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Significado de Gênesis 22:15-18
Depois que o carneiro foi sacrificado como oferta a Deus, o anjo do Senhor chamou Abraão pela segunda vez do céu. Desta vez, em vez de ordenar que Abraão parasse o que estava fazendo, Deus pronuncia sobre Abraão a promessa de uma grande recompensa por sua fidelidade.
As promessas de recompensa vêm na forma de um juramento: “Por mim mesmo jurei, diz Jeová”. Jurar por Si mesmo significava uma expressão de promessa mais solene (Êxodo 32:13; Isaías 45:23; Jeremias 22:5, 49:13; Hebreus 6:13-18). O juramento de Deus indicava Sua confirmação das promessas de recompensa a Abraão.
Ele faz esse juramento porque não negou a seu filho, seu único filho. A ação de Abraão em entregar a seu filho Isaque a Deus era a expressão exterior de sua fé (Tiago 2:21-23). Sua fé foi recompensada por Deus. Deus já havia declarado Abraão como justo a Seus olhos porque Abraão havia crido Nele (Gênesis 15:6). Isso aconteceu independentemente de suas obras. Porém, agora que Abraão havia exibido sua grande fé através de sua obra, Deus lhe promete grandes recompensas por causa de sua obediência. Abraão obedeceu à voz de Deus.
Deus oferece a Abraão uma série de promessas de recompensa:
Em Gênesis 12, Deus prometeu dar terra a Abraão caso ele deixasse sua casa e seguisse ao Senhor até o lugar que Ele lhe mostraria. Em Gênesis 15, Deus concedeu a terra a seus descendentes como recompensa pela fidelidade de Abraão até aquele ponto. Então, em Gênesis 17, quando Abraão tinha noventa e nove anos, embora Deus já tivesse concedido a terra aos descendentes de Abraão, Deus prometeu "multiplicar-vos sobremaneira" (Gênesis 17:2) caso Abraão andasse diante Dele e fosse “perfeito". A promessa de "multiplicá-lo grandemente" provavelmente incluía muito mais do que meros números. Agora, no capítulo 22, por causa da fidelidade de Abraão, Deus amplia Sua promessa. Deus, mais uma vez, passa de uma promessa condicional de recompensa para a concessão de uma recompensa pela obediência. Deus diz a Abraão: a”Deveras te abençoarei”. Deus promete uma bênção multiplicada como recompensa pela obediência de Abraão.
Deus já havia prometido a Abraão que sua prole seria tão numerosa quanto as estrelas (Gênesis 15:5). Portanto, isso não era uma nova recompensa, mas uma repetição de uma promessa existente como parte do contexto dessa recompensa ampliada.
Esta é uma nova promessa não declarada anteriormente. Em Gênesis 12:1-3, Deus prometera a Abraão que se ele o seguisse até o lugar onde Ele lhe mostraria, Ele abençoaria àqueles a quem Abraão abençoasse e amaldiçoaria àqueles a quem Abraão amaldiçoasse. Agora, Deus expande esse conceito e o pronuncia como promessa: a semente de Abraão possuiria a porta de seus inimigos. Possuir a porta de um inimigo significava assumir a autoridade sobre ele. A porta era o lugar da vida cívica, onde os julgamentos eram feitos e de onde os reis ou autoridades governavam. Possuir a porta significava assumir autoridade.
Deus promete a Abraão que os inimigos de sua semente seriam derrotados. A semente de Abraão referia-se a seus descendentes (Atos 3:25; Gálatas 3:16). Esta promessa foi parcialmente cumprida na ocupação da terra protemida por Israel, quando muitos de seus inimigos foram derrotados. Porém, a promessa ainda não foi completamente cumprida.
O apóstolo Paulo cita esta passagem em Gálatas 3:16, dizendo que essa promessa se referia a Jesus. O raciocínio de Paulo era que a palavra “semente” era singular, não plural, significando que a promessa havia sido dada a uma pessoa, não a muitas. Paulo explica, portanto, que esta era uma promessa de redenção para o mundo através da pessoa de Jesus, descendente de Abraão através de Isaque, o filho da promessa.
Deus prometeu em Gênesis 12 que, se Abraão fosse fiel, "em ti todas as famílias da terra serão abençoadas" (Gênesis 12:3). Agora, essa promessa é cumprida e ampliada. Deus concede uma promessa de uma bênção específica para todas as nações por meio da semente de Abraão. Esta referência à semente provavelmente se conecta com a promessa de Deus em Gênesis 3:15 de que Ele colocaria "inimizade entre ti [a serpente] e a mulher [Eva], e entre tua semente [a semente da serpente] e sua semente". Este exemplo de “semente” também é singular e muitas vezes é interpretado como referindo-se à promessa de Jesus.
Deus reafirma a razão das bênçãos prometidas: elas eram recompensas por Abraão ter obedecido à Sua voz. Isso mostra que as advertências e promessas de Deus muitas vezes dependem da resposta dos ouvintes (Jeremias 18:7-10; Jonas 3:4-10). A Bíblia diz: "O obedecer é melhor do que o sacrifício, e o atender, do que a gordura de carneiros" (1 Samuel 15:22b). Deus recompensa a obediência com grandes bênçãos. Neste caso, Deus diz especificamente que recompensaria Abraão por sua obediência. No entanto, essas bênçãos ainda são promessas futuras. As recompensas de Abraão não seriam possuídas imediatamente. Hebreus 11:39-40 observa isso, dizendo:
"E todos estes, tendo obtido aprovação através de sua fé, não receberam o que foi prometido, porque Deus providenciou algo melhor para nós, para que sem nós eles não sejam aperfeiçoados [ou completos]."
Isso indica que as grandes recompensas na vinda do Reino de Jesus à terra criarão uma recompensa ainda maior. Os fiéis do Antigo e do Novo Testamento desfrutarão de sua recompensa juntos, governando junto com Jesus (Apocalipse 3:21).