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Significado de Levítico 4:32-35
Levítico 4:32-35 continua a prescrição de sacrifício para as pessoas comuns. A seção anterior tratou da oferta de um bode como sacrifício por um pecado não intencional. Esta seção fornece mais instruções sobre a oferta pelo pecado, detalhando o uso de uma ovelha como animal alternativo de sacrifício.
Assim como na seção anterior, esse sacrifício cobria pecados não intencionais de pessoas comuns que viviam dentro da comunidade (Levítico 4:27). Essa passagem demonstra a variabilidade das ofertas, o que poderia refletir as diferentes circunstâncias pessoais ou econômicas dentro da comunidade, apontando para o princípio bíblico de que o foco principal de Deus estava no coração (2 Coríntios 9:6-8).
Se ele trouxer uma ovelha como sua oferta para uma oferta pelo pecado, ele o trará, uma fêmea sem defeito. (v. 32) Aqui, a opção para a pessoa comum era trazer uma ovelha fêmea, em oposição a uma cabra fêmea (Levítico 4:28). Isso indicava flexibilidade dentro do sistema de sacrifícios. Uma ovelha fêmea sem defeito era algo bastante específico, dando continuidade ao tema do oferecimento de um animal sem defeito como símbolo de pureza e integridade necessárias para se aproximar de Deus. A exigência de um animal puro prenunciava Jesus, o homem sem pecado que se ofereceria pelos pecados do mundo (2 Coríntios 5:21).
Em seguida, ele porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado e a matará como oferta pelo pecado no lugar onde se mata o holocausto (v. 33).
O ato do pecador de impor as mãos sobre a cabeça da oferta pelo pecado indicava a transferência do pecado ao animal. A ovelha era morta no mesmo espaço sagrado que a oferta queimada, ressaltando a solenidade do ritual e sua importância na vida religiosa da comunidade israelita.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote realizava a oferta pelo pecado mais esperada do ano. Neste caso, a sorte era lançada sobre dois bodes, uma para “Azazel” (às vezes traduzido como “bode expiatório”) e a outra para “Yahweh”. O bode sobre o qual a sorte recaía como Azazel era solto no deserto depois que o sumo sacerdote colocava sua mão sobre a cabeça do bode e confessava todos os pecados do povo sobre ele.
Depois, o bode sobre o qual a sorte recaía como para Yahweh era morto como oferta especial pelo pecado de toda a nação de Israel (Levítico 16:8-9). O sangue dessa oferta especial pelo pecado era trazido para dentro do véu do tabernáculo e aspergido sobre a Arca da Aliança (Levítico 16:15). Isso era um prenúncio de Cristo entrando no véu como oferta perfeita pelo pecado, não com o sangue de bodes, mas com Seu próprio sangue (Hebreus 9:24-25).
Para saber mais sobre como os dois bodes no Dia da Expiação prenunciam a obra de Jesus na cruz, veja nosso artigo — “Resgate e redenção: Jesus e Barrabás como símbolos do Dia da Expiação”.
Depois da orte do animal, "o sacerdote pegará com o dedo um pouco do sangue da oferta pelo pecado e o colocará nas pontas do altar dos holocaustos, e todo o restante do sangue derramará na base do altar" (v. 34).
Nesta ação, o sangue da ovelha, a oferta pelo pecado, representava a vida. O sangue era usado para santificar o altar, simbolizando a purificação do pecador diante de Deus. Isso permitia que a comunhão com Deus fosse restaurada. No Novo Testamento, a restauração da comunhão é obtida por meio da confissão diante de Deus (1 João 1:9, Hebreus 9:14, 10:19).
Em preparação para a oferta queimada, "ele removerá toda a gordura, assim como a gordura do cordeiro é removida do sacrifício das ofertas pacíficas, e o sacerdote as queimará no altar, sobre as ofertas queimadas ao Senhor" (v. 35).
A gordura era frequentemente usada como uma imagem de abundância e prosperidade (Gênesis 45:18). Talvez a oferta da gordura fosse um reconhecimento de que Deus era a única fonte verdadeira de bênçãos e prosperidade. A imagem poderia ser a de oferecer de volta a Deus a gratidão pela vida e bênçãos, queimando-as e fazendo o aroma ascender até Ele.
Levítico 3:16 diz que “toda gordura é do SENHOR”. A queima da gordura fazia a fumaça subir, o que significava um aroma suave subindo até Deus, indicativo de aceitação e favor divinos. O termo oferta queimada em hebraico é “oleh”, que significa “ascender”. Enquanto os ofertantes observavam suas ofertas se tornarem fumaça e subirem ao céu, isso fornecia uma representação visível de uma verdade espiritual.
Abel, filho de Adão, que viveu muitos séculos antes dessas leis serem dadas, também ofereceu a gordura do seu rebanho, provavelmente indicando que ele estava oferecendo a Deus a prosperidade com a qual Deus o havia abençoado (Gênesis 4:4).
"Assim o sacerdote fará expiação por ele em relação ao seu pecado que cometeu, e ele será perdoado" (v. 35). Este versículo conclui o processo com o papel crucial do sacerdote como mediador e o resultado final do ritual: expiação e perdão para o pecador. O texto reafirma a eficácia da oferta pelo pecado para restaurar a comunhão do indivíduo com Deus, restaurando-o à comunhão dentro da comunidade.
A inclusão de uma ovelha e também de um bode como oferta aceitável pelo pecado reforçava a flexibilidade da lei e a misericórdia de Deus. Isso permitia que aqueles que por acaso não tivessem acesso a um certo tipo de animal ainda poderiam cumprir os requisitos da expiação.
Todas as pessoas, independentemente de sua posição social ou riqueza, teria os meios para buscar e receber perdão de Deus. Esta passagem, como outras em Levítico, ressalta a graciosa provisão concedida por Deus para que todas as pessoas encontrem justificação diante dele, mantendo a pureza e a santidade da comunidade. Deus não é parcial e deseja que todos venham a Ele (1 Pedro 1:17). Todos somos iguais aos pés da cruz.