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Significado de Mateus 24:32-35
Os relatos paralelos do Evangelho quanto a este ensino são encontrados em Marcos 13:28-31 e Lucas 21:29-33.
Nesta parte do Discurso das Oliveiras de Jesus, Ele começa a responder à primeira pergunta dos discípulos: "Quando essas coisas acontecerão?" (Mateus 24:3).
Este discurso começou depois que os discípulos fizeram a Jesus três perguntas sobre eventos futuros, enquanto Ele estava sentado no Monte das Oliveiras, nos arredores de Jerusalém. Suas perguntas foram:
Jesus respondeu a essas perguntas em ordem inversa. Primeiramente, Jesus responde à terceira e segunda perguntas dos discípulos.
Inicialmente, sua primeira pergunta foi levantada em resposta à surpreendente declaração de Jesus de que "nenhuma pedra [do templo de Jerusalém] será deixada sobre outra, que não será derrubada" (Mateus 24:2). Mas os discípulos também parecem associar aquele evento cataclísmico com o retorno do Messias e o fim dos tempos. Sua associação dessas três coisas é observada em suas próximas perguntas.
Jesus diz que eles não precisariam de um sinal para saber quando Ele viesse, porque isso seria inevitavelmente aparente a todos (Mateus 24:27). Mas Ele também apresenta a Seus discípulos três eventos que serviriam como precursores, indicando que Seu retorno era iminente. Esses sinais eram: a Abominação da Desolação, descrita no livro de Daniel (Mateus 24:15); a Grande Tribulação (Mateus 24:21); e o escurecimento dos céus (Mateus 24:29). Esta foi Sua resposta à segunda pergunta deles. Jesus também afirmou que o fim não viria até que "este Evangelho do Reino [seja] pregado no mundo inteiro como testemunho a todas as nações" (Mateus 24:14).
No momento em que Jesus começa a responder Sua primeira pergunta sobre "Quando essas coisas acontecerão?", Ele não parece mais estar falando apenas sobre a destruição do templo. Em vez disso, Ele parece ter naturalmente ampliado "essas coisas" para incluir tudo o que havia dito anteriormente sobre o fim dos tempos e Seu retorno. Os discípulos aparentemente assumiram que aquilo estaria conectado à destruição do templo. Em resumo, ao longo da conversa, o escopo da primeira pergunta se expandiu da data da destruição do templo para o tempo do retorno de Cristo, bem como o fim dos tempos.
Jesus começou a responder à primeira pergunta sobre quando o fim dos tempos ocorreria com uma pequena parábola:
“Agora aprenda a parábola da figueira: quando seu galho já se tornou macio e apresenta suas folhas, você sabe que o verão está próximo.”
A mudança das folhas de uma árvore é a forma usada pela natureza para indicar que uma mudança na estação está se aproximando. Jesus usou a figueira como Seu exemplo. Ele possivelmente usou a figueira porque estava sentado no Monte das Oliveiras (Marcos 13:3), onde as figueiras estavam presentes. Jesus havia amaldiçoado uma figueira perto deste mesmo local alguns dias antes, a caminho de Jerusalém por não ter nenhum fruto, apesar de ter bastante folhas (Mateus 21:19). A aldeia vizinha de Betfagé significa "casa do figo imaturo", indicando que as figueiras eram abundantes naquela área. A figueira também passa por vários ciclos ao longo do ano.
Por ser Páscoa (início/meados da primavera), os galhos das figueiras já estavam macios e soltando suas folhas, ou prestes a fazê-lo. Os Ramos tenros significam um novo crescimento. Isso ocorre durante o crescente calor da primavera. Qualquer pssoa que visse os galhos tenros da figueira reconheceria instantaneamente e saberia que o verão, embora ainda não tivesse chegado, estava próximo.
Usando este exemplo visível e simples para falar sobre as mudanças da natureza, Jesus diz a Seus discípulos: Vocês também, quando virem todas essas coisas, reconheçam que Ele está próximo.
A frase Todas essas coisas refere-se, especialmente, aos três sinais que Jesus deu ao período que precederia Sua vinda - a Abominação da Desolação, a Grande Tribulação e o Escurecimento do Céu. Todas essas coisas também poder incluir o aumento das dores de parto (o aumento de guerras e desastres naturais - Mateus 24:7; perseguições - Mateus 24:9-10; e a iniquidade - Mateus 24:12).
Jesus queria que Seus discípulos soubessem que a vinda do Messias estava próxima quando vissem esses eventos, da mesma forma que conseguiam notar que o verão estava próximo ao notarem os galhos tenros e as folhas novas de uma figueira.
Para enfatizar, Jesus acrescentou a expressão Às portas. Isso indica que todas aquelas coisas ocorreriam praticamente no instante anterior à sua aparição.
Assegurando aos discípulos a Sua autoridade divina, Jesus diz: Em verdade vos digo que esta geração não passará até que todas estas coisas aconteçam.
Há duas maneiras de fazer essa previsão. Uma delas é que a geração que ouviu aquela profecia a veria cumprida. Isso é implausível por algumas razões. Primeiro, Jesus diz que aquilo nunca havia ocorrido antes, nem nunca aconteceria outra vez (Mateus 24:21). Muitas coisas horrendas ocorreram durante os quarenta anos depois que Jesus disse isso, mas é difícil dizer que foram as piores de todos os tempos. Além disso, Jesus disse "daquele dia e hora, ninguém sabe, nem mesmo os anjos do céu, nem o Filho, mas somente o Pai" (Mateus 24:36). Esta afirmação parece estar em desacordo com a interpretação de que o cumprimento desta profecia ocorreria dentro de quarenta anos. Além disso, é provável que poucas pessoas realmente tenham ouvido a esta profecia durante aquela geração. O Cristianismo se espalhou, mas ainda era uma pequena fração de pessoas no final da primeira geração depois de Jesus.
O que Jesus provavelmente quis dizer com Esta geração era a geração que veria esses sinais. A geração que visse os sinais seria a geração que visse o Evangelho do Reino sendo pregado (Mateus 24:14). Portanto, esta pode ser apenas a primeira geração que ouviu plenamente a profecia.
A geração que vir os sinais não passará até que Cristo retorne, e o fim dos tempos virá. Como Jesus disse sobre os sinais, quando um galho de figueira já se tornou macio e apresenta folhas, sabe-se que o verão está próximo; assim, também, quando virdes todas essas coisas, reconheceis que Ele está perto, às portas. Aqueles que virem esses sinais saberão que sua geração não passará antes que tudo seja cumprido. Até lá, o momento será irreconhecível.
Jesus, então, diz que o Céu e a Terra passarão, mas as Minhas palavras não passarão. Já que Jesus era Deus, o Criador e Governante do Céu e da Terra, o que Ele estava predizendo (o fim do Céu e da Terra) era uma declaração apropriada.
"A grama murcha, a flor se desvanece, mas a palavra do nosso Deus permanece para sempre." (Isaías 40:8).
A palavra de Deus é mais duradoura do que qualquer coisa (Isaías 55:11).
Jesus continua Sua resposta à pergunta dos discípulos: "Quando serão essas coisas?" na próxima seção.