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Significado de Eclesiastes 6:10-12
Este parágrafo marca uma grande mudança de pensamento no livro. A frase “correr atrás do vento” aparece em Eclesiastes 6:9 pela última vez e o trabalho/labuta deixa de ser o foco do escritor. Agora, Salomão realoca sua ênfase no trabalho e labuta no conhecimento incompleto do homem. Os humanos possuem uma inabilidade para conhecer certas coisas sobre suas experiências atuais e não sabem praticamente nada sobre o futuro.
Ao concluir o Capítulo 6, Salomão nos lembra da soberania de Deus. Os humanos são seres criados. Quando tentamos funcionar independentemente, encontramos vaidade, futilidade. É como tentar segurar o vapor. Salomão nos diz que é sabido o que o homem é, tudo que existe já foi nomeado. O ato de nomear as coisas mostra propriedade e domínio sobre o objeto, assim como um entendimento correto sobre ele. Isso significa que Deus entende totalmente o que o homem é. Existe algo íntimo em relação à nomeação de algo. Deus nos conhece intimamente.
Aqui, nomear é usado como uma metáfora para propósito e identidade (assim como vimos anteriormente). Tudo o que vemos foi feito por Deus para um propósito. Todas as coisas receberam chamado e nome. É sabido o que o homem é. Deus nos conhece e sabe todos os planos e resultados das nossas vidas, ainda que a verdade escape do próprio homem. E que não pode contender com quem é mais poderoso do que ele (literalmente “ele não pode julgar contra o todo-poderoso”).
A palavra “poderoso” é “taqqiyph” e este é o único versículo onde ela é usada nas Escrituras. O homem não tem nenhuma outra escolha, a não ser estar sob a autoridade do “todo-poderoso”. Ele não pode julgar a Deus ou substituir Seu poder. Não interessa quantas palavras uma pessoa fale na tentativa de explicar a existência humana, elas apenas aumentam o vapor - elas apenas “nublam” o problema. Muitas palavras aumentam a futilidade (“hebel”, veja notas sobre Eclesiastes 1:2).
Então, Salomão pergunta: Qual é a vantagem para o homem? Duas perguntas seguem a esta, cada uma efetivamente fazendo uma afirmação que nos explica o porquê da resposta ser “Não existe nenhuma vantagem para o homem”.
O primeiro motivo de não existir nenhuma vantagem para o homem é que ninguém sabe com certeza qual é o melhor (bom) curso de ação durante sua vida. Os humanos são seres finitos e não conseguem obter o conhecimento completo. É fútil (“hebel”, vapor) tentar viver como se esta não fosse a realidade durante os poucos anos que vivemos nesta terra (sob o sol). Somos criaturas finitas que temos a eternidade em nossos corações.
A segunda razão de não existir nenhuma vantagem para o homem é que nossos dias são passageiros e nós passamos por eles (literalmente, “fazer ou manufaturar”) como uma sombra. A sombra pode ser refletida, porém não possui substância real, assim como o vapor. Não importa o quanto produzimos nesta vida, nada vai durar para sempre nessa terra. Tudo vai decair, tudo vai ser esquecido e, eventualmente, a terra vai perecer.
Sem Deus, a humanidade é cheia de futilidade. A existência humana é fútil, tudo o que os humanos produzem é fútil. Todo significado e propósito vem de Deus.