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Significado de João 3:17-21

Jesus não veio ao mundo na primeira vez para julgá-lo ou governá-lo; Ele veio para morrer a morte de um servo sofredor pelos pecados do mundo. Quem Nele crê será salvo do juízo e se reconciliará com Deus; quem não crê já está condenado à separação eterna de Deus. Jesus declara ser a Luz, mas os homens escolhem as trevas, para que possam pecar continuamente. Há uma escolha fundamental na vida: odiar e se esconder da Luz para que se possa continuar no pecado, ou encontrar-se com a Luz e praticar a verdade e as obras ordenadas por Deus.

Nicodemos iniciou seu diálogo com Jesus dizendo: "Eu sei que Deus está com o Senhor, ou o Senhor não faria todos esses milagres". Em poucas palavras, Jesus lhe responde:

  • Você não pode ver ou entrar no Reino de Deus sem nascer de novo, do Espírito.
  • A vida eterna (a vida à qual os fariseus buscavam) começa com a mesma quantidade e aplicação de fé que os antigos israelitas foram levados a ter ao olharem para a serpente de bronze erguida no poste; você precisa olhar para Jesus, o Filho do Homem, levantado em uma cruz.
  • Jesus é a solução do dilema dos dois Messias: Ele é o Servo sofredor e o Rei conquistador. Como "Filho do Homem" Ele cumprirá ambas as aplicações do termo: como ser humano, Ele sofreria e morreria pelos pecados da humanidade, sendo "levantado" em uma cruz; como o Messias conquistador, Ele é o "Filho do Homem" de Daniel capítulo 7.
  • Por fim: "Você deveria saber de tudo isso, já que conhece a Bíblia".

Podemos especular que Nicodemos tenha tido problemas para dormir naquela noite, sua cabeça girava. Jesus destruiu a todas as convições de Nicodemos. Porém, o mestre da lei parecia ter um interesse genuíno em aprender; assim, Jesus lhe dá uma dose completa do Seu remédio.

Jesus continua e explicando por que Ele viria em dois adventos:

  • Primeiro, como o Filho do Homem que morreria numa cruz e seria "levantado" como a serpente foi levantada no deserto, para que todos os que olhassem para Ele, esperando ser curados de seu pecado, tivessem um novo nascimento.
  • Segundo, como o Filho do Homem vindo nas nuvens, conforme previsto em Daniel 7, para governar a terra.

Como estudioso da Bíblia, Nicodemos estava esperando por dois adventos para o Messias. Este era o padrão dos libertadores de Israel que forneciam um tipo ou sombra do Messias. Por exemplo:

1) José recebeu, em sonhos, a revelação de que seria um governante de sua família, mas eles o rejeitaram, “matando-o”, figurativamente. José é, mais tarde, revelado como o salvador do povo, aquele a quem seus irmãos haviam rejeitado e exilado (o que é uma forma de morte).

2. Moisés foi revelado aos hebreus como seu irmão e libertador. Eles o rejeitaram. Moisés foi, então, exilado (uma forma de morte) e retornou como seu libertador em um segundo advento.

3. O rei Davi foi revelado como o libertador de Israel ao matar Golias. Ele foi ungido como rei, mas foi exilado por Saul (uma forma de morte) até seu segundo advento, quando subiu ao trono do reino.

Jesus explica Porque Deus não enviou Seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Não sabemos se Nicodemos perguntou por que Jesus salvaria o mundo, incluindo a salvação dos odiados romanos. Não sabemos se Nicodemos perguntou por que o Filho do Homem, profetizado em Daniel 7 como vindo nas nuvens para governar a terra, viria primeiro para salvar ao mundo do pecado. Porém, parece que Jesus sabia que ele tinha essas perguntas, então Ele as responde.

Jesus virá, de fato, para julgar o mundo. Mas, isso ocorrerá em Sua segunda vinda. Em Seu primeiro advento, Deus não enviou Seu Filho ao mundo para julgar o mundo. Isso ocorrerá mais tarde (Apocalipse 20:11-15). A razão pela qual Deus enviou o Filho do Homem ao mundo pela primeira vez foi para que o mundo pudesse ser salvo por Ele.

Jesus revela a Nicodemos, um líder dos judeus, que Ele havia vindo para salvar aos romanos, bem como aos judeus. Não importava qual fosse a herança de alguém, se nasceu como judeu ou gentio. Não importa a cor da pele ou a nacionalidade. O que importa é a fé para olhar para Jesus em uma cruz e confiar Nele para a libertação do pecado.

Jesus afirma: Aquele que crê em Mim não será julgado, aquele que não crê já foi julgado, porque não creu no nome do Filho unigênito de Deus. O privilégio de Nicodemos como líder judeu não contava. Seu conhecimento bíblico não contava. Nada contava, exceto a fé em Jesus, a Pessoa que lhe falava. O ponto de partida para se evitar o julgamento é crer em Jesus, ter fé para "olhar para Jesus na cruz, esperando ser libertado do seu pecado" (João 3:14-15). Aquele que tem essa fé para olhar, esperando pela libertação, não será julgado. Isso ocorre porque Jesus carrega os pecados daqueles que crêem.

E os que não crêem? Quem não crê já foi julgado. É como o povo no deserto picado pelas víboras. Eles disseram: "Moisés disse que se olharmos para a serpente de bronze levantada no poste não morreremos". Qualquer um que dissesse "isso é balela, não vou perder meu tempo com isso" morreria do veneno da cobra. O veneno já estava dnetro deles e acabaria por matá-los. Da mesma forma, aqueles que não crêem já estão separados de Deus por seu pecado, que traz a morte. Eles já estão separados de Deus por terem nascido em pecado (Romanos 5:12). Eles já estão julgados.

Jesus, agora, deixa claro que o "Filho do Homem" era o Filho unigênito de Deus. Adicione isso à lista de coisas que Nicodemos estava ouvindo e entenderá como o mestre em Israel deveria estar alucinado pelo fato de Jesus ter vindo do céu como Deus em carne! Tais revelações demonstravam que havia um só Deus, mas em múltiplas pessoas, ou seja, Jesus era Filho do Pai. Uma vez que Jesus já havia faldo do Espírito, Jesus testificava a presença do Pai, do Filho e do Espírito Santo em um só Deus.

Em total a confusão mental, Nicodemos provavelmente tenha pensado: "Como é que eu concilio os milagres incríveis feitos por este homem com todas essas coisas loucas que Ele diz?" Jesus afirma: Este é o juízo, que a Luz veio ao mundo, e os homens amaram as trevas em vez da Luz, pois suas obras eram más. Este diálogo parece ter ocorrido na primeira parte do ministério de Jesus, uma vez que foi colocado no capítulo 3. Porém, Jesus fala no tempo pretérito, como se a rejeição de Israel já tivesse ocorrido. Este é um dispositivo profético comum, descrevendo eventos futuros como se já tivessem acontecido. O ponto de Jesus era: "Essas palavras são tão garantidas que vou falar delas como se já tivessem acontecido".

Jesus, o Filho do Homem desceu do Céu e veio ao mundo. Ele é o Filho unigênito de Deus. Aquele que criou o mundo veio ao mundo como a Luz. Mas os homens do mundo amavam mais as trevas do que a Luz. Por que preferiam a escuridão? Simples: porque seus atos eram maus. A palavra traduzida aqui é "poneros". O versículo de 1 João 3 ilustra a natureza desta palavra escrita pelo mesmo autor:

"Pois esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio, de que devemos amar-nos uns aos outros; não como Caim, que era do maligno (poneros) e matou seu irmão. E por qual motivo o matou? Porque suas ações eram más (poneros), e as de seu irmão eram justas (1 João 3:11-12).

O mal é o oposto do amor. Em vez de procurar beneficiar aos outros, o mal procura extrair e explorar aos outros. Jesus veio ao mundo para servir e iluminar as trevas. Porém, os exploradores não queriam mudar. Assim, eles odiavam a Luz. Queriam continuar a realizar seus atos maus.

Jesus continua dizendo: Porque todo aquele que pratica o mal odeia a Luz, e não vem à Luz por medo de que suas obras sejam expostas. A palavra mal” traduzida no versículo 20 é diferente de "poneros", que é traduzida como "mal" no versículo 19, porém é usada em João 5:29 como um contraste de "bem". Entretanto, a palavra parece carregar a mesma idéia básica. A razão pela qual aqueles que fazem o mal odeiam a Luz é porque não querem que seus atos sejam expostos. Isso significa que eles sabem, no fundo, que o que estão fazendo é errado, mas querem continuar no erro, aparentemente mantendo a ilusão de estarem corretos.

Jesus estava dando a Nicodemos uma escolha bastante clara e dura: "Nicodemos, você quer a escuridão ou a luz?" "Você quer fazer o bem ou o mal?" Esta passagem foi iniciada observando que Nicodemos veio a Jesus à noite; Nicodemos provavelmente estava se contorcendo a essa altura. Jesus aponta para o desafio final, contrastando o realizador do bem com o malfeitor, dizendo: Aquele que pratica a verdade vem à Luz, para que suas obras se manifestem como tendo sido realizadas em Deus. Nicodemos se via como alguém que praticava a verdade. Porém, Jesus o desafia. Se Nicodemos era, realmente, alguém que praticava a verdade, ele teria que vir à Luz.

Qual será sua resposta, Nicodemos? Você quer vir para a Luz? Você quer praticar a verdade, ou quer ser um praticante do mal? Sua fachada justa não significa nada na presença de Deus, que conhece o coração. A raiz do mal está no coração. O coração do homem é egoísta e o leva a explorar e abusar dos outros. Porém, a raiz do bem é a verdade e a Luz. Se Nicodemos quisesse ser um praticante da verdade, ele teria que escolher a Luz. Em algum momento, parece que Nicodemos escolheu a Luz, já que participou do sepultamento de Jesus e parece ter dado testemunho deste diálogo.

Aqueles que vêm à Luz terão suas obras manifestadas como tendo sido realizadas em Deus. Esta passagem começou com Nicodemos comentando que Jesus era um "Bom Mestre" e que Ele não seria capaz de fazer os milagres que realizava, a menos que Deus estivesse com Ele. Agora, Jesus fecha o círculo, observando que as obras realizadas em Deus apontam para pessoas que seguem a Luz. Sim, Nicodemos, as obras de Jesus são as obras de Deus. Porém, a questão é: Será que são as suas obras? Se você deseja responder afirmativamente, você deve escolher a Luz e isso começa pela fé no que é verdadeiro sobre a Luz, fé para olhar para Jesus, esperando ser liberto do pecado.

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