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Significado de Mateus 4:23-25
Mateus volta à macro-história outra vez após esses eventos e nos dá um relato geral do ministério público de Jesus. Jesus andava por toda a Galiléia. Suas viagens ocorreram na região da Galiléia, que se estendia da costa oeste às montanhas e cidades do distrito. Seu ministério incluía o ensino e curas. Jesus ensinava nas assembleias locais e lugares de encontro chamados sinagogas. Não sabemos muito a respeito da origem das sinagogas, mas muitos acreditam que começaram com os judeus trazidos a Israel após o exílio da Babilônia. As sinagogas eram o domínio dos fariseus, que as usavam como centros de cultura e adoração judaicas.
Os fariseus buscavam manter uma vibrante identidade judaica através da Lei. Todos os Shabats, os manuscritos da lei eram lidos e expostos por um mestre, ou rabino. Todas as cidades tinham pelo menos uma sinagoga, algumas tinham mais que uma (a tradição judaica nos relata que onde quer que dez homens judeus morassem, lá seria criada uma sinagoga. Esta tradição assumiria um importante papel de alfabetização do povo).
Para que pudesse ensinar em uma sinagoga, Jesus tinha que ter sido convidado pelo cabeça da mesma. Sabemos através de Lucas 2:41-52 que, mesmo quando garoto, Jesus possuía um conhecimento fantástico das escrituras. Agora, com trinta anos de idade, Jesus havia crescido ainda mais em sabedoria e conhecimento. Ruínas de sinagogas antigas são observadas tanto na parte antiga de Cafarnaum, tanto como ao redor das vilas de Corazim e Magdala.
A mensagem que Jesus ensinava nas sinagogas e proclamava para além dos muros da cidade era o Evangelho do Reino. A palavra “evangelho” significa “boas notícias”. As Boas Notícias diziam respeito ao mundo espiritual, mas também ao político. Elas diziam respeito ao Reino (dos Céus). A palavra reino era uma palavra política. Céu era uma palavra espiritual. Jesus estava anunciando a chegada do Reino e descrevendo como ele era. Era algo bom, diferente de tudo o que as pessoas haviam ouvido antes. Elas ficavam “maravilhadas por Seu Ensino; pois Ele as ensinava com autoridade, não como os escribas” (Mateus 7:28, 29).
Para além do Ensino e da proclamação do evangelho do Reino, Jesus também curava todos os tipos de enfermidades e doenças entre as pessoas. Pessoas que sofriam de aflições físicas (enfermidades, dores, epilepsia, paralisia) e espirituais (ações demoníacas) eram libertas. Ele simplesmente curava as pessoas com Seu poder miraculoso, como nenhum médico conseguia fazer. Esses milagres demonstravam a autoridade divina com a qual Ele ensinava. Eles eram sinais que testificavam da verdade de quem Jesus dizia ser.
Conforme ensinava e curava, as boas notícias a Seu respeito se espalhavam por toda a Síria. A Síria era uma região predominantemente gentílica ao norte da Galiléia. A atual fronteira entre Israel e Síria está a 25 quilômetros das praias da Galiléia. Sua capital é Damasco, situada a aproximadamente oitenta quilômetros de lá.
Na medida em que as boas-novas dos ensinos e milagres de Jesus se espalhavam por toda a Síria, as pessoas traziam a Ele todos os doentes, os que sofriam de várias enfermidade e dores, endemoninhados, epilépticos, paralíticos, e Ele os curava a todos. Conforme isso se espalhava, as notícias chegavam cada vez mais longe, e mais e mais gente O seguia, não só da Galiléia, mas também de Decápolis.
Decapolis vem da palavra grega “deca”, significando “dez”, e “polis”, significando “cidade”. Havia dez cidades gregas, duas no que agora é Israel e oito na Jordânia e Síria modernas. A cidade de Hipas, uma das dez, estava localizada numa colina a leste da Galiléia. A partir dos relatos bíblicos, as pessoas vinham das dez cidades, bem como de várias outras vilas além do Jordão (a leste e ao norte). As notícias sobre Jesus haviam se espalhado de tal forma que muitos peregrinos que viajavam para vê-Lo vinham de Jerusalém, a capital, localizada quase 180 quilômetros ao sul, bem como da Judéia (sul de Israel, incluindo a região no entorno de Jerusalém).
As pessoas vinham a Jesus com várias doenças e dores, coomo também com enfermidades espirituais, tais como possessões demoníacas. E Jesus os curava a todos. Algums afirmam que descrição geográfica dos lugares de onde as pessoas vinham par serem curadas por Jesus poderia ser definida em um raio de 350 quilômetros da Galiléia. Grandes multidões começaram a segui-Lo. É interessante notar que Decápolis, bem como a área para além do Jordão, eram habitadas por povos gentios. Jesus estava ensinando e proclamando o evangelho do Reino nas sinagogas judaicas a um púnlico judeu. Porém, Ele curava a todos os que vinham até Ele, incluindo gentios. Tal atitude quebrou um protocolo normal para um rabino judeu, que estava exclusivamente focado no ensino aos judeus, ou a gentios convertidos ao Judaísmo. Os rabinos tipicamente evitavam interagir com os gentios sempre que podiam.