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Significado de Gálatas 5:1-6

Os crentes da Galácia haviam substituído a liberdade encontrada em Cristo por uma escravidão à lei. Eles haviam ignorado a graça de Deus e a substituído por regras que somente mostravam sua pecaminosidade e seu pecado da desobediência. Em vez disso, eles deveriam seguir ao Espírito que haviam recebido ao colocarem sua fé na obra de Cristo na cruz.

A morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus libertam a todos os que crêem: eles são livres da lei e livres de serem escravos da carne. Por causa dessa liberdade, Paulo implora aos crentes da Galácia: Não se submetam novamente às cadeias da escravidão. Paulo reconhece que eles haviam caminhado em liberdade até agora e os instrui a se manter firmes. Paulo exorta seus filhos espirituais a resistirem aos falsos ensinamentos das "autoridades" judaicas.

As "autoridades" judaicas defendiam a necessidade da justificação pela lei, como através da circuncisão e da obediência às suas regras religiosas. O problema não eram os atos em si; Paulo era circuncidado. Era a prática das obras que buscavam a justificação de Deus. Somente uma coisa nos justifica na presença de Deus: o sacrifício de Jesus na cruz. Tentar acrescentar qualquer coisa, qualquer ação, é ignorar a obra de Cristo na cruz.

Este ponto é semelhante à declaração em Gálatas 2:17, onde Paulo também repreende aos gálatas por procurarem ser justificados seguindo a lei. Por que buscar algo que vocês já têm? Jesus já providenciou justificação na presença de Deus através de Sua morte na cruz. Ao tentarem acrescentar seus próprios atos religiosos, eles estavam expressando que Cristo não havia sido suficiente. Eles precisavam adicionar alguma coisa. Ao fazê-lo, eles rejeitavam a suficiência de Cristo.

A justificação diante de Deus proporcionada pela cruz os havia libertado da lei e da morte. Porém, os gálatas haviam substituído sua liberdade pelas correntes da lei e da carne, ao invés de andarem no Espírito. Eles não mais confiavam apenas em Jesus para serem justificados na presença de Deus. Ao invés disso, eles estavam buscando ser justificados pela lei. Assim, se separaram de Cristo. Eles não mais estavam descansando no dom gratuito de Deus para a justificação em Sua presença por meio da fé. Eles haviam caído em desgraça. Eles não mais estavam confiando na graça, mas na lei. Eles não mais confiavam apenas na obra acabada de Cristo, mas também em seus próprios esforços.

Paulo faz uma declaração muito forte, dizendo: Se recebeis a circuncisão, Cristo não será benéfico para vós. Isso deixa claro que as incríveis bênçãos e dons que Jesus disponibilizava estavam sendo desperdiçadas — elas não podiam ser benéficas. Paulo mostra que qualquer pessoa que dependa da lei e do legalismo para chegar à posição de justiça diante de Deus abandonou a confiança em Cristo e não depende mais Dele, mas do conjunto de regras religiosas aos quais serve. Jesus não nos abandona, nós O abandonamos. Ainda estamos em Cristo porque o novo nascimento é dado livremente. Porém, agora a questão é: que benefício tem minha vida hoje?

Os termos “separar” e “cair” simplesmente indicam estranhamento, significando que não há nenhum benefício. Não podemos depender de Jesus e andar pela fé e também depender de nossos próprios esforços em seguir regras religiosas. Temos de escolher um ou outro. Depender de regras religiosas nos impede de depender de Jesus. Confiar em nosso próprio cumprimento de regras nos faz cair da graça de Deus. Quando alguém depende de guardar a lei para ser justificado aos olhos de Deus, tem que guardar toda a Lei, assim como Paulo escreveu anteriormente nesta carta:

"Porque tantos quantos são das obras da Lei estão sob maldição; porque está escrito: 'Maldito é todo aquele que não cumpre todas as coisas escritas no livro da lei, para cumpri-las'" (Gálatas 3:10).

A lei exige nossa perfeição se queremos ser justificados na presença de Deus; se buscamos uma posição correta diante de Deus através do cumprimento da lei, qual é o objetivo de Cristo? Ele não é necessário. Dependendo da lei, aqueles crentes cortaram a confiança em Cristo e na graça.

Porém, a verdade é que, através do Espírito, pela fé em Cristo, os crentes podem esperar pela justiça diante de Deus. A justiça diante de Deus vem somente através de Jesus. A experiência da retidão em nossa caminhada diária vem através da obediência da fé.

As "autoridades" judaicas instavam os crentes gentios da Galácia a serem circuncidados e a guardarem a lei judaica para serem justos. No entanto, a incircuncisão ou a circuncisão não importava para a a justiça diante de Deus. O que importava era a fé que operava por meio do amor por parte de todos aqueles que estavam em Jesus Cristo.

Em Cristo recebemos a justiça. Ela nos foi dada por causa do amor de Deus por nós. Os crentes não precisam acrescentar nada a ela. Eles precisam exercer sua fé e permitir que a justiça de Cristo dentro de si transborde de suas vidas por meio de uma caminhada de fé e amor ao próximo.

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