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Significado de Ageu 2:3-9

O profeta Ageu continua sua segunda mensagem. Ele exorta os exilados que retornavam a Judá a permanecerem fortes e reconstruírem o templo do Senhor. Ele diz que Deus estaria com eles e os protegeria. Por fim, o SENHOR encheria o templo de glória e lhes concederia a paz.

Na seção anterior, vimos que o SENHOR falou a Ageu pela segunda vez. Ele instruiu o profeta a falar aos líderes de Judá (Zorobabel e Josué) e ao remanescente do povo (v. 1,2). Na presente seção, Deus lhe dá uma nova mensagem, iniciada através de três perguntas pertinentes: Quem restou entre vós que viu este templo em sua antiga glória? E como o vês agoraNão lhes parece nada em comparação (v. 3)?

A primeira pergunta “Quem dentre vós viu este templo em sua antiga glória” desafiava os judeus a se lembrarem do antigo templo. A frase “este templo em sua antiga glória” referia-se ao esplendor do primeiro templo construído pelo rei Salomão cerca de quinhentos anos antes, em aproximadamente 966 a.C. De acordo com 1 e 2 Reis, aquele edifício havia sido magnífico. Era composto de "pedra preparada na pedreira, e não havia nem martelo, nem machado, nem qualquer ferramenta de ferro ouvida na casa enquanto ela estava sendo construída" (1 Reis 6:7). No entanto, os babilônicos o destruíram cerca de quatrocentos anos depois, em 586 a.C. É por isso que o SENHOR pede a Seu povo da aliança que o reconstruísse.

Entendemos pelo texto que alguns exilados que estavam retornando não tinham idade suficiente para terem visto o antigo templo antes de sua destruição em 586 a.C. Ageu recebe a mensagem divina registrada no livro cerca de sessenta e seis anos após a destruição do templo, em 520 a.C. Assim, muitos dos líderes que tiveram a oportunidade de ver o antigo templo certamente não estavam mais entre eles. Porém, os que estavam foram levados a refletir sobre seu esplendor. Isso levou o Senhor a fazer Sua segunda pergunta: Como o vês agora? (v. 3).

O SENHOR instrui os líderes que haviam visto o antigo templo a compará-lo com o novo edifício. O segundo templo foi menos esplêndido que o primeiro. O templo de Salomão fora construído pelas mãos dos melhores artesãos, no auge da prosperidade de Israel (1 Reis 5:13-18). Esta reconstrução do templo aparentemente foi realizada por uma força voluntária entre os pequenos "remanescentes" que retornavam a Judá, fazendo o melhor que podiam (Ageu 1:14).

Não estava nem perto do primeiro templo em beleza, como implica a terceira pergunta: Não lhes parece nada em comparação? (v. 3). Não havia ponto de comparação entre o primeiro e o segundo templos.

O segundo edifício era apenas um pálido reflexo do primeiro. O livro de Esdras afirma: "Muitos dos sacerdotes e levitas e chefes de família dos pais, os velhos que tinham visto o primeiro templo, choraram em alta voz quando a fundação desta casa foi colocada diante de seus olhos" (Esdras 3:12). Era difícil discernir seu choro, já que era uma mistura de emoções entre a tristeza daqueles que haviam conhecido o esplendor anterior do templo e a alegria por verem que o templo havia finalmente sido reconstruído.

Os líderes expressaram sentimentos mistos. Seu espírito estava pronto, mas sua carne era fraca (Mateus 26:41). Talvez eles estivessem desanimados porque acreditavam que nunca mais teriam algo como o antigo templo. Porém, o SENHOR não queria que Seu povo se desanimasse comparando os dois edifícios; assim, Ele se dirige a eles com palavras de conforto. Ele começa com o líder político (Zorobabel), depois o líder religioso (Josué) e o povo de Judá.

Ageu queria que eles tivessem grande esperança de que, em algum momento no futuro, o templo teria um esplendor ainda maior do que o templo de Salomão, sendo observado pelas nações da terra. Isso exigia esperança e coragem.

Sua exortação contém duas partes. Na primeira, o profeta os exorta a ter coragem: "Mas, agora, tenha coragem, Zorobabel", declara o SENHOR, "tome coragem, Josué, filho de Jeozadaque, o sumo sacerdote; todo o povo da terra, tenha coragem", declara o SENHOR (v. 4).

Na segunda parte, Deus diz ao povo de Judá para não desanimarem pela visão do templo comparativamente menos magnífico, porque Deus construiria um último templo maior do que o primeiro (v. 6).

A expressão “tomar coragem” significava "ser forte", referindo-se também à força física. Por exemplo, Josué ainda se sentia forte, apesar de sua idade avançada (Josué 14:11); Isaías fala de alguém que se recuperara de uma doença e retomara suas forças (Isaías 39:1). O verbo também pode se referir a entusiasmo ou determinação. Em nosso contexto, significava lidar com os desafios. Por exemplo, Moisés pediu aos israelitas que "fossem fortes e corajosos" e não tivessem medo de seus inimigos porque o SENHOR estava com eles (Deuteronômio 31:6). Este é o significado pretendido aqui em Ageu. Deus encoraja o povo a perseverar, apesar do projeto não estar à altura das glórias passadas. Era um novo dia. E Deus julgaria com base em sua fidelidade; Ele determinaria os resultados.

Como Moisés, Ageu teve o mesmo ministério de encorajamento em sua época. Duas vezes durante o livro o profeta acrescenta a fórmula "declara o Senhor" para adicionar peso à sua mensagem. O termo em hebraico traduzido como SENHOR é Javé, o Deus eterno e autoexistente, que se revelou a Moisés a partir da sarça ardente (Êxodo 3:14). Assim, quando o profeta lia a mensagem ao povo, ele se referia à fonte divina dela.

Depois de dizer-lhes para tomarem coragem, Deus apresenta uma razão pela qual eles podem não deveriam ter medo e trabalhar: Eu estou convosco (v. 4). Toda a comunidade do povo de Deus deveria permanecer forte na reconstrução do templo de Deus. Eles deveriam exercer sua liberdade de escolha e trabalhar. Deus deu aos seres humanos a liberdade para fazerem escolhas; porém, toda escolha tem consequência. Aqui, Deus deixa claro que o povo deveria se concentrar em sua fidelidade a Ele, não nos resultados imediatos de seus esforços.

As pessoas já haviam parado de trabalhar no projeto de construção ao enfrentarem a oposição de seus inimigos. Eles haviam deixado o templo desolado por aproximadamente dezesseis anos enquanto construíam casas para si mesmos (Ageu 1:4). Deus os exorta a ter uma forte determinação e completar a tarefa designada.

A razão pela qual as pessoas deveriam permanecer fortes e trabalhar no projeto de construção é apresentada na parte restante do versículo: Eu estou convosco (v. 4). O Deus Susserano tranquiliza a Seu povo da aliança quanto à Sua presença protetora. Isso era importante, já que eles eram um povo derrotado sob a escravidão do poderoso império persa.

Eles não tinham força alguma, além da provisão de Deus. Em Esdras, lemos que Deus providenciou para Seu povo por meio da ordem protetora do rei Ciro da Pérsia, a quem as Escrituras chamam "Meu pastor" (Isaías 44:28). Isaías trouxera essa profecia séculos antes do nascimento de Ciro. Deus havia preparado a Ciro para proteger a Seu povo. Porém, primeiro Ele pede a Seu povo que agisse com base na fé em Sua palavra.

A promessa de Deus - Estou convosco - serviu para encorajar as pessoas a trabalharem no projeto de construção. Eles não deveriam temer a seus inimigos, porque o SENHOR, seu Deus, era o Todo-poderoso. Sua presença ativa entre eles faria o projeto se concretizar. Em essência, o SENHOR diz a Seu povo do pacto e a seus líderes: "Fiquem firmes! Eu vos segurarei pela mão e vos guiarei em todos os vossos caminhos. Apenas confiem em Mim!"

Depois de dizer ao povo de Judá que Deus estaria com eles, Ageu acrescenta a fórmula profética para que eles soubessem que a mensagem não vinha dele. Desta vez, porém, em vez da expressão “declara o SENHOR”, o profeta diz: Declara o SENHOR dos exércitos (v. 4).

O termo traduzido como “exércitos” é "sabaoth" na língua hebraica, referindo-se muitas vezes se refere aos exércitos angelicais do céu (1 Samuel 1:3). A frase “o Senhor dos Exércitos” ocorre com grande frequência nos livros proféticos. Muitas vezes, descreve o poder de Deus como um guerreiro liderando Seu exército de anjos para derrotar a Seus adversários (Amós 5:16; 9:5Habacuque 2:17). Aqui, em Ageu, a frase demonstra o poder de Deus como o guerreiro supremo que tem controle total sobre todos os assuntos humanos. O Deus Todo-poderoso é um guerreiro por excelência. Ele é o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele tinha poder para proteger ao povo judeu enquanto realizavam o trabalho de reconstrução do templo. Seu povo podia permanecer firme diante da oposição por causa da provisão de Deus.

O SENHOR, por meio de Ageu, continua a reafirmar Sua presença entre Seu povo. Desta vez, Ele traça um paralelo entre a reconstrução do templo e Sua presença ativa entre os israelitas durante a jornada pelo deserto. Lemos: Quanto à promessa que vos fiz quando saístes do Egito, Meu Espírito permanece no meio de vós (v. 5).

O verbo traduzido como “fiz” na frase “a promessa que te fiz” significa "cortar". Era frequentemente usado em contextos onde Deus fazia um pacto com Seu povo (Gênesis 15:9-10), provavelmente se referindo à antiga prática de "firmar" convênios cortando a carcaça de um animal ao meio e caminhando entre ela (Gênesis 15:9-10).

A idéia era que as partes do acordo passassem entre a carcaça cortada pela metade e reconhecessem: "Assim me será feito se eu não cumprir meu acordo com você". A ênfase era a de que Deus cumpriria as promessas feitas a Israel. Isso incluía a promessa de restauração de Israel à terra depois de terem quebrado a aliança e ser espalhados entre as nações da terra (Deuteronômio 30:1-3). Quando Deus fez Sua aliança com Abraão, Ele andou pelas metades da carcaça como Deus (um fogo fumegante) e como descendente de Abraão, Jesus (uma tocha flamejante) — (Ver comentário sobre Gênesis 15:17-21).

O termo “Espírito” na frase “Meu Espírito habitando em seu meio” refere-se à presença de Deus. O tempo do verbo "permanecer" sugere um evento contínuo ou permanente. No momento da travessia do deserto de Israel, o Deus Susserano (governante) prometeu estar presente com eles (Êxodo 33:14). Aqui em Ageu também, já que Ele estaria presente com os judeus durante a reconstrução de Seu templo. O ponto de comparação era claro: O SENHOR havia trazido a Seu povo da aliança de volta da Babilônia da mesma forma como os trouxe para fora do Egito. Ele vincula a ambos os eventos debaixo do mesmo acordo de aliança. Deus é imutável. Ele é fiel. Ele sempre cumpre Suas promessas.

Quando o Espírito de Deus age na vida das pessoas, Ele as capacita a realizar grandes coisas. Por exemplo, para a construção do tabernáculo do deserto, o SENHOR chamou Bezalel pelo nome e "encheu-o do Espírito de Deus em sabedoria, em entendimento, em conhecimento", capacitando-o a fazer "todo tipo de artesanato" (Êxodo 31:1-3). Aqui em Ageu, o Espírito de Deus (Sua presença) encheria os exilados que retornavam para capacitá-los a completar o projeto de construção. Por isso, Ele lhes diz: Não temais! O povo não tinha por que que ter medo dos inimigos. O SENHOR, seu Deus, era o grande guerreiro.

O profeta Ageu, não querendo que os exilados que retornavam a Jerusalém perdessem de vista a fonte de sua mensagem, repete a fórmula: Assim diz o Senhor dos Exércitos (v. 4). Isso evitaria que o povo de Judá se esquecesse da origem divina da mensagem. Também os impediria de não levar a mensagem a sério.

Deus, agora, passa de exortar o povo a tomar coragem, assegurando-lhes que não deveriam se desesperar pelo fato de o templo atual ser inferior ao templo de Salomão. Isso porque, no futuro, Deus conquistaria as nações (como a Babilônia, que destruíra àquele templo) e construiria um templo ainda maior que o templo de Salomão.

Seguindo a fórmula “Assim diz o Senhor, Ageu cita diretamente as palavras de Deus, que começam com a frase: Mais uma vez, daqui a pouco (v. 6). A frase “mais uma vez” assume que a ação em vista havia ocorrido anteriormente. A frase “daqui a pouco” sugere que a intervenção de Deus era iminente, ou seja, poderia acontecer a qualquer momento. Isso dava aos ouvintes do profeta grande esperança. No entanto, em retrospectiva, sabemos que esse cumprimento profético ainda está no futuro, até o momento em que este artigo é escrito.

Depois desta frase o SENHOR declara: Eu vou sacudir os céus e a terra, o mar também e a terra seca (v. 6). O termo “sacudir” ocorre com frequência no Antigo Testamento. É usado como substantivo no livro de Amós para referir-se a um terremoto como um fenômeno natural (Amós 1:1). No Salmo 60, é usado como verbo para descrever a destruição ocorrida após a derrota militar de Israel: "Tu fizeste tremer a terra, tu a abriste" (Salmo 60:2). Aqui, em Ageu, o verbo “sacudir” é um particípio no texto em hebraico, sugerindo que uma série de tremores continuaria a ocorrer até o momento da restauração de toda a criação por Deus.

Os céus e a terra representam a tudo o que existe no universo (Gênesis 1:1). Porém, o profeta acrescenta a expressão “mar e terra seca” para dar mais detalhes. Ao fazê-lo, Ele ressalta o alcance da intervenção divina: tudo seria afetado, nada ficaria de fora.

Deus abalaria a toda Sua criação. As nações que estavam contra Seu povo neste episódio de reconstrução do templo eram um símbolo das nações que se levantariam contra Seu povo ao longo do tempo. No final desta era, as nações se reunirão no Armagedom para atacar a Jerusalém e Deus protegerá a Seu povo, destruindo aos seus exércitos (Apocalipse 19:19). Após esse tempo, um novo templo será construído (Ezequiel 40-45:9).

Ageu continua a falar sobre o tema da intervenção divina: Eu abalarei a todas as nações (v. 7). O termo “nações” refere-se aos grupos étnicos gentios. Deus causaria convulsões políticas entre todas as nações gentias. Deus venceria a todas essas nações.

Como resultado, eles virão com a riqueza de todas as nações para abençoar a Israel e adornar seu templo (v. 7). O termo “riqueza” pode ser traduzido como "tesouros". Os tumultos da natureza causados pelo SENHOR fariam com que todas as nações gentias trouxessem seus tesouros para adornar ao templo reconstruído em Jerusalém. Parece provável que essa profecia se cumpra durante o reinado de mil anos de Cristo nesta terra, quando um novo templo será construído em Jerusalém, conforme descrito pelo profeta Ezequiel (Ezequiel 40-46). (Ageu 2:6-7 e stá incluído como parte da letra do magnífico hino “Messias”, de Händel.)

Tendo dito ao povo que as nações gentias trariam tesouros ao templo, o SENHOR declara: Eu encherei esta casa de glória. O termo “glória” refere-se à presença visível do SENHOR, significando que Sua presença se manifestaria no templo. O profeta Ageu repete a fórmula “Diz o Senhor dos Exércitos” para lembrar a seu público que ele era apenas um mensageiro enviado por Deus (v. 4; v. 6). Deus, não Ageu, era a autoridade por trás da mensagem.

O fato de o SENHOR abalar a todas as nações e levá-las a trazer tesouros ao templo demonstra que Ele é o Todo-poderoso. Ele é o Criador e Dono de tudo. Assim, antecipando o esplendor do templo reconstruído que estava por vir, Ele exclama: A prata é minha, e o ouro é meu declara o Senhor dos exércitos (v. 8).

A tradução literal do versículo é: "A Mim, a prata; a Mim, o ouro". A frase preposicional "a mim" enfatiza a ação em ambos os casos. Neste versículo, o SENHOR deixa claro que tinha o direito de tomar as riquezas das nações, porque Ele era o dono de tudo. Deus é Aquele que dá tesouros à pessoas e nações como achar melhor. Tudo lhe pertence (Salmo 50:10). Assim, Ele tem o direito de dar e tirar (Jó 1:21). No devido tempo, Deus fará com que a prata e o ouro voltem a Seu templo.

A Bíblia frequentemente se refere à prata e ao ouro como os metais mais valiosos e duráveis. Muitas vezes os menciona quando se refere à riqueza e algo precioso. O SENHOR abençoou Abrão com uma grande quantidade de "gado, prata e ouro" (Gênesis 13:2). Da mesma forma, Ele recompensou Salomão com riquezas. Durante o reinado de Salomão, "fez prata e ouro tão abundantes em Jerusalém como pedras" (2 Crônicas 1:15; 1 Reis 10:27). O rei Salomão os usou na fabricação das propriedades do templo (1 Reis 6-7). Após completar o projeto de construção, "trouxe as coisas dedicadas por seu pai Davi, a prata, o ouro e os utensílios, e os colocou nos tesouros da casa do Senhor" (1 Reis 7:51).

Infelizmente, quando os babilônicos invadiram Judá em 586 a.C., eles "levaram as tigelas, as panelas, as bacias, as panelas, os candelabros, as panelas e as taças de oferecimento de bebidas, o que era ouro fino e o que era prata fina" (Jeremias 52:19). O povo de Judá se lembrava de toda a prata e ouro do primeiro templo.

Aqueles que observavam o estado do templo restaurado, em comparação com o esplendor do templo de Salomão, estavam entristecidos ao pensar que nunca mais poderiam construir outro templo com aqueles preciosos tesouros. Porém, Deus estava dizendo ao Seu povo que Ele possuía todo o ouro e prata. Ele abalaria as nações e traria suas riquezas para um templo futuro.

Depois de afirmar que a prata e o ouro pertenciam ao SENHOR, Ageu acrescenta a fórmula profética “declara o SENHOR dos exércitos”, visando reforçar a natureza divina de sua mensagem.

Ele, então, encoraja o povo de Judá a continuar seu trabalho no templo, dizendo-lhes: A glória da última casa será maior do que a primeira', diz o Senhor dos Exércitos.

Esta profecia não será cumprida na nova terra, pois quando a terra atual for destruída pelo fogo e substituída pelo novo céu e nova terra, não haverá mais construção de templo algum, pois Deus habitará entre os seres humanos na terra em Sua plena glória e Ele mesmo será o templo (Apocalipse 21:22).

Um possível cumprimento para a construção deste futuro templo maior seria durante o tempo de Jesus, quando o rei Herodes o expandiu maciçamente. Porém, a reforma do templo foi financiada por Herodes e Roma, que extraíram recursos do povo de Deus, em vez de serem trazidos pelas nações. Assim, embora o templo de Herodes tenha sido uma grande obra de arquitetura, ele não parece se encaixar nesta previsão.

Esta previsão profética parece mais provável durante o reinado de mil anos de Cristo nesta terra (Apocalipse 20:2-4). Isso parece coincidir com a profecia de Ezequiel também (Ezequiel 40-46).

Para ler mais sobre o Templo de Jerusalém, leia nosso artigo Tópicos Difíceis: O Templo.

Os líderes que haviam visto ao antigo templo olhavam para a inferioridade do novo templo e ficaram desapontados. Parecia-lhes "nada em comparação" (Ageu 2:3). Eles até "choraram em alta voz" depois de lançarem a fundação do novo templo (Esdras 3:12). Porém, Deus queria que eles tivessem esperança. Eles podiam confiar que algo ainda maior estava por vir.

Deus tinha um plano em mente. Ele prometera trazer a riqueza das nações ao templo, levando-o a alcançar uma beleza esplêndida. Embora isso ainda esteja no futuro no momento em que este artigo é escrito, é algo tão certo quanto qualquer previsão já cumprida. Deus promete habitar no novo templo em meio a Seu povo. Por esta razão, Seu povo podia encontrar esperança e conforto ao concluir o projeto de reconstrução. Ezequiel 43:1-5 prevê um retorno da glória visível de Deus a Seu templo como um provável cumprimento desta profecia.

O profeta encerrou esta seção relatando o que o SENHOR havia dito: 'Neste lugar, darei paz', declara o Senhor dos Exércitos (v. 9). O termo “lugar” provavelmente se refere à cidade de Jerusalém, não apenas ao templo. O termo traduzido como “paz” é "shalom" em hebraico. Significa boa saúde, bem-estar e vida abundante. Fala de totalidade. Ageu diz aos judeus que Deus promete conceder-lhes bênçãos materiais e espirituais. Ele repete a fórmula “declara o Senhor dos exércitos” para lembrar a seu público que ele não era o autor principal da mensagem, Deus era. A expressão “SENHOR dos Exércitos” referia-se ao poder e à autoridade de Deus. Durante o reinado de mil anos de Cristo sobre a Terra haverá paz e restauração não apenas para Jerusalém, mas também para toda a criação. Conforme previsto em Isaías:

"O lobo habitará com o cordeiro, e o leopardo se deitará com a cabra jovem, e o bezerro e o leão jovem e a engorda juntos; e um garotinho os conduzirá. Também a vaca e o urso pastarão, seus filhotes se deitarão juntos, e o leão comerá palha como o boi. A criança que amamenta brincará no buraco da cobra, e a criança desmamada colocará a mão na cova da víbora. Não ferirão nem destruirão em todo o Meu santo monte, pois a terra estará cheia do conhecimento dos SENHORES as águas cobrem o mar" (Isaías 11:6-9)

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