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Significado de Joel 1:11,12
A praga de gafanhotos afetaria não apenas aos bêbados (vv. 5-7), sacerdotes e adoradores (vv. 8-10), mas também aos agricultores e viticultores. O profeta chama essas pessoas a lamentar, dizendo: Envergonhai-vos, ó agricultores, lamentai, ó vinhedores, pelo trigo e pela cevada. O motivo do chamado ao luto era porque a colheita do campo está destruída.
O termo “agricultor” refere-se a alguém que trabalha a terra para cultivar grãos, como trigo e cevada. O trigo era o cereal preferido no preparo dos alimentos. Seu plantio começava no final de outubro e seguia até novembro. Dependendo da região, sua época de colheita era geralmente entre o final de abril e o final de maio. A cevada era um grão de inverno, geralmente plantado do final de outubro a dezembro. Era amplamente cultivado no Egito (Êxodo 9:31) e na terra de Canaã (Levítico 27:16; Deuteronômio 8:8).
O trigo e a cevada eram produtos agrícolas essenciais para os israelitas. Na verdade, o trigo carregava um valor significativo para o comércio. O rei Salomão comprou cedros do Líbano para construir um templo ao SENHOR e pagou em parte com trigo (1 Reis 5:11). Não só o trigo era significativo no comércio, mas também desempenhava um papel importante na ação de graças de Israel a Deus, tornando-se uma imagem de abundância. Em Êxodo, o SENHOR instrui Israel a observar a Festa das Semanas, durante a qual deveriam oferecer-Lhe as primícias da colheita do trigo (Êxodo 34:22). Assim, Joel cita a perda do trigo e da cevada para descrever os efeitos devastadores da praga de gafanhotos na agricultura.
O termo “vinhateiro” refere-se a uma pessoa que podava, arava e cultivava. Aqui, em nosso contexto, o termo indica um sentido amplo de cuidado com as plantas e árvores frutíferas. No versículo 12, o profeta afirma: A videira seca e a figueira falha, a romã, a palmeira também, e a macieira, todas as árvores do campo secam.
A vinha era a fonte das uvas e do vinho. As figueiras eram a fonte dos figos, que podiam ser consumidos frescos ou secos. Podiam ser assados como bolos. As romãs eram outra fruta que podia ser consumida fresca ou seca. O fruto da romã era comido, espremido para suco e usado em rituais israelitas (Êxodo 28:33-34; 1 Reis 7:20). A palmeira era uma árvore magnífica e alta que crescia abundantemente no antigo Oriente Próximo. Ela tinha um visual diferenciado, com um tronco longo e esguio e com folhagem apenas no topo. Ela aparece no livro de Juízes como símbolo de grandeza e firmeza (Juízes 4:5). A macieira era uma árvore que dava frutos refrescantes, com cheiro agradável (Cantares 2:5, 7:8).
O profeta afirma, ainda, que todas as árvores do campo iriam secar. Os invasores causariam graves danos à terra israelita, levando Joel a pedir a todos que reconhecessem a singularidade da experiência e a lamentassem. Sob tais circunstâncias, o povo de Judá não poderia mais desfrutar dos frutos da terra. De fato, o regozijo seca dos filhos dos homens. Só lhes restaria vergonha, tristeza e lamentações.