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Significado de Mateus 20:1-7
Esta parábola não é encontrada nos outros relatos do Evangelho.
Jesus, a seguir, compartilha uma parábola sobre o Reino dos Céus. É muitas vezes chamada de "A parábola dos trabalhadores da vinha". É uma das parábolas mais longas de Jesus. Sua história pode ser dividida em duas metades. A primeira metade da parábola mostra um proprietário de terras contratando trabalhadores para trabalhar em sua vinha. A segunda metade da parábola retrata o proprietário de terras pagando aos trabalhadores pelo trabalho que fizeram.
À primeira vista, o significado da parábola pode não parecer óbvio. Nem Jesus, nem Mateus dão uma explicação detalhada de suas partes ou significado. Assim, o contexto em que Jesus compartilhou a parábola dos trabalhadores da vinha desempenha um papel importante na interpretação de seu significado.
Jesus compartilhou essa parábola como parte da mesma conversa que havia iniciado quando o jovem rico perguntou o qe Ele deveria fazer para obter a vida eterna (Mateus 19:16). Jesus amou àquele homem por seu entusiasmo pelo Reino e pela justiça (Marcos 10:21), mas ele acabou cortado das recompensas do Reino quando se recusou a trocar suas posses terrenas pelas recompensas celestiais (Mateus 19:21-22). Jesus comentou que era difícil para um homem rico entrar no Reino de Deus e obter seus benefícios porque eles tinham que abrir mão dos bens do mundo, a fim de buscar os bens do Reino (Mateus 19:23-24).
Os discípulos, então, perguntam a Jesus: Se cidadãos notáveis, como esse homem piedoso e rico, não podem entrar no Reino, quem pode? Ninguém seria capaz de entrar no Reino? (Mateus 19:25). Jesus, essencialmente, respondeu que os seres humanos realmente não são capazes de entrar no Reino, mas para Deus isso é possível (Mateus 19:26). Tal declaração aponta novamente para a importância da fé. A fé faz com que os crentes sejam justificados aos olhos de Deus (João 3:14-16). Mas também os leva a receber as recompensas do Reino, sempre que agimos e andamos por fé, seguindo a Cristo, no poder do Espírito Santo.
Então, Pedro pergunta: "E nós? Fizemos o suficiente? O que teremos no Reino por deixar tudo para trás para segui-lo, Jesus?" (Mateus 19:27). Jesus assegurou a ele e aos outros discípulos que eles teriam grandes recompensas do Reino e "se assentariam em doze tronos, julgando as doze tribos de Israel" (Mateus 19:28). Ele também lhes disse que "todos" os que sacrificialmente deixam para trás relacionamentos ou meios de subsistência por Sua causa "receberão cem vezes mais agora na era atual" e herdarão a vida eterna "na era vindoura" (Marcos 10:30).
Jesus, a seguir, introduz a parábola dos trabalhadores da vinha com o provérbio: "Mas os primeiros serão os últimos; e os últimos serão os primeiros" (Mateus 19:30). Esta introdução paradoxal é o inverso exato do que Ele dirá na conclusão desta parábola. Assim, o último será o primeiro, e o primeiro, último (Mateus 20:16). A parábola é marcada por imagens espelhadas desses provérbios paralelos. Ambas as imagens espelhadas são verdadeiras. Muitos dos que estão por último nesta era, e são perseguidos pelo mundo, serão os primeiros no Reino dos Céus. E muitos dos que entrarem no Reino por último serão os mais proeminentes do Reino. A expressão "último", neste sentido, pode significar mais tarde na vida ou mais tarde na era atual.
Jesus diz, explicitamente, que esta parábola pertence ao Reino dos Céus. Ele conecta a parábola com o contexto anterior (Mateus 19:16-30) - o Reino dos Céus é semelhante a. A partir do contexto precedente, podemos deduzir três coisas sobre a parábola dos trabalhadores da vinha:
Jesus iniciou o provérbio dizendo que o Reino dos Céus é como um proprietário de terras que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para sua vinha.
O cenário que Jesus descreveu era familiar em toda a sociedade agrícola em que Ele vivia. Era tempo de colheita. As uvas estavam maduras. O proprietário da vinha precisa de trabalhadores que colha as uvas antes de estragarem. Então, ele sai no início do dia, no início da manhã, para encontrar e contratar trabalhadores assalariados que colherão as uvas enquanto elas ainda estão frescas. Ele se dirigiu ao mercado, um lugar onde era conhecido, e ajuntou os trabalhadores, na esperança de contratá-los.
O proprietário da terra encontrou alguns trabalhadores para contratar e os trabalhadores concordaram com o salário de um denário como justo para o trabalho do dia. Então, ele os enviou para trabalhar em sua vinha. Um denário equivalia a um dia de salário.
Aparentemente, havia mais trabalho a ser feito do que poderia ser concluído antes que as uvas estragassem. Então, em vez de deixar uma parte de sua colheita ir para o lixo, o proprietário da terra retorna ao mercado outras quatro vezes ao longo do dia para contratar mais trabalhadores.
O mercado era o local de encontro na cidade para as pessoas que vinham de suas aldeias e fazendas. Era o lugar onde as pessoas iam comprar e vender mercadorias. Era um bom lugar para procurar trabalhadores em potencial, ou para encontrar trabalho, dependendo da situação. O proprietário saiu por volta da terceira hora (9h00), sexta hora (meio-dia), nona hora (15h00) e décima primeira hora (17h00) para contratar mais trabalhadores. O grupo da décima primeira hora só conseguiria trabalhar por uma única hora naquele dia (como nos será dito no versículo 12).
Jesus disse que o dono da vinha viu esses trabalhadores em potencial ociosos no mercado. Eles estavam ociosos e não estavam fazendo nada, não porque eram preguiçosos. O proprietário da terra perguntou ao grupo da décima primeira hora: Por que vocês estão aqui ociosos o dia todo? E eles responderam ao proprietário da terra: "Porque ninguém nos contratou". Isso mostrou disposição. Eles ainda estavam tentando conseguir trabalho, mesmo naquela hora tardia do dia.
O dono da vinha disse aos últimos grupos: 'Vocês também vão para a vinha, e o que for certo eu lhes darei'. E assim foram. É interessante notar que esses grupos de trabalhadores não negociaram com o proprietário da terra um valor predeterminado de pagamento pelo trabalho que fariam. Eles simplesmente confiaram que o proprietário da terra lhes pagaria o que fosse certo. Esse detalhe mostra que eles estavam dispostos a receber uma compensação proporcional e confiavam na honestidade do proprietário da terra. O primeiro grupo de trabalhadores tinha feito um acordo com o proprietário. Eles concordaram em receber um denário. Os grupos subsequentes estavam gratos por conseguirem qualquer coisa, depois de não terem sido contratados na primeira hora do dia.
A primeira metade da parábola dos trabalhadores da vinha introduz vários símbolos importantes na alegoria de Jesus. O proprietário da terra representa Deus e Sua vinha é o Seu Reino. Os obreiros são aqueles dispostos a trabalhar no Reino dos Céus. A obra são as coisas feitas para Deus e Seu Reino. E o denário representa a justa recompensa pelo trabalho. O dia ou hora representa a quantidade de tempo ou oportunidades que cada crente tem para trabalhar no Reino de Deus durante sua vida.
Toda a cena até este ponto é uma reminiscência do que Jesus jhavia dito a Seus discípulos pouco antes de enviá-los a pregar o Reino às ovelhas perdidas de Israel:
"Então Ele disse a Seus discípulos: 'A colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos. Portanto, suplicai ao Senhor da messe que envie obreiros para a Sua messe.'" (Mateus 9:37-38).
Jesus termina a parábola na próxima seção, abordada em Mateus 20:8-16.