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Significado de Eclesiastes 4:13-16
Salomão conta outra história abordando um tema que caro ao seu coração. No Capítulo 2, Salomão referiu-se às tristezas da sucessão real (veja as notas sobre 2:18-23). Ele certamente teve uma experiência difícil com sua própria sucessão (1 Reis 1), provavelmente este seja parte da razão para suas observações aqui. Aparentemente ele não aprendeu a lição, porque Deus o castiga com uma rebelião no fim do seu reinado que terminaria com o reino dividido (1 Reis 11). Infelizmente, Salomão não parece ter seguido seu próprio conselho.
Nessa história, o reino dá as boas-vindas a um novo governante - um jovem pobre, porém inteligente. A grande necessidade de substituir ao governante velho e ineficiente - que não consegue mais receber instruções - é revelada pelo fato de que o jovem substituto saiu da prisão para tornar-se rei, mesmo que tivesse nascido pobre. Todos os que vivem sob o sol se ajuntaram ao jovem que substituiu ao rei. Não havia fim para o número de pessoas que se submetiam ao novo governante, esperando que o rei substituto provasse ser um benefício para o reino.
Essa história trabalha em alguns níveis. Ela aborda a competição entre o jovem e o velho. Aborda também o pobre e o rei. Por fim, o sábio contra o tolo. Parece que o atributo de ser sábio é maior que as outras características.
No versículo 14, quando nos é dito que ele saiu da prisão, a frase usada é “bayith‘acar” que literalmente significa “sair de uma habitação opressiva”. A segunda palavra, “acar”, é normalmente traduzida como “casa”. Assim, o contexto pode ser entendido como uma pequena casa opressiva, uma prisão, mas também pode ser compreendido metaforicamente referir-se à sua pobreza.
De qualquer forma, o jovem é elevado à posição de rei por sua sabedoria e astúcia. Salomão avalia que isso é melhor que um rei vacilante que perdeu sua capacidade de receber conselhos. Existe uma mensagem importante incorporada aqui para a boa liderança: ela requer que sejamos excelentes ouvintes. Uma boa liderança significa buscar a resposta correta, ao invés de insistir em “estar certo”.
Porém, os servos também não vão ficar felizes com o novo rei. Isso provavelmente se refere a tendência que temos de continuamente comparar as coisas. Eles amam ao novo rei quando comparado ao rei velho e ruim. Porém, eventualmente irão desejar alguém mais novo e melhor. A estrela do time reserva tende a ser mais popular que a estrela do time principal - até que o primeiro entre no jogo.
O relato sobre a dificuldade de reinar é um tema constante nas observações de Salomão relacionadas a como os poderosos tendem a usar seu poder para se elevar e oprimir as pessoas. Eles usam seu poder para servir a suas próprias ambições. Essa tendência intensifica as complexidades da comunidade. Temos uma inclinação natural a estragar tudo, e claro, isso também é vaidade (hebel).
Este é um outro ciclo da vida abordado por Salomão. Desta vez, o ciclo da liderança. Novamente, do ponto de vista da razão e da experiência humana, isso também é vaidade e correr atrás do vento.