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Significado de Gênesis 13:16-18
A menção aos descendentes de Abrão havia sido geral. Gênesis 12:7 presume que ele os teria e Gênesis 12:2 diz que ele se tornaria uma "grande nação". O versículo 16 é mais explícito. Uma nação nos tempos antigos poderia ser um grupo relativamente pequeno. O grande número de descendentes de Abrão seria representado pelo “pó da terra”. Frases como "tão numerosas quanto as estrelas no céu" e "como a areia na praia" seriam usadas mais tarde (Gênesis 15:5, 22:17, 28:14; 2 Crônicas 1:9; Números 23:10). Ou seja, incontáveis. O Novo Testamento conta os gentios crentes, bem como os judeus fiéis, como descendentes espirituais de Abrão pela fé (Romanos 4:16-18; Gálatas 3:29). No Céu havereá "uma grande multidão que nenhum homem pode contar, de todas as nações, de todas as tribos, povos e línguas" (Apocalipse 7:9). No entanto, Abrão não tinha filhos neste momento da história.
Deus diz a Abrão: “Percorre essa terra no seu comprimento e na sua largura: porque a hei de dar a ti”. Abrão deveria inspecionar e exercer autoridade sobre a terra, antecipando a propriedade prometida. Os primeiros costumes judaicos entendiam que essa viagem por todo o comprimento e largura da terra era um ato simbólico que constituía um modo de aquisição legal denominado “ḥazakah”, em hebraico (Deuteronômio 11:24; Josué 1:3).
Tanto no reino egípcio quanto no reino heteu, o rei realizava caminhadas cerimoniais periódicas ao redor de sua terra ou fazia passeios por seu reino a fim de simbolizar a renovação de sua soberania sobre a terra. O mesmo símbolo de se adquirir terras caminhando por ela também é conhecido da antiga lei romana. Abrão não recebe informações sobre como tomaria posse da terra, pois a terra ainda era habitada pelos cananeus e Sarai ainda permanecia estéril. No entanto, Abrão continuava a ter fé de que a promessa de Deus era verdadeira. De acordo com o tratado do tipo vassalo-susserano, onde a terra é dada como recompensada pela fidelidade, Abrão deveria reivindicar a terra, crendo que Deus proveria a posse dela a seus descendentes.
Com a confirmação da promessa, Abrão se muda para o sul, perto dos terebintos de Mamre, que está em Hebrom. Hebrom era uma cidade dos anaqueus (Números 13:22) originalmente chamada Quiriate-Arba, "cidade de Arba" (Josué 14:15, 15:13), localizada nas terras altas e arborizadas ao norte do Neguebe, cerca de 35 quilômetros a sudoeste de Jerusalém (Gênesis 12:9; Josué 17:15). Durante a Idade do Bronze (cerca de 2000-1500 a.C.), durante o tempo em que os patriarcas viveram, Hebrom foi um importante assentamento nas colinas da Judéia. Tinha aproximadamente entre seis e sete hectares, fortemente fortificada, com alguns grandes edifícios públicos. Abraão, Isaque e Jacó viveram lá (Gênesis 18:1, 35:27, 37:14). Sara, Abraão, Isaque, Rebeca, Jacó e Lia foram sepultados em Hebrom (Gênesis 23:19, 35:27-29, 49:29-32, 50:13). Lá, Abrão levantou um altar ao Senhor.