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Significado de Gálatas 4:1-7

A escravidão sob a lei é como a escravidão corporal, que nos impede de amadurecer na fé. No momento certo, Deus enviou a Seu Filho para nos trazer de volta a Ele e nos adotar como Seus filhos espirituais. Agora, como crentes, Deus é nosso Pai, recebemos Seu Espírito para nos guiar e não precisamos ser escravos do pecado ou da lei.

Paulo, agora, traz uma analogia aos gálatas. Ele usa o filho herdeiro na analogia. Quando a criança chega à idade de maturidade, seu pai lhe concede a herança e, a partir daí, a criança passa a ser dona de tudo. Porém, enquanto o herdeiro for uma criança ele não difere em nada de um escravo. Enquanto criança, ele não exerce a responsabilidade e a autoridade de um dono. Em termos de responsabilidade e liberdade, criança e escravo são iguais. Mesmo que o filho seja o herdeiro do patrimônio do pai, ele ainda não tem a autoridade para obter a posse da herança.

Quando criança, o herdeiro tem tutores e gestores decidindo por ele, mostrando-lhe como ser maduro, até que chegue a hora de seu pai lhe dar autoridade sobre a herança. Paulo diz que, na plenitude do tempo, Deus enviou a Seu Filho, Jesus. Jesus nasceu de mulher, nascida sob a Lei. Isso provavelmente significava que Paulo estivesse se referindo aos filhos de Israel como os nascidos sob a Lei. Isso se encaixaria aqui, já que o assunto principal da carta de Paulo é desafiar às "autoridades" judaicas que estavam tentando converter os gentios crentes da Galácia a viver sob a Lei Judaica.

Os judeus que, como Jesus, foram nascidos sob a Lei, agora podem ser redimidos de estarem sob a Lei através de Jesus. Eles não precisavam mais ser como crianças ou escravos, respondendo aos seus tutores. Agora, eles poderiam receber a adoção de filhos. Nesta época, as crianças romanas passavam por duas fases de transição para a idade adulta e recebiam a herança de ajudar na administração das posses da família. Este processo era chamado de "adoção". O uso da palavra "adoção" não se aplicava às crianças romanas que se juntavam à família. A palavra se referia à ascensão da criança a um lugar de autoridade. A primeira fase da adoção ocorria aos 14 anos, quando o filho recebia o direito de voto, o direito de ter voz. A segunda fase era receber o direito de propriedade, o direito de tomar decisões como proprietário aos 25 anos.

Jesus libertou aos judeus de serem como crianças ou escravos sob um senhor, neste caso a Lei. Em vez de a Lei lhes dizer tudo o que deveriam fazer, eles agora eram filhos, tendo recebido autoridade para decidir por conta própria. Se Jesus havia libertado os judeus da Lei, faria algum sentido crer que ainda estivessem debaixo dela? De modo algum.

Paulo inclui os gálatas gentios na analogia também. Os gentios também eram como crianças antes de Jesus. Porém, ao contrário dos judeus, que nascem sob a Lei, os gentios eram crianças mantidas em cativeiro pelas coisas elementares do mundo, já que não estavam sob a Lei. Paulo também inclui os judeus na categoria dos que estavam sob as coisas elementares do mundo ao dizer "nós", incluindo a si mesmo sob o pecado do mundo. Cada pessoa está debaixo do jugo do mundo. O mundo tem suas próprias regras. Para "sair na frente" o mundo exige um comportamento específico. Como veremos em breve, esse comportamento para os gálatas incluía várias formas de culto pagão religioso.

Mas, então, quando a plenitude dos tempos chegou, Deus enviou Jesus aos gentios, bem como aos judeus. E assim como Jesus fez os filhos judeus, Jesus também faz aos filhos gentios. Como os judeus, os gálatas não eram mais crianças ou escravos. Eles também eram filhos. Eles também estavam, agora, prontos para exercer a liberdade e a responsabilidade da fase adulta, alguém que possuía autoridade para decidir por si mesmo.

A plenitude do tempo refere-se ao momento exato da vinda de Cristo. Roma governava o Oriente Médio e havia construído estradas que facilitavam muito as viagens; o grego era a língua comum em muitas culturas diferentes; não havia grandes guerras devido ao forte governo romano durante este período de tempo; os judeus, sob ocupação romana, estavam prontos para que um Messias restaurasse o reino a Israel. Todas as circunstâncias em torno de Israel faziam com que fosse o momento perfeito para a vinda de Jesus e para a propagação do Evangelho após Seu retorno ao Céu.

Deus escolheu esse período de tempo, a plenitude dos tempos, para enviar Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a Lei, apontando para a humanidade e a educação de Jesus sob a Lei do Antigo Testamento como judeu, para que Ele pudesse redimir aos que estavam sob a Lei. Ele veio para libertar Seu povo, que estava sob o cativeiro da lei. O objetivo dessa redenção era para que pudéssemos receber a adoção como filhos.

Como os gálatas poderiam saber que eram filhos? Por causa do Espírito. Pelo fato de Jesus ter vindo, Paulo diz que temos o Espírito de Seu Filho em nossos corações. Os gentios não precisavam mais estar sob as regras do mundo como escravos. Os gentios também foram adotados como filhos. Paulo diz aos Gálatas que eles tinham o Espírito de Seu Filho, levando-os a seguir a Deus e clamando Abba, Pai! “Abba” era um termo de familiaridade, não apenas uma conexão familiar. Era como chamar Deus de "papai". Essa é a nossa conexão com Deus agora, como crentes.

Portanto, Paulo escreve, à luz dessa adoção, ele diz aos gálatas que eles não são mais escravos, mas filhos, e se eram filhos, eram herdeiros por meio de Deus. Somos filhos e herdeiros de Deus por causa de Jesus Cristo, por causa do Espírito dentro de nós que chama o nome do Pai. Esse testemunho interior do Espírito é tudo o que precisamos para saber que somos adotados como filhos.

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