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Significado de Gênesis 25:12-18
Duas outras gerações são listadas. Primeiro, “as gerações de Ismael, filho de Abraão” (v. 12). A passagem que se segue lista as gerações de Isaque. Mas, primeiro os filhos de Ismael são nomeados e numerados, e sua morte é registrada. Seus filhos passariam a formar tribos e nações próprias, cumprindo a promessa de Deus a Ismael de que Ele o abençoaria e o tornaria fecundo (Gênesis 17:20).
“Ismael era filho de Agar, a egípcia, serva de Sara” (v. 12). Ele foi concebido por sugestão de Sara, na tentativa de cumprir a promessa de Deus de possuir um herdeiro. Na época do nascimento de Ismael, Deus havia prometido um filho por meio de Abraão, mas não falou nada a respeito de sua esposa (Gênesis 15:4-5). No entanto, mais tarde, Deus promete que o filho viria tanto por meio de Abraão quanto de Sara, não por meio de qualquer outra mulher (Gênesis 17:15-19).
Como era de se esperar, deixar seu marido ter um filho com outra mulher deixou Sara com ciúmes, apesar de ter sido ela a originadora da idéia. Embora vários conflitos tenham surgido devido a essa dinâmica familiar confusa, Deus cuidou de Ismael e Agar. Depois de serem mandados embora da casa de Abraão, Deus guiou à mãe e ao filho até uma fonte de águas. Deus estava "com o menino" enquanto crescia no deserto (Gênesis 21:20), o que significava que Deus o impedia de fazer o mal.
Os doze filhos de Ismael são nomeados na ordem de seu nascimento: Nebaiote, o primogênito de Ismael, Quedar, Adbeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá (v. 13-15).
Deus faz o que havia prometido: uma grande família sai dos lombos de Ismael (Gênesis 21:18). É interessante notar que tanto Jacó/Israel quanto Ismael tiveram doze filhos.
Dos nomes listados nos v. 13-15, Quedar, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Jetur, Tema e Nafis são mencionados em outras partes da Bíblia. Ismael também teve filhas. Esaú casou-se com Maalate (Gênesis 28:9) e Basemate (Gênesis 36:3), ambas identificadas como irmãs de Nebaiote. Nebaiote e Quedar são mencionados juntos em Isaías 60:6-7 e enquanto Quedar também é encontrado em Isaías 21:16-17, 42:11; Jeremias 2:10 e 49:28 e Salmos 120:5. Os quedaritas eram conhecidos como pastores de ovelhas e cabras que praticavam uma existência semi-nômade na ampla região desértica a leste da terra de Israel. Eles pareciam desfrutar de alguma segurança e conforto quando Jeremias, o profeta, estava vivo (Jeremias 49:31).
Nada mais se sabe sobre Misma. Dumá é referido em Isaías 21:11 e m relação a um local chamado de "Dūmat al-Jundal" ("Dumá das pedras") pelos árabes. Seu nome moderno é Al-Jawf. Encontra-se no setor norte do deserto árabe, a leste do Golfo de Akaba.
Esta passagem em Gênesis 25 é a única referência a Hadade.
Jetur e Nafis são chamados de "agaritas" em 1 Crônicas por serem descendentes de Agar. As tribos de Rúben, Gade e Manassés os derrotaram (1 Crônicas 5:18-20). Os "filhos de Nafis" mencionados em Esdras 2:50 e Neemias 7:52 podem ter sido sobreviventes desses povos.
Tema se estabeleceu em um famoso oásis a nordeste de Dedã, ao lado de uma rota de caravanas que levava do sul da Arábia ao sul da Mesopotâmia (Isaías 21:14). Quedemá não aparece em nenhum outro lugar.
Os filhos de Ismael e seus nomes, suas aldeias e seus acampamentos cumpriram a promessa de Deus de abençoar Ismael como "pai de doze príncipes" (Gênesis 17:20). Ele teve doze filhos, doze príncipes de acordo com suas tribos (v. 16). Ismael pode não ter recebido a mesma bênção que Isaque em relação ao direito de primogenitura, mas ter 12 filhos e uma vida longa eram sinais de bênção. O "príncipe" ou chefe era o líder da tribo (Gênesis 23:6; Êxodo 16:22, 22:27-28).
Os filhos de Ismael se espalharam por todo o Oriente Médio; eles se estabeleceram de Avilá a Sur, que fica a leste do Egito, quando se vai em direção à Assíria (v. 18). Os descendentes de Ismael fizeram da Arábia (leste do Egito) sua casa e atualmente são considerados árabes, embora fossem mais especificamente uma variedade de tribos. Eles viviam em uma grande área, incluindo a Península Arábica e a terra desértica entre Canaã e a Mesopotâmia. Eles estavam separados, mas na mesma região do mundo.
Chegamos à conclusão desta seção: "Estes são os anos da vida de Ismael, cento e trinta e sete anos; e exalando o seu espírito, foi reunido ao seu povo" (v. 17). Ismael viveu cento e trinta e sete anos, ficando consideravelmente aquém de seu pai Abraão, que viveu até a "velhice” de 175 anos. A frase “foi reunido ao seu povo” significa que Ismael seguiu o caminho daqueles que o precederam na morte.
O v. 18 diz que "Ismael estabeleceu-se diante de todos os seus irmãos" referindo-se a Ismael e seus parentes - seus doze filhos e aos grupos de pessoas que surgiram deles. A palavra traduzida aqui como “diante” é literalmente "encarar". Outras traduções trazem o termo "presença". A palavra hebraica traduzida como “estabelecer” é literalmente "cair". Outras traduções trazem o termo "morrer". O que parece mais provável a partir do contexto é que a palavra faça referência à morte de Ismael na presença de sua família, indicando ainda mais a grande extensão de sua bênção.
A palavra hebraica traduzida como “diante” no versículo 18 também aparece em uma passagem relacionada a Ismael em Gênesis 16, traduzida como "o oriente"; porém, mais provavelmente signifique "na presença de" também:
"Ele será como um jumento selvagem entre os homens; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele: ao oriente [na presença] de todos os seus irmãos habitará" (Gênesis 16:12).
Semelhante a Gênesis 25:18, a frase "ao oriente habitará" em Gênesis 16:12 também tem uma tradução literal de "ele viverá diante da face de seus irmãos". Isso é consistente com o contexto de Gênesis 25, onde os filhos de Ismael se uniem aos filhos de Isaque no sepultamento de Abraão em face ou na presença de seus parentes, ou seja, uns dos outros (Gênesis 25:9).
Conforme observado anteriormente, nenhuma hostilidade entre israelitas e ismaelitas é registrada em Gênesis. Os filhos de Jacó vendem a seu irmão José para uma caravana de ismaelitas que rumavam ao Egito (Gênesis 37:25). Porém, o episódio aparece como uma transação comercial; era uma hostilidade de irmão para irmão. Esaú tomaria uma esposa do povo de Ismael (Gênesis 28:9). Ambos os casos apoiam a idéia de que os ismaelitas estariam na região, mas teriam seu próprio território.