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Significado de Deuteronômio 8:17-20

O objetivo de Deus em disciplinar e treinar a Israel era para o seu bem. Deus estava buscando seu melhor futuro. Agora, Moisés adverte Israel contra o perigo de não ouvir a voz de seu Deus Susserano (Governante), Aquele de quem fluem todas as bênçãos. Fazer isso inevitavelmente traria julgamento divino sobre Israel, assim como havia ocorrido com os habitantes originais de Canaã.

Esta seção expande a anterior, enfatizando mais uma vez a iniciativa de Deus em Seu relacionamento de aliança com Israel. O Deus Susserano havia redimido a Israel de cativeiro no Egito, conduzindo-o através do deserto e alimentando-o com o maná quando estavam famintos no deserto. O propósito de Deus era o de humilhar a Israel e testá-lo, para fazer o bem por eles (vv.11-16). No fim das contas, é outra forma de dizer "este era o objetivo". Deus tinha um propósito particular para Israel em todos os lugares aos quais os conduziu no grande e terrível deserto. Seu objetivo era o de fazer o bem a eles.

Se Deus não os tivesse treinado nas dificuldades, os israelitas poderiam dizer em seu coração: Meu poder e a força de minha mão me trouxeram essa riqueza. Seu coração ficaria orgulhoso. O orgulho leva a todos os tipos de males sociais. Deus deseja que Seu povo prospere e eles prosperarão quando ouvirem e obedecerem a Ele.

O termo “riqueza” inclui bens, terra, força (política e econômica), energia e status. Os israelitas, que antes eram incapazes de fazer qualquer coisa para se sustentarem, logo pensariam que seu próprio poder e a força de sua mão - não o poder ilimitado do Deus Susserano - os havia tornado prósperos. Por isso, Moisés lembra ao povo que todo dom vem de Deus. Ele os exorta a se lembrar do SENHOR, vosso Deus, pois é Ele quem vos dá poder para produzir riqueza. A produção de riqueza requer poder, energia. E Deus é a fonte do poder. É interessante notar que a riqueza não é um problema. Nossa atitude é. A riqueza com humildade é uma grande bênção. A riqueza e o poder misturados com o orgulho são um grande mal. O meio de se manter em humildade é se lembrar de que é o SENHOR quem nos dá poder para produzir riquezas.

Deus concedeu poder para enriquecer Israel com um propósito especial: confirmar a aliança que havia jurado a seus pais, como é hoje. A riqueza de Israel seria uma confirmação das promessas de aliança que Deus havia jurado a seus pais (Gênesis 12:1-3). A frase “como é hoje” parece enfatizar a natureza ativa da promessa de Deus a seus pais. Mesmo que a promessa de Deus tivesse sido feita havia 500 anos, ela ainda estava muito viva naquele dia.

Moisés já havia exortado Israel a não se esquecer de seu Deus. A riqueza de Israel (sabedoria, poder, criatividade, recursos materiais, habilidades e força) era uma bênção direta de Deus. Moisés os encoraja a não se esquecer do SENHOR, seu Deus. Este ato pecaminoso poderia levá-los ao pior tipo de desastre. Quando o SENHOR deixasse de ser prioridade na vida da nação, adverte Moisés, ficaria fácil ir atrás de outros deuses, servi-los e adorá-los. Fazer isso violaria o primeiro mandamento, que afirmava: "Não terás outros deuses diante de Mim" (Êxodo 20:3; Deuteronômio 5:7). Os israelitas certamente pereceriam porque se comportariam como os cananeus. Como disse Moisés: Testifico hoje que certamente perecereis. Como as nações que o SENHOR faz perecer diante de vós, assim perecereis. Infelizmente, foi exatamente isso que aconteceu mais tarde na história de Israel; pereceram na terra e foram exilados. Muitos morreram. Israel era o povo escolhido de Deus e sempre será. Isso não muda (Romanos 11:25-29). Deus nunca os rejeitará. Porém, Seu povo tinha responsabilidades e seria recompensado por suas escolhas. Se andassem em obediência seriam abençoados acima de todos os povos (Deuteronômio 7:14). Se desobedecessem e se voltassem ao orgulho e à idolatria, pereceriam. Este princípio é visto em toda a Bíblia: a aceitação de Deus é concedida livremente, mas Sua aprovação e recompensa requer obediência. O apóstolo Paulo transmite este princípio a seus discípulos ao longo de suas cartas (ver exemplos em Romanos 14:10-11; 1 Coríntios 3, 5-152 Coríntios 5, 10).

O Deus Susserano havia escolhido a Israel entre todos os povos para ser Sua propriedade (Êxodo 19:5). Sua escolha não se baseou nos méritos de Israel. Pelo contrário, a escolha de Deus foi um ato de graça divina. Como povo de Deus, os israelitas receberam as promessas de Deus. No entanto, sua obediência era necessária para possuírem e desfrutarem das bênçãos. A falta de obediência resultaria em maldições, que viriam na forma de morte ou expulsão da terra. Como as nações cananéias às quais o SENHOR havia expulsado da terra, Israel pereceria se não ouvissem a voz do SENHOR, seu Deus, isto é, se não obedecesse a todos os Seus mandamentos. Observar os mandamentos de Deus é sinônimo de ouvir Sua voz. Esta é a maneira pela qual Israel poderia desfrutar das bênçãos de seu Deus Susserano (Governante).

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