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Significado de Mateus 14:34-36
Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este evento são encontrados em Marcos 6:53-56 e João 6:22-71.
Depois que Jesus acalmou a tempestade, Ele e os discípulos atravessaram o mar. Geopoliticamente, eles deixaram a província de Gaulanitis e cruzaram a fronteira para a Galiléia. Mateus e Marcos relatam que eles desembarcaram em Genesaré (Marcos 6:33). João, no entanto, relata que eles desembarcaram na cidade de Cafarnaum (João 6:24). Genesaré é a versão helenizada do nome hebraico "Chinnereth", que é o nome dado por Israel ao Mar da Galiléia desde a época de Josué e da conquista.
A frase Veio à terra de Genesaré tem dois significados possíveis. Pode significar a cidade de Genesaré, localizada na costa ocidental da Galiléia. A cidade estava a meio caminho entre as cidades de Magdala (situada na costa ocidental, no ponto médio norte/sul do lago) e Cafarnaum (localizada na costa norte, no ponto médio leste/oeste do lago). Porém, a expressão Veio a terra de Genesaré também pode significar a costa entre as cidades de Genesaré e Cafarnaum. Esta costa era muitas vezes chamada de "a planície de Genesaré". Parece que Mateus e Marcos tinham em mente este segundo significado, tornando seu relato compatível com o relato de João. Mateus e Marcos identificam a região em que Jesus e os discípulos desembarcaram. João identifica a cidade.
Sem surpresa, os homens daquele lugar reconheceram a Jesus. Cafarnaum e a região circundante havia sido o lugar no qual Jesus iniciou Seu ministério. Ali, Ele havia ensinado sobre o Reino, chamado muitos de Seus discípulos e realizado numerosos milagres. Este era o quartel general extra-oficial do ministério de Jesus. Além disso, foram muitas daquelas pessoas haviam caminhado muitas milhas, ida e volta, para ver Jesus. Elas estavam entre os cinco mil homens milagrosamente alimentados por Ele na noite anterior.
Quando O reconheceram, rapidamente enviaram uma mensagem para todo aquele distrito circundante quanto ao de Jesus. A notícia do milagre de Jesus alimentando as multidões com apenas alguns pães e peixes já havia viajado ao redor de todo o lago. Barcos da cidade de Tiberíades, na costa sudoeste, já haviam partido para Gaulanite, onde Jesus havia realizado o milagre e havia sido visto pela última vez em público (João 6:23). Jesus, é claro, tendo atravessado o mar, não estava mais lá. Eles ainda estavam procurando por Jesus, quando receberam a informação de que Ele estava em Cafarnaum.
Mateus e Marcos relatam que o povo trouxe a Jesus todos os que estavam doentes. Alguns deles até levaram pessoas que não podiam andar em macas para serem curados (Marcos 6:55). Os doentes e feridos imploravam a Jesus para ver se Ele lhes permitiria apenas tocar na franja de Seu manto, na crença de que poderiam ser curados. A franja de Seu manto refere-se às bordas de Seu xale rabínico. O povo supunha que as bordas do xale dos rabino demonstravam a justiça daquele rabino e, de alguma forma, armazenavam e liberavam os poderes que os rabinos tinham. (Foi isso o que aquela mulher com a hemorragia havia doze anos acreditou - Mateus 9:20-22). Os líderes religiosos se aproveitavam da crença do povo e alongavam suas bordas para anunciar sua "justiça" (Mateus 23:5). Mateus e Marcos relatam factualmente que todos quantos O tocaram foram curados.
Jesus fez mais do que apenas curar os enfermos naquele dia. João relata que Jesus também ensinou na sinagoga de Cafarnaum (João 6:26-71), correlacionando Seu recente milagre de alimentar os cinco mil com a provisão milagrosa de maná de Deus durante o tempo de Moisés. Em uma discussão com os judeus, Jesus se identificou como o Pão do Céu. Lá, Jesus lhes disse que Seu corpo era o verdadeiro alimento e Seu sangue a verdadeira bebida, caso quisessem viver eternamente. Essas declarações foram mal compreendidas e afastaram a muitos judeus, incluindo muitos de Seus discípulos.