel estava acima de todos os povos não por causa de sua justiça (Deuteronômio 9:4), mas por causa da promessa feita a Abraão. O afeto especial de Deus não significa que Deus tenha um padrão inferior de comportamento para Israel. Pelo contrário, Deus terá um padrão muito mais elevado. A intenção de Deus é sempre para o seu bem.
O SENHOR escolheu seus descendentes para estar em um relacionamento de aliança com Ele. Esta aliança deixa claro que tipo de comportamento traz bênçãos. Ela demonstra quais comportamento levam uma comunidade a florescer. Era o desejo de Deus que Israel servisse em uma função sacerdotal, sendo uma ilustração de como melhor florescer para outras nações (Êxodo 19:5-6). Israel, os descendentes de Abraão, desfrutaram do privilégio e das responsabilidades de estar em um relacionamento de aliança com o verdadeiro Deus (Êxodo 19:5-6; Deuteronômio 7:7). Os israelitas foram informados muito especificamente sobre como cumprir suas responsabilidades, como obter as bênçãos da obediência. Eles deveriam temer ao SENHOR, seu Deus, andar em todos os Seus caminhos, amá-Lo, servi-Lo de todo o coração e guardar todos os Seus mandamentos, a fim de desfrutarem dos benefícios daquela aliança especial.