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Significado de Mateus 15:15-20
O relato paralelo do Evangelho quanto a este evento é encontrado em Marcos 7:18-23.
Depois que Jesus tratou da preocupação dos discípulos quanto à Sua “ofensa” aos fariseus, Pedro pediu-Lhe: "Explique a parábola para nós". A parábola para a qual Pedro queria explicação era sobre Sua recente declaração às multidões sobre o que tornava um homem impuro.
Jesus disse às multidões: "Não é o que entra na boca que contamina o homem, mas o que sai da boca, isso contamina o homem" (Mateus 15:11). Ele apresentou esta parábola em resposta à acusação dos fariseus contra o hábito dos discípulos de não lavarem as mãos antes de comer (Mateus 15:2).
Os fariseus acreditavam que a justiça era fundamentalmente externa. Para eles, a justiça de um homem era, em última análise, definida por suas ações externas ou pelos rituais que ele realizava. Eles acreditavam que somente as ações do homem determinavam sua justiça ou maldade. Entre os pontos defendidos pelas tradições dos fariseus estava o de que comer com as mãos não lavadas contaminava o homem.
Os fariseus usavam uma estrutura legalista para interpretar os mandamentos de Deus e haviam perdido o cerne da questão. A conformidade técnica e as auto-justificativas eram sua forma de entender a justiça. Isso era o oposto do que Jesus havia ensinado no Sermão da Montanha. Nele, Jesus repetidamente mostrou como a obediência técnica sem um coração obediente era uma justiça oca e não fazia alguém justo diante de Deus (Mateus 5:21-22; 5:27-28; 5:31-32; 5:33-37; 5:38-42; 5:43-45). A verdadeira justiça vinha de dentro para fora.
Os fariseus acreditavam que a justiça vinha de fora para dentro. Pedro também parecia estar aderindo a essa falsa pressuposição. E seu pedido a Jesus para explicar Sua parábola revela que ele estava lutando para desaprender sua falsa visão.
Quando Pedro pediu a Jesus que explicasse a parábola, seu Mestre pareceu estar surpreso com a dureza de seu discípulo. (Pedro significa "rocha", este era o apelido de Simão). Você ainda está carente de compreensão também? Jesus desejava arrancar aquela mentira profundamente arraigada no pensamento de Pedro. E, assim, Jesus faz a ele outra pergunta para localizar e estabelecer um ponto de partida claro: Você não entende que tudo o que entra na boca passa para o estômago e é eliminado?
Ele estava querendo dizer que não era a comida que entrava no homem através de sua boca e em seu estômago que o contaminava. Essas coisas materiais eram digeridas e depois eliminadas. Jesus parece trazer um exemplo bastante terreno para tentar fazer com que Pedro entendesse seu raciocínio: "O que você coloca na boca acaba saindo como fezes." Todas as pessoas eliminam as fezes. Não são as fezes que contaminam o homem. As fezes são parte da função natural do corpo. O que contamina o homem não é o que sai de seu intestino, mas são as palavras corrompidas e destrutivas que saem de sua boca, como mentiras e calúnias.
As coisas que saem da boca se originam no coração. Essas são as coisas que contaminam o homem. As coisas que saem da boca do homem são as palavras. As palavras são a expressão dos pensamentos e desejos do homem. As declarações do homem, as coisas que ele expressa pelas palavras, muitas vezes, revelam a verdadeira natureza do coração dele. É o coração, não o trato digestivo, a sede da justiça.
"...Pois a boca fala daquilo que enche o coração. O homem bom tira do seu bom tesouro o que é bom; e o homem mau tira do seu tesouro maligno o que é mau." (Mateus 12:34b-35)
Jesus continuou explicando a Pedro sobre os comportamentos do coração. Sua avaliação revela a intensidade da depravação da natureza humana: Pois do coração vêm maus pensamentos, assassinatos, adultérios, roubos, falsos testemunhos, calúnias. Ele disse isso para mostrar que não são as ações externas que poluem o coração e contaminam o homem. A raiz e a fonte da depravação do homem vem de dentro de seu próprio coração.
O homem fica contaminado sempre que seu coração o leva a cometer esses e outros pecados. Jesus confirma que essas são as coisas que contaminam o homem, antes de reiterar: Comer com as mãos não lavadas não contamina o homem.