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Significado de Gálatas 6:11-16

Paulo mostra como se preocupava pessoalmente com o crescimento espiritual dos gálatas. As "autoridades" judaicas os estavam manipulando para prestarem atenção às honras mundanas. Os crentes devem considerar-se mortos para o mundo e viver como novas criaturas.

Paulo começa a fechar sua carta aos gálatas. Ele chama a atenção para as grandes cartas que escreveu a eles de própria punho. Isso implica que, até este ponto, um assistente parece ter escrito as palavras de Paulo enquanto ele ditava seus pensamentos. Agora, no final da carta, ele a assina, registrando sua própria caligrafia. Isso pode ser outro indício de que Paulo tinha problemas com sua visão (ver Gálatas 4:13-15). De qualquer forma, Paulo estava mostrando a prova de que havia pessoalmente escrito a carta a eles, visando enfatizar o quanto ele se preocupava com a vida espiritual dos gálatas. Ele era seu pai espiritual e desejava que eles recebessem sua correção paterna. Ele estava buscando o melhor para eles.

Ele se contrasta com aqueles que desejam fazer uma boa exibição na carne, aqueles que estavam lá pessoalmente na Galácia: as "autoridades" judaicas que queriam que os gálatas procurassem ser justificados aos olhos de Deus seguindo a lei. Estes eram os falsos mestres que tentavam obrigar os gálatas a serem circuncidados, simplesmente para que não fossem perseguidos pela cruz de Cristo. Essas informações adicionam mais informações sobre a motivação das "autoridades" judaicas. Eles tinham medo de se comprometer a viver uma vida de fé em Jesus. O Evangelho causava problemas e perseguição para os judeus que andavam em fidelidade a Cristo. Paulo conhecia pessoalmente tal perseguição. Ele sofreu espancamentos, apedrejamentos e turbas furiosas. Paulo aponta que essas "autoridades" judaicas não eram apenas covardes, mas também hipócritas: Pois aqueles que são circuncidados nem sequer guardam a Lei, mas desejam que você seja circuncidado para que possam se vangloriar em sua carne.

Esses falsos mestres não guardavam a lei (ninguém conseguia, é claro), mas achavam que convertendo os gálatas ao judaísmo como seguidores da lei (que começava com a circuncisão) eles ficariam bem diante dos outros judeus. Eles poderiam mostrar os gentios que haviam conseguido convencer a seguir a lei. Eles buscavam segurança contra as perseguições, eles buscavam o louvor mundano. O ponto de Paulo é que as "autoridades" judaicas não se importavam com o crescimento espiritual real dos gálatas; ao invés disso, eles só queriam usá-los como troféus dos quais se gabar.

Paulo rejeita essa atitude arrogante e autopromocional: Mas que nunca seja que eu me vanglorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo só se gaba de Jesus e de Sua obra salvadora na cruz. Somos declarados justos diante de Deus somente pela fé em Cristo, não por qualquer ritual religioso ou cumprimento de regras; portanto, somente Cristo merece louvor e glória. Ao se vangloriar em Cristo, a perspectiva de Paulo sobre o mundo mudou: o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo. Sua esperança é que os gálatas parem de tentar agradar as "autoridades" judaicas, que tentavam mostrar aos outros o quão "bons" eles eram por obedecerem à lei. Em vez disso, os crentes deveriam se considerar mortos para o mundo e suas "recompensas". Não importa o que os homens, através de seus padrões mundanos, pensem de nós. A jactância de Paulo estava somente em Cristo.

Pela última vez, Paulo aborda o principal exemplo de seguir a lei: a circuncisão. Ele afirma a verdade claramente: Nem a circuncisão é nada, nem a incircuncisão, mas uma nova criação. Ser circuncidado ou não, não fazia diferença. Rótulos não importavam. Rituais não importavam. Como crentes, os gálatas eram uma nova criatura. Seus corações haviam sido transformados e o Espírito Santo vivia neles. Eles eram capazes de viver a vida de ressurreição de Cristo como uma nova pessoa, justa diante de Deus. Eles eram capazes de viver esta vida espiritual porque foram libertos do poder do pecado pela carne. A questão agora era: "O que eles escolheriam?” O que nós escolheremos?

Para os crentes que se decidirem andar nesta regra, a paz e a misericórdia estejam sobre eles e sobre o Israel de Deus. Os gálatas experimentariam paz e misericórdia vivendo no Espírito, não na carne. Tornar-se circuncidado, colocar-se sob a lei, viver a vida tentando seguir regras não produziria paz ou misericórdia, mas pecado. Uma vida assim removeria todo o sentido da nova identidade como novas criaturas. Paulo expressa um chamado à unidade, incluindo o Israel de Deus. As pessoas que causavam problemas na Galácia eram crentes judeus e Paulo desejava que todos os crentes andassem debaixo do governo do Espírito, fossem eles gentios ou israelitas.

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