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Significado de Gênesis 24:32-41
Assim, o homem, servo de Abraão, entrou na casa da família de Rebeca.
Labão, seu irmão, cuidava dos animais. Levando-os ao celeiro da família, ele “desapertou os camelos; deu palha e pasto para os camelos”. Sua hospitalidade se estende ao servo de Abraão, trazendo-lhe “água para lavar os pés e os pés dos homens que estavam com ele”. Os homens que estavam com ele eram outros servos de Abraão, não mencionados anteriormente, porém implícitos na história, que o haviam acompanhado na jornada. Nenhum homem sozinho poderia ter feito a viagem de Canaã a Harã liderando uma fila de dez camelos. Labão provavelmente teria ficado bastante impressionado neste ponto. Uma caravana de dez camelos era algo formidável, pois demonstrava uma riqueza considerável.
Usar “água para lavar os pés” é algo observado em outras partes da Bíblia. As sandálias eram o calçado mais comum da época e qualquer viagem resultaria em pés muito sujos. Lavar aos pés dos convidados era um sinal de respeito e honra. Abraão pediu água para lavar aos pés de seus convidados em Gênesis 18:4. Jesus notou a grosseria de Simão, um fariseu que o convidara para comer em sua casa e não Lhe ofereceu água para Seus pés (Lucas 7:44). Mais notavelmente, Jesus lavou aos pés de Seus discípulos na Última Ceia e disse-lhes para servirem aos outros da mesma forma.
Um jantar foi preparado para os viajantes famintos. Porém, quando a comida foi colocada diante do servo de Abraão, “ele disse: Eu não comerei até que tenha dito o meu negócio". O único propósito para vir até Harã pesava em sua mente. Ele pediu um sinal específico a Deus para confirmar a mulher que estava destinada a Isaque e Deus lhe havia respondido com perfeita clareza: Rebeca. Ela deu de beber ao servo e também a seus camelos; ela era parente consanguínea de Abraão. Assim, o servo não desejava postergar a explicação sobre o que o havia levado lá. A comida podia esperar, ainda que ele certamente estivesse com muita fome.
“Labão respondeu-lhe: Dize”.
“Então, disse: Eu sou servo de Abraão”. Até aquele momento, a família de Rebeca não sabia quem era aquela estranho ou a quem ele representava. Anteriormente, em Gênesis 22, Abraão recebeu notícias sobre os muitos filhos que seu irmão tinha. Não se sabe se Abraão alguma vez enviou notícias de que finalmente teve um filho seu: Isaque. As famílias viviam distantes e não se viam havia décadas. Labão e Rebeca provavelmente haviam ouvido falar de Abraão, seu tio-avô, que onbedeceu à ordem de Deus de se estabelecer em Canaã, levando consigo a seu primo Ló e a outros membros da família com ele anos antes.
O servo atualiza Labão e Rebeca sobre a vida de Abraão desde que deixou Harã. Ele lhes diz: “Jeová tem abençoado muito ao meu senhor, o qual se tem engrandecido; deu-lhe rebanhos e gado, prata e ouro, escravos e escravas, camelos e jumentos”. Abraão era rico e poderoso. Ele era como um pecuarista bem-sucedido. Porém, sua grande riqueza era atribuída ao Senhor, não a Abraão. O SENHOR havia abençoado grandemente a Abraão.
No entanto, explica o servo, a maior bênção do SENHOR sobre Abraão era o filho da promessa, Isaque: “Sara, mulher do meu senhor, sendo já velha, deu à luz um filho”. O servo não se esqueceu da natureza milagrosa do nascimento de Isaque, ou de que sua mãe Sara o dera a Abraão em sua velhice. Tanto Abraão quanto Sara pensavam que tal coisa seria impossível, mas finalmente tiveram fé de que Deus cumpriria Sua promessa. E assim Isaque nasceu. Ele agora era um homem crescido e Abraão lhe deu tudo o que tinha. Toda a riqueza de Abraão pertencia a Isaque. Isso era crucial no processo que o servo estava construindo: o pedido de casamento. Seu mestre era rico e agora o filho do mestre, Isaque, era o único herdeiro das propriedades de seu senhor. O servo foi esperto e deu presentes de ouro à Rebeca, o que deixou claro que as riquezas de seu senhor eram substanciais.
O servo, então, dá o motivo de sua longa viagem a Harã: “O meu senhor, fez-me jurar, dizendo: Não tomarás mulher para meu filho das filhas dos cananeus, em cuja terra habito; mas irás à casa de meu pai e à minha parentela e tomarás mulher para meu filho”.
O servo fala sobre suas dúvidas quanto ao êxito da jornada: “Respondi ao meu senhor: Porventura, a mulher não me seguirá. Ele me disse: Jeová, diante de quem ando, enviará o seu Anjo contigo e tornará próspero o teu caminho; e da minha parentela e da casa de meu pai tomarás mulher para meu filho. Então, serás livre do meu juramento, quando fores ter com a minha parentela; e, se não ta derem, livre serás do meu juramento”.
Mais uma vez, o SENHOR, diante do qual Abraão caminhava fielmente, recebe o devido crédito por haver guiado o servo a Harã, tornando sua jornada bem-sucedida. O servo cita a total confiança de Abraão de que ele levaria uma esposa para seu filho de seus parentes e da casa de seu pai. Porém, o servo especifica que estaria liberado de seu juramento caso nenhuma mulher o quisesse seguir de volta a Canaã. Como Abraão lhe havia prometido, “estarás livre do meu juramento, quando vierdes a meus parentes, e se eles não a derem a ti, estarás livre do meu juramento”. O servo deixa claro que não havia obrigação alguma imposta a Labão. Aquela era apenas uma oportunidade e um convite.
Neste ponto, o servo cumpre seu juramento a Abraão. Ele chegara à casa dos parentes de Abraão. Se alguma mulher viria ou não com ele, ele não sabia, mas agora estava livre do juramento.
Porém, o servo parecia ter um interesse pessoal e sincero no sucesso da jornada. Ele havia orado antes junto ao poço para encontrar a mulher certa para Isaque e ela havia aparecido imediatamente. Ele explica isso na passagem a seguir, atribuindo mais uma vez todos o sucesso ao SENHOR Deus.