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Significado de Juízes 2:6-10
Juízes 2:6-10 retorna à narrativa de Josué e conclui seu tempo de liderança sobre os israelitas.
Tendo Josué despedido o povo, foram-se os filhos de Israel cada um para a sua herança, a fim de possuírem a terra (v. 6).
Após a conquista de Canaã sob Josué, cada tribo recebeu sua porção designada de terra. Josué foi o sucessor de Moisés, ungido por Deus para liderar os israelitas após a morte de Moisés (Números 27:18-23). Ele tinha sido o comandante militar dos israelitas quando eles tomaram posse de sua nova terra natal. Ele supervisionou a divisão da terra entre as tribos. Sua dispensa do povo marca o fim de uma era de conquista unificada e o início de um período em que as tribos se governariam individualmente.
O povo serviu a Jeová todos os dias de Josué e dos anciãos que sobreviveram a Josué, os quais tinham visto todas as grandes obras que Jeová fizera a favor de Israel (v. 7). Os israelitas permaneceram fiéis a Deus durante a vida de Josué e a dos anciãos que tinham testemunhado os milagres do Êxodo e a conquista de Canaã. Essa memória coletiva do poder e da fidelidade de Deus forneceu uma base para sua adoração a Deus e obediência à aliança.
Morreu Josué, filho de Num, servo de Jeová, com a idade de cento e dez anos (v. 8). A morte subsequente de Josué em idade avançada significa o fim de uma era de liderança caracterizada por intervenção direta e miraculosa e orientação de Deus. Sua morte na região montanhosa de Efraim, especificamente em Timnate-Heres, localizada ao norte do Monte Gaás, é significativa (Josué 24:29-30). Esta região, dentro da cota tribal de Efraim, era conhecida por sua elevação e posição estratégica, tornando-a um local notável para o local de descanso final de Josué.
Os versículos seguintes descrevem que foi também congregada a seus pais toda aquela geração; após ela levantou-se outra geração, que não conhecia a Jeová, nem tampouco as obras que ele fizera a favor de Israel (v 10). Com o falecimento de Josué e seus contemporâneos, surgiu uma nova geração que não teve a experiência em primeira mão dos atos poderosos de Deus. A falta de familiaridade desta geração com o Senhor e Seus feitos levou a um declínio espiritual e moral. Eles cresceram em um contexto onde a memória das intervenções divinas não era tão vívida ou influente, o que contribuiu para um afastamento da fidelidade e da obediência.
Essa falta de desenvolvimento de geração para geração pode ser pelo menos parcialmente atribuída à falha dos israelitas em levar a cabo a prática do discipulado. Paulo explica o processo dizendo:
“E o que de mim ouviste diante de muitas testemunhas, entrega-o a homens fiéis, os quais sejam capazes de ensinar também a outros.”
(2 Timóteo 2:2)
Jesus exemplifica perfeitamente o discipulado eficaz durante Seu ministério ao investir nos doze. A eficácia é vista nos esforços bem-sucedidos de Seus discípulos para espalhar o evangelho de tal forma a multiplicar aqueles que o recebem. Nessa circunstância com os israelitas, nós os vemos errar o alvo, o que resulta em uma geração sem fé.
Esta passagem destaca a importância da continuidade geracional na fé e no conhecimento das obras de Deus. O declínio da fidelidade dos israelitas mostra a necessidade de discipulado contínuo e lembrança do que Deus fez por eles e como Ele continuou a cuidar deles.