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Significado de Mateus 23:25-26
O relato paralelo desta declaração é encontrado em Lucas 11:39-40.
O sexto Ai de Mateus 23 diz respeito à impureza interior. Ele foi dirigido aos escribas e fariseus.
Os escribas eram advogados religiosos. Eles meticulosamente estudavam a Lei e a Tradição para criar brechas para si mesmos e produzir mais e mais regras para controlar o povo. Os fariseus eram os mestres desses costumes religiosos e os líderes das sinagogas locais. Eles esmagavam qualquer um que desafiasse sua autoridade ou que deixasse de seguir as regras dos escribas. Juntos, os escribas e fariseus eram uma força incontestável e corrupta.
Jesus os chamou de hipócritas. A palavra hipócrita vem do termo grego para "ator". É alguém que finge ser uma coisa, mas é outra. Descreve alguém falso. Jesus usou esse termo para rotular os escribas e fariseus como fraudes religiosas.
A razão pela qual Ele os chamou de hipócritas nesse Ai foi porque eles pareciam ser puros, santos e justos por fora, mas por dentro estavam cheios de maldade.
Jesus comparou seu comportamento moral a um copo e um prato. Ele disse que eles limpavam a parte externa do copo e do prato para que parecessem estar limpos e pronto para uso. Porém, o interior do copo ou do prato estava cheio de sujeira e alimento podre. Eles eram imundos e impróprios para uso.
Como povo de Deus, e especialmente como líderes religiosos e mestres da lei, os escribas e fariseus receberam a seguinte ordem dada por Deus: "Sede santos, porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou santo" (Levítico 19:2; ver também Levítico 11:44; 11:45; 20:26). Ser santo significa ser separado para um uso especial. Deus queria que Seu povo fosse moralmente puro, separado da pecaminosidade do mundo, para realizar Seus propósitos. Em vez de apenas servirem a si mesmos e explorarem os outros, Deus queria que eles buscassem o melhor para os outros e os tratassem como queriam ser tratados.
Os escribas e fariseus davam especial atenção a mostrar a aparência externa de santidade (Mateus 23:5). O exterior do copo deles estava cintilante e limpo. Sua sinalização de virtude fazia com que seu prato parecesse impecável. Mas Deus, que vê além da "aparência exterior" e "olha para o coração" (1 Samuel 16:7), via que o interior de seu copo e prato estava cheio de roubo e autoindulgência. Essa hipocrisia é uma marca registrada da Má Religião. Eles davam um show externo para serem vistos pelos homens, mas sua intenção real era explorar e elevar-se a si mesmos. Eles fingiam seguir os caminhos de Deus, mas na verdade estavam longe deles.
Jesus disse aos fariseus cegos o que precisavam fazer para se tornar santos e úteis a Deus:
“Primeiro limpe o interior do copo e do prato, para que o exterior dele possa ficar limpo também.”
O interior do copo e do prato representa o nosso coração. O coração é o centro do nosso ser. É a sede do nosso desejo e vontade. Ela molda nossa atitude e visão do mundo. O coração é onde nossas decisões e escolhas são tomadas. É a sede das nossas intenções. Todas as nossas ações e palavras fluem de suas motivações:
"Pois a boca fala daquilo que enche o coração. O homem bom tira do seu bom tesouro o que é bom; e o homem mau tira do seu tesouro maligno o que é mau." (Mateus 12:34b-35).
Nosso comportamento externo é influenciado pelo nosso coração. Em termos da metáfora de Jesus, o exterior do nosso copo também se torna limpo se o interior do nosso copo estiver limpo. Em vez de nos concentrarmos em nosso comportamento, devemos prestar mais atenção à condição do nosso coração, de onde nosso comportamento brota (Provérbios 4:23).
Lá dentro, o coração dos fariseus e escribas estava cheio de roubo e autoindulgência. Fora do copo havia fingimento. Dentro do copo, eles invejavam o que os outros tinham e planejavam como poderiam roubar dos outros para satisfazer seus desejos. É por isso que devoravam as casas das viúvas (Mateus 23:14).
Os corações de todos nós, à parte de Jesus, são assim. O interior dos nossos pratos está sujo:
"O coração é mais enganoso do que tudo o maisE está desesperadamente doente; Quem pode entendê-lo?" (Jeremias 17:9).
Ai de todos nós por nossos corações perversos! Graças a Deus, que nos oferece e nos dá um coração novo (Ezequiel 36:26). Em Jesus Cristo somos uma nova criação (2 Coríntios 5:17). Fomos redimidos. Que não sejamos mais conformados às nossas antigas concupiscências, mas nos tornemos como nosso Santo Salvador (1 Pedro 1:14-15). Que possamos andar nos desejos santos, dados por Deus, do nosso novo coração (Salmo 37:4). Que possamos amar a Deus de todo o nosso coração (Mateus 22:37).
Que o interior e o exterior do nosso copo estejam limpos:
"Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam aceitáveis aos Teus olhos, ó Senhor, minha rocha e meu Redentor." (Salmos 19:14).
Em sua carta aos Romanos, Paulo faz um argumento semelhante ao defender seu ensino de que somos justificados diante de Deus unicamente pela graça de Deus. As autoridades judaicas, que lutavam contra Paulo, sustentavam que a justiça exigia uma santidade externa, a saber, a circuncisão e a observância das leis judaicas, como o dízimo. Paulo sustentou inflexivelmente que a verdadeira justiça vem de dentro para fora, através da fé. Ele afirma:
"Porque nele [o evangelho] a justiça de Deus é revelada de fé em fé; como está escrito: 'Mas o homem justo viverá pela fé.'" (Romanos 1:17).
Nesta passagem, Paulo deixa claro que "vivemos" a justiça de Deus quando abraçamos a Cristo através da fé e vivemos em obediência a Ele, crendo que Seus caminhos são para o nosso melhor. Como Hebreus afirma, não podemos agradar a Deus, a menos que creiamos que Suas recompensas são melhores do que as recompensas do mundo (Hebreus 11:6).
Paulo deixa claro em Romanos e Gálatas que quando fazemos escolhas para seguir nossos desejos carnais colhemos resultados carnais:
"Pois aquele que semeia para a sua própria carne colherá da carne a corrupção, mas aquele que semeia para o Espírito colherá do Espírito a vida eterna." (Gálatas 6:8).
Paulo deixa claro que temos a escolha quanto a quem obedecer. Se seguirmos o Espírito e andarmos nos caminhos de Deus, nosso coração estará limpo e faremos escolhas que levem às boas recompensas (o significado aqui de "vida eterna"). Porém, se seguirmos nossos apetites e prazeres, esses apetites se tornarão nosso mestre, resultando na corrupção do mundo (Tiago 1:14-15).
Paulo segue o ensinamento de Jesus, que reconhece que os seres humanos receberam o direito de escolher. Escolhemos em quem confiar, que perspectiva ter e que ações tomar. Tudo isso está interrelacionado. Tudo começa com as escolhas que fazemos em nossos corações. Jesus deixa claro que, se desejamos realmente viver de uma maneira digna do Evangelho, precisamos lidar com a nossa vida interior em primeiro lugar, pois a nossa vida interior flui para a nossa vida exterior:
"Pois assim como [uma pessoa] pensa dentro de si mesma, assim ela é." (Provérbios 23:7).