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Significado de Mateus 6:24

Jesus ensina que as pessoas não podem amar a Deus e as riquezas. Elas devem escolher um ou outro. Podemos fazer o que Deus ordena, que é servir e amar ao próximo, ou podemos amar as riquezas e seguir suas ordens. Será um ou outro. Não podem servir aos dois.

Jesus compartilha um importante princípio. Da mesma forma que um escravo só poderia ter um único senhor, assim é com nosso coração. Ninguém pode servir a dois senhores. Nosso coração só consegue obedecer a um senhor por vez.

Sempre que um servo, ou um coração, possui dois senhores que dão ordens, ele será capaz de obedecer apenas a um deles. Jesus ilustra isso usando uma declaração reversa (como o quiasmo): Ou há de aborrecer a um (o primeiro senhor) e amar ao outro (o segundo senhor) ou há de unir-se a um (o segundo senhor) e desprezar ao outro (o primeiro senhor). O servo não consegue servir e devotar-se  a ambos. Ele não conseguirá amar a ambos. O servo seguirá a um ou a outro.

Jesus, então, identifica os dois senhores. Não podeis servir a Deus e as riquezas. Somente um dos senhores estará no controle das nossas vidas. Este é um princípio que mostra o quão vital é termos olhos que veem a luz da verdade (v.22).

Se Deus é nosso senhor, nós O amaremos e nos devotaremos a Ele. Buscaremos agradá-Lo. Como Jesus, desprezaremos tudo que nos impeça de agradá-Lo (Hebreus 12:2). E isso inclui a opressão, a ridicularização, a vergonha e a perseguição daqueles que tentam impor sobre nós o seu senhorio. Se Deus é nosso senhor, nossa principal preocupação não será a de ajuntar riquezas nesta terra. Iremos desprezar a avareza para seguirmos a Deus. Seremos mordomos generosos e sábios em relação às riquezas que Ele coloca em nossas mãos. Ao invés de ajuntar riquezas na terra e confiar que elas nos trarão realização, nós as investiremos no céu, onde está o nosso coração.

Se a riqueza for senhor sobre nós, nosso foco estará nela e nos devotaremos às suas ordens. Seremos consumidos na busca e acumulação de riquezas. A avareza será nosso senhor, um senhor que jamais fica satisfeito. Este princípio está claramente exposto no Antigo Testamento: “Quem ama a prata não será saciado pela prata; nem o que ama a riqueza, pelo ganho; também isso é vaidade” (Eclesiastes 5:10). A avareza gerada pela riqueza (um dos senhores deste mundo e seus reinos) está em direta oposição a Deus e Seu Reino.

Se o desejo de possuir riquezas for nosso senhor, odiaremos a Deus e Suas ordens para amar e servir ao próximo. Ao invés de usarmos as riquezas  que Deus põe em nossas mãos para aumentar Seu Reino e abençoar ao próximo (e, de acordo com os ensinamentos de Jesus, abençoar a nós mesmos), nós nos levantaremos contra Deus e buscaremos construir o nosso próprio reino. Quando temos as riquezas como senhor, somos conduzidos à desarmonia social e à injustiça. Sempre que comparamos nossas riquezas com a de outros, as comparações nunca irão cessar. Buscaremos formas de pisar nos outros para elevar-nos a nós mesmos. Como diz o apóstolo Paulo a Timóteo: “Pois o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, cobiçando-o, se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1 Timóteo 6:10).

Novamente, vemos que a questão crucial aqui tem a ver com o coração e aquilo que ele ama. Podem haver dois (ou mais) senhores nos dando ordens, mas o servo só pode escolher um deles. Sempre que nossos desejos estiverem em conflito, nosso coração seguirá aquilo que ama.

Ao dizer a Seus discípulos que eles não poderiam servir a Deus e as riquezas, Jesus está perguntando: A qual desses dois senhores vocês irão amar? A qual irão desprezar? É como um eco de Josué 24:15: “Escolhei hoje a quem haveis de servir”. Jesus estava falando com Seus discípulos, Seus seguidores. Jesus não estava falando sobre como nascer na família de Deus. Aquele público já tinha a Deus como seu Pai. Jesus, portanto, os ensinou como escolher bem as persepctivas e ações que conduzem a maiores bênçãos. A escravidão à riqueza, claramente, não é algo que nos fará bem.

A apóstolo Paulo nos mostra um outro benefício quando não temos as riquezas como senhor. Nós aprendemos a estar satisfeitos (Filipenses 4:11-13). Quando paramos de nos comparar com os outros, podemos apreciar o que temos e romper as correntes do senhor do “mais”.

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