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Significado de Eclesiastes 12:11-12

Dominar a sabedoria traz integridade à vida. Mas Salomão alerta para os escritos intermináveis e como o estudo pode ser uma distração de uma vida frutífera.

O aguilhão era uma antiga ferramenta usada para cutucar o gado e fazer com que os animais se deslocassem de um lugar a outro, segundo o desejo do gerente do campo, talvez um pasto com melhor pastagem. É uma metáfora para a orientação. As palavras dos sábios são como aguilhões na medida em que nos instigam a deixar um lugar de conforto para um lugar melhor. São luzes orientadoras. Dado o contexto imediato, Salomão provavelmente inclui sua aplicação do livro de Provérbios nesta descrição.

Alguns sábios, como Salomão, o Pregador, são capazes de combinar habilmente vários provérbios em instruções úteis. Essas coleções podem se tornar uma base atraente e confiável para uma vida bem-sucedida. São como pregos bem firmes que seguram as madeiras da casa, trazendo integridade a ela. O mesmo acontece com essas coleções de provérbios para nossas vidas. Elas fazem com que todas as peças de nossas vidas se encaixem em unidade.

O rei de Israel foi encarregado de pastorear a nação escolhida (2 Samuel 5:2). Como uma obra de sabedoria, Eclesiastes demonstra que Salomão era excepcionalmente qualificado para governar a nação de Israel como um pastor designado por Deus e para fornecer os insights deste livro. Porém, Salomão diz aqui que os mestres dessas coleções havia sido dados pelo único Pastor. Deus é consistentemente descrito como o Pastor de Seu povo, aquele que o alimenta, guia e protege (Gênesis 48:15;  Salmos 23:1; Is 40:11). Deus é a fonte última de toda sabedoria.

A expressão Mestres dessas coleções pode referir-se às melhores coleções. Neste caso, o livro divinamente inspirado de Provérbios pode estar na mente do escritor, como o melhor dos melhores. Essas palavras de sabedoria são como pregos firmes que fazem com que todos os aspectos de nossas vidas se encaixem corretamente. A frase também pode se referir àqueles que dominam as coleções das palavras de sabedoria. Os mestres das palavras de sabedoria funcionam como pregos bem pregados para manter as comunidades unidas por suas vidas sábias.

Salomão inclui algumas advertências sobre os perigos que cercam a busca pela sabedoria. Há muitos livros que afirmam ser coleções de sabedoria. Todos veem o valor que a sabedoria pode trazer e muitos se candidatam a ser mentores sábios. Todos gostam de estar no comando dos aguilhões, de dirigir e controlar os outros. Assim, a produção de livros é interminável. O segundo alerta, semelhante ao primeiro, é que a devoção excessiva aos livros é cansativa para o corpo.

A palavra traduzida como devoção excessiva significa literalmente "estudo". Podemos passar a vida inteira com a "cabeça nos livros", não aplicando praticamente nada do que aprendemos. Os estudos teóricos intermináveis nos atrapalham. Gastamos nosso tempo em ponderações ao invés de aprendermos a sabedoria prática.

O aviso aqui é claro: não pule para o próximo livro tentando incessantemente alimentar sua compulsão por saber mais. É mais importante viver o que aprendemos.

Há sabedoria em equilibrar estudo e ação. Estudar e buscar conselhos sábios é algo bom. Salomão escreveu Eclesiastes para este fim. Porém, por causa do "hebel", há um ponto de inflexão em que nossa exploração abandona o paradoxo da fé e tenta encontrar respostas com nossas próprias forças. A advertência de Salomão é: busque a sabedoria, mas confie somente em Deus, o único Pastor e fonte de toda a sabedoria. Seja intencional sobre suas escolhas, mas desconfie de suas emoções e expectativas. Concentre-se na fé.

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