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Significado de Eclesiastes 6:1-2

Existem consequências severas para o desperdício dos presentes de Deus.

No Capítulo 5, vimos alguém sendo levado a aproveitar suas riquezas e os frutos de seu trabalho. Agora, Salomão nos apresenta o outro lado da moeda, um mal visto por Salomão como frequente entre os homens, ou a humanidade. Eis o mal: Deus dá riquezas e honra para que sua alma não tenha falta de nada do que deseja; mesmo assim, Deus não o empoderou para aproveitar sua riqueza. Ao invés disso, o estrangeiro a aproveita.

A palavra “alma” no hebraico é muito relacionada a uma pessoa em sua vitalidade ou vigor de sua vida. Essa pessoa tem tudo o que poderia desejar como meios de ter uma vida vibrante. Mesmo assim, ela não é empoderada para realmente aproveitar suas recompensas.

Em contraste com o primeiro caso, Deus não a empodera para comer de sua recompensa; ao invés disso, um estrangeiro a aproveita. Assim, Deus é o agente em ambos os lados: Ele dá, mas não empodera. A palavra “empoderar” é “shalat”, que significa “reinar” ou “governar”. Assim, Deus nos dá presentes, não domínios.

O estrangeiro (literalmente “o estranho”) as aproveita. Salomão não foca em um mecanismo singular para isso. Talvez o homem não as aproveite por causa da consequência natural da acumulação das riquezas, assim como lemos no Capítulo 5. Parece razoável que a observação de Salomão inclua esse exemplo. Vimos também o exemplo das riquezas sendo consumidas por uma população em expansão. Parece razoável que Salomão também esteja expandindo essa aplicação para outras possibilidades, enquanto continua a pensar e fazer observações.

Salomão repete sua observação anterior (assim como em Eclesiastes 2:26): os presentes e bençãos de Deus não devem ser desperdiçados. Se os benefícios não são colhidos por aquela pessoa a quem eles foram destinados, eles serão passados a outros. Estrangeiros. Se o acumulador não aproveitar suas bençãos, nem as passar para seu herdeiro, elas terminarão nas mãos de um estrangeiro, que irá aproveitá-las.

Deus dá presentes de riquezas, poder e honra, mas eles são desperdiçados. Isso é vaidade, ou viver no vapor, uma aflição severa. É válido refletirmos em todas as possíveis formas de viver uma vida de ingratidão e sem fé. A atitude da acumulação resulta mna busca pelo controle das coisas além da nossa verdadeira capacidade. Existem outras formas de expressar essa atitude, incluindo a busca pelo controle de nossas emoções ou do ambiente que percebemos através das drogas, por exemplo, ou pela busca do controle sobre outros através de acessos de raiva, ou nos afundando em sentimentos autodestrutivos de vários tipos.

Existe uma doença interior que diz: “Se eu não consigo controlar os outros, ou as minhas circunstâncias, pelo menos eu posso controlar minha própria destruição”. Este é um exemplo de um mal, de uma aflição severa. Deus nos deu a capacidade de nos alegrar na vida de gratidão, baseada na fé. Ao invés disso, normalmente preferimos buscar a ilusão de controle e autodependência. A incapacidade de aproveitarmos os presentes de Deus foi algo observado por Salomão como predominante em seus dias e certamente ainda é o caso nos dias de hoje, três mil anos depois. O que também valida a afirmação de Salomão de que “não existe nada novo sob o sol”.

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