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Significado de Eclesiastes 4:1-3

Salomão volta a avaliar a vida pela perspectiva da razão e experiência humana. Ele observa a vaidade da injustiça. A falha da humanidade de administrar a justiça neste mundo torna a existência na terra inviável.

Salomão já observou que a natureza é cheia de ciclos. Ele escreve boa parte do livro de Eclesiastes voltando para o mesmo tópico e comentando sobre ele novamente. Aqui, ele olha novamente para a opressão do ponto de vista da razão e experiência humana.

Pelo fato de olhar os atos de opressão feitos sob o sol, Salomão reconsidera as conclusões feitas no final do Capítulo 3. Especificamente, ele conclui que mesmo que Deus tenha tudo sob controle, em Seu tempo, a humanidade sofre de injustiças pelas mãos de opressores. Salomão observa no Capítulo 3 que ímpios e justos ambos darão satisfação de suas vidas no Dia do Julgamento. Ele, agora, olha novamente para os atos de opressão e faz uma investigação mais profunda sobre a realidade dos humanos ferirem uns aos outros.

Salomão comenta sobre os atos de opressão de um ser humano contra outro. Este é um conector claro para a passagem no Capítulo 3, que fala sobre a natureza distorcida do mundo - “no lugar de julgamento existia impiedade.” Aqui, ele fala sobre as lágrimas dos oprimidos e como eles não tem ninguém para confortá-los. Os opressores são cheios de poder. O que os humanos fazem quando recebem poder? Eles podem usá-lo para abençoar mas, ao invés disso, o usam para oprimir.

E, para os oprimidos, eles não tinham ninguém para confortá-los. A natureza da opressão é a falta de cuidado com os outros. Quando os opressores usam seu poder, influência, riqueza ou posição para oprimir, faz sentido dizer que eles não irão aplicar seus recursos para confortar. A palavra “conforto” vem do hebraico “nacham”, que literalmente significa “suspirar”. Isso talvez indique que aqueles que detêm o poder não dão a mínima importância aos oprimidos. Eles são autocentrados e se importam apenas consigo mesmos, enquanto as outras pessoas são meios para alcançar o que os opressores desejam.

Esta ideia de “suspirar” soa como algo cheio de vapor. Se a vida se resume a ganhar poder e oprimir as pessoas com ele, então isso torna a vida nada mais do que algo fútil. Isso prova que tudo é vaidade. Por isso, Salomão, no versículo 2, congratula os que já morreram.

Os mortos estão em posição melhor que os vivos. Eles escaparam das lágrimas provenientes da opressão, eles estão livres da opressão sistêmica dos que detêm o poder. Eles escaparam da futilidade, da vaidade.

Melhor que ambos é aquele que nunca existiu. Os mortos recebem uma pausa da opressão, mas aquele que nunca nasceu nunca conheceu esses efeitos. Os vivos estão em um lugar muito pior porque precisam lidar com essa realidade todos os dias.

Aquele que nunca existiu nunca será subjugado como os oprimidos pelo pecado dos opressores. Porém, ainda mais universal, aquele que nunca nasceu precisa lutar contra a frustração de se sentir impotente diante da injustiça. Eles jamais experimentaram as atividades malignas feitas sob o sol, uma situação melhor do que os que viveram a realidade da opressão.

Em meio à vaidade, com uma capacidade limitada de compreensão que resulta em uma falta de certeza ou clareza, a humanidade está destinada a compreender as atividades perversas do mal. Se isso é tudo na vida, é melhor não estar vivo, porque não iríamos ser forçados a olhara para toda a atividade do malfeita sob o sol.

Salomão, mais uma vez, observa as coisas do ponto de vista da razão e da experiência humana. Ele continua seu discurso usando a razão e a experiência, mas também a fé.

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