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Significado de Gênesis 18:1-5
No capítulo anterior, o Senhor aparecera a Abrão. Vimos que a palavra hebraica traduzida como "aparecer" significava "ver", particularmente ver com os olhos naturais. Este capítulo começa com a frase: “Apareceu Jeová a Abraão”. O texto não diz que Abraão sabia que o visitante era Deus, mas o patriarca não parece surpreso; ele se curva e dá como certo que aquele era o SENHOR que havia aparecido muitas vezes ao longo da história. Parece razoável supor que Abraão tenha reconhecido a Deus por conta de seu encontro anterior. Nesta visita, Deus traz outros dois visitantes.
Na última visita, Deus retirou-se de Abraão ao final. Neste caso, Abraão “levantou os olhos e olhou, eis que três homens estavam de pé em frente dele”. Talvez parte da indicação de que aquele visitante era o próprio Deus tenha sido a compreensão do que parecia ser uma aparição repentina, semelhante à aparente partida repentina do capítulo anterior. Podem ter sido dois anjos junto com Jesus, que aparece aqui na forma de ser humano, antes da encarnação.
Abraão ainda vivia em uma tenda perto dos terebintos de Mamre em Hebrom (Gênesis 13:18; Hebreus 11:9). Era comum descansar-se ao meio-dia “no calor do dia” (2 Samuel 4:5). Abraão estava sentado à porta da tenda no calor do dia.
"Tendo ele levantado os olhos, olhou, eis que três homens estavam de pé em frente dele”. Eles apareceram de repente, do nada, o que imediatamente sugere que eles não eram homens comuns. Embora tenham sido percebidos como seres humanos, descobrimos que os três mensageiros celestiais eram Deus e dois anjos (Gênesis 16:7; 18:17; 19:1). Mais tarde, os dois anjos se dirigirão a Sodoma, enquanto Deus e Abraão discutem o destino de Sodoma e Gomorra.
Os versículos seguintes (2-8) ilustram sete maneiras pelas quais Abraão demonstrou sua hospitalidade. Primeiro, “correu da entrada da tenda para os receber”. Abraão era um modelo de hospitalidade. Ele viu que os visitantes estavam exaustos e prontamente lhes ofereceu descanso e alimento. A Bíblia nos diz: "Não deixeis de demonstrar hospitalidade aos estrangeiros, pois com isso alguns hospedaram a anjos sem saber" (Hebreus 13:2). Em segundo lugar, “prostrou-se em terra”. Aos 99 anos, Abraão não apenas correu ao encontro dos visitantes, mas se curvou diante deles. Inclinar-se era um gesto físico e uma maneira cortês de demonstrar honra e respeito a uma pessoa superior ou a um rei (Gênesis 43:28). Um homem idoso com alguma estatura social normalmente não responderia dessa maneira a visitantes; mas, neste caso, parece que Abraão reconheceu quem o estava visitando.
Em terceiro lugar, Abraão o chama de “Senhor meu”, um título cortês comparável à saudação moderna "senhor". Abraão agiu como se fosse uma grande honra poder servi-los, dizendo: “Se tenho achado graça nos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo”. Abraão parece ter reconhecido a Deus; assim, é apropriado que ele considerasse um privilégio poder servi-los. Isso mostra a sabedoria de Abraão. Lemos em Apocalipse 3:18-20 que as verdadeiras riquezas, todo o ouro que alguém possa desejar ter, vem de ouvirmos à voz de Deus e abrir a porta do nosso coração. Jesus afirma que se alguém fizer isso, Ele virá e ceará com ele. Era costume tirar os sapatos e lavar os pés dos viajantes. Abraão, portanto, demanda que trouxessem um pouco de água para lavar os pés dos visitantes. No mundo antigo, as estradas não pavimentadas eram muito empoeiradas e os viajantes usavam sandálias. Consequentemente, quando chegavam a algum ponto de parada, era refrescante e relaxante ter seus pés lavados. Isso era conhecido como parte de uma hospitalidade genuína, um ato de polidez que fazia os viajantes se sentirem em casa (Gênesis 19:2, 24:19, 32, 43:24; Juízes 19:21; 2 Samuel 11:8; Lucas 7:44; João 13:5; 1 Timóteo 5:10). Além de alimentar os viajantes, Abraão garante que eles estivessem descansados e revigorados antes de sair, instruindo-os a reclinar debaixo de uma árvore e trazend-lhes um bocado de pão.