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Significado de Joel 1:13,14

Joel dirige-se aos sacerdotes, exortando-os a lamentar pelo desastre causado pela praga de gafanhotos/exércitos invasores.

O profeta Joel anuncia um outro chamado para a lamentação. Desta vez, dirige-se aos sacerdotes, os profissionais que cumpriam os deveres religiosos em Judá. Ele usa uma lista de ordens para exortar aos sacerdotes a lamentarem e buscarem o favor de Deus: Dizei-vos com pano de saco e lamento, ó sacerdotes, lamentai, ó ministros do altar!

Nos tempos antigos, as pessoas que choravam geralmente se cingiam com pano de saco, uma vestimenta feita de pelo de cabra ou camelo, que era áspero e desconfortável. O uso de pano de saco simbolizava tristeza ou desespero. Por exemplo, quando Jacó pensava que uma fera havia devorado a seu filho José, ele "rasgou suas roupas, e colocou pano de saco em seus lombos e chorou por seu filho muitos dias" (Gênesis 37:34). Da mesma forma, Joel pede aos sacerdotes que se vistam de pano de saco e lamentem para expressar sua perda, porque a praga de gafanhotos devastaria a terra de Judá.

Os ministros do altar referem-se aos sacerdotes, pois eram os profissionais que desempenhavam as funções religiosas. Esses religiosos deveriam lamentar e chorar, expressando sua tristeza diante do SENHOR e implorando Seu favor. Então, o profeta continua seu chamado aos sacerdotes, dizendo: Vinde, passai a noite em pano de saco, ó ministros do meu Deus. A praga de gafanhotos, os exércitos invasores, viriam como castigo do Deus Susserano; assim, Joel implora aos sacerdotes que buscassem a presença de Deus, humilhando-se diante Dele.

Como a extensão da catástrofe causada pela peste de gafanhotos exigiria mais do que lamentação, Joel instrui os sacerdotes a consagrar um jejum. O jejum era a abstenção deliberada e temporária de alimentos para fins religiosos. Não era uma maneira de afirmar a própria vontade, mas um meio de se abrir a Deus, expressar tristeza pelos pecados e redirecionar-se para Deus. Envolvia fazer petições a Deus e buscar orientação e sabedoria. Nesse sentido, era um processo que levava à purificação (Salmo 69:10).

Além de consagrar um jejum, os líderes religiosos deveriam proclamar uma assembléia solene. Eles deveriam reunir os anciãos e todos os habitantes da terra na casa do Senhor,  seu Deus. O propósito era para que pudessem clamar a Ele. As assembléias solenes eram ocasiões de culto corporativo. Durante tais reuniões, o povo deixava de trabalhar e se reunia para as festas definidas, como o sétimo dia da Festa dos Pães Ázimos (Deuteronômio 16:8) ou o oitavo dia da Festa das Tendas (Levítico 23:36; Números 29:352 Crônicas 7:9; Neemias 8:18). Porém, nesta passagem, a assembléia solene é convocada emergencialmente (Joel 2:15-16). O profeta chama os sacerdotes a  convocar uma reunião pública para que todos pudessem clamar a Deus com coração genuíno, implorando Seu favor. Eles precisavam se arrepender e mudar seu coração. Joel pede aos sacerdotes que liderem essa tarefa.

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