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Esdras 8:24-30
24 Separei doze dos principais dos sacerdotes, a saber, Serebias, Hasabias e, com eles, dez de seus irmãos.
25 Pesei-lhes a prata, e o ouro, e os vasos, isto é, a oferta para a Casa do nosso Deus, que haviam oferecido o rei, os seus conselheiros e os seus príncipes e todo o Israel que se achou ali;
26 sim, entreguei-lhes nas mãos seiscentos e cinquenta talentos de prata e vasos de prata no valor de cem talentos; cem talentos de ouro
27 e vinte taças de ouro no valor de mil daricos; e dois vasos de bronze mui claro e brilhante, tão precioso como ouro.
28 Eu lhes disse: Vós sois santos a Jeová, e os vasos são santos; e a prata e o ouro são ofertas voluntárias a Jeová, Deus de vossos pais.
29 Vigiai e guardai-os até que os peseis na presença dos principais dos sacerdotes, e dos levitas, e dos cabeças das famílias de Israel, em Jerusalém, nas câmaras da Casa de Jeová.
30 Receberam os sacerdotes e os levitas o peso da prata e do ouro e os vasos, para os levarem a Jerusalém, à Casa do nosso Deus.
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Esdras 8:24-30 explicação
Esdras 8:24-30 começa descrevendo como ele escolheu cuidadosamente certos sacerdotes para supervisionar as ofertas valiosas: Então separei doze dos principais sacerdotes: Serebias, Hasabias e, com eles, dez dos seus irmãos (v. 24). Essa ação demonstra a intenção ponderada de Esdras de colocar a responsabilidade nas mãos de líderes confiáveis que se provaram fiéis, destacando a importância de confiar—lhes itens pertencentes à casa de Deus. Serebias e Hasabias eram indivíduos respeitados, com uma linhagem ligada à comunidade levítica, dando continuidade às tradições de serviço sacerdotal que se estenderam desde os dias de Moisés (por volta do século XV a.C.) até a era do retorno do Exílio, por volta de 458 a.C.
Em seguida, Esdras explica os itens valiosos dados a esses sacerdotes: "E pesei diante deles a prata, o ouro e os utensílios, a oferta para a casa do nosso Deus, que o rei, os seus conselheiros, os seus príncipes e todo o Israel ali presente tinham oferecido" (v. 25). A expressão "pesou" ressalta um processo deliberado e cuidadoso, garantindo uma contabilização precisa de cada item precioso. Vários oficiais persas, incluindo reis e príncipes, haviam contribuído com esses tesouros como tributo ao Deus de Israel, refletindo o reconhecimento da comunidade de fé de Jerusalém, até mesmo por poderosos governantes estrangeiros. A referência a "todo o Israel" sinaliza a unidade do povo de Deus, retornando e contribuindo de todo o coração para a adoração ao Senhor.
O inventário desses tesouros segue com detalhes precisos: Assim, pesei em suas mãos 650 talentos de prata, utensílios de prata no valor de 100 talentos e 100 talentos de ouro (v. 26). Um talento era uma grande medida de peso no antigo Oriente Próximo, enfatizando ainda mais o grande valor dessas ofertas. Esse tipo de especificidade revela o cuidado que Esdras teve em documentar as contribuições para o templo, preservando a integridade da coleta e promovendo a confiabilidade entre o povo de Israel.
Continuando a lista, Esdras menciona itens adicionais de valor notável: 20 tigelas de ouro, no valor de 1.000 dáricos, e dois utensílios de bronze fino e brilhante, preciosos como ouro (v. 27). Os dáricos eram moedas persas feitas de ouro, ligando esta narrativa ao contexto persa em que viviam os exilados que retornavam. A aceitação de sua moeda como medida de valor é uma evidência de que a comunidade que retornava operava sob a autoridade persa, mas mantinha sua dedicação ao serviço do Senhor Deus de Israel, usando esses recursos para o templo. A própria Jerusalém, recém—redescoberta na fé após o exílio, receberia esses objetos de valor para o ministério sagrado e o culto.
Esdras então comissiona os sacerdotes para o serviço sagrado: Então eu lhes disse: Vós sois santos ao Senhor, e estes utensílios são santos; e a prata e o ouro são uma oferta voluntária ao Senhor, Deus de vossos pais (v. 28). Chamar os sacerdotes de “santos ao Senhor” significa que eles são separados para o dever sagrado, remontando às práticas de ordenação sacerdotal estabelecidas gerações antes nas viagens pelo deserto. Declarar que os utensílios, a prata e o ouro são parte de uma oferta voluntária indica que são dados voluntariamente pela devoção do povo, e não por obrigação ou comando político, modelando um ato de adoração tanto dos persas quanto dos israelitas.
Em seguida, Esdras enfatiza a responsabilidade: "Guardai—os e guardai—os até que os peseis perante os principais sacerdotes, os levitas e os chefes das famílias de Israel, em Jerusalém, nas câmaras da casa do Senhor" (v. 29). As instruções para "guardar e guardar" demonstram um chamado à mordomia diligente. Esdras deseja que esses tesouros estejam seguros e totalmente contabilizados ao chegarem, garantindo que as ofertas permaneçam intactas para o propósito pretendido no templo. A menção dos principais sacerdotes, levitas e chefes de família demonstra uma responsabilidade comunitária, promovendo a transparência na forma como essas contribuições são administradas.
Por fim, Esdras 8:24-30 conclui com os sacerdotes recebendo estes itens: Os sacerdotes e os levitas receberam a prata, o ouro e os utensílios pesados, para os trazerem a Jerusalém, à casa do nosso Deus (v. 30). Ao cumprirem seu papel, esses servos fiéis salvaguardam os recursos para um lugar onde a presença de Deus era honrada. Jerusalém, capital do reino do sul de Judá, havia sido devastada durante o exílio babilônico em 586 a.C., mas agora estava sendo reconstruída sob a liderança de Esdras. Essa transferência cuidadosa de riqueza não apenas refletia a intenção reverente de adoração, mas também servia como um passo vital para a restauração do serviço adequado do templo na terra de Israel.