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Significado de Mateus 6:33
Cristo apresenta um princípio e uma direção clara a ser seguida por Seus discípulos. No contexto e na linguagem usada por Ele em relação à “plataforma do Seu Reino”, Sua direção era vibrante e poderosa. Ela é quase tão concisa quanto o resumo da ética cristã relacionada aos dois grandes mandamentos. A diretiva é a seguinte: “Buscai primeiramente o seu reino e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.”
Temos aqui a repetição da mensagem central apresentada pelas Bem-Aventuranças, a parte central do quiasmo, D e D’, na sequência A, B, C, D, D’, C’, B’, A’ (ver comentário sobre Mateus 5:3-10).
D. Bem-aventurados os que têm fom e e sede de justiça, pois eles serão fartos.
D’. Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.
Mateus 6:33 é uma repetição deste princípio do Reino, desta vez aplicada à atitude correta do coração em relação às posses materiais. Há uma promesa chave aqui de que todas essas coisas serão acrescentadas caso os discípulos se dispusessem a obedecer às ordens de Jesus. Ele não diz que todas essas coisas vos serão acrescentadas no tempo e da maneira que eles queriam. Porém, buscar a Sua justiça era a parte que os preparava para apreciar todas essas coisas, porque esta atitude nos liberta da escravidão do dinheiro (Mateus 6:24).
Sua diretiva tem um duplo objetivo: 1) buscar em primeiro lugar o Seu Reino; 2) e a Sua justiça. Uma promessa é anexada à diretiva do Reino: todas essas coisas vos serão acrescentadas.
A primeira parte da diretiva do Reino é buscá-lo exclusiva e continuamente. Os discípulos de Cristo devem ser zelosos em aplicar todos os seus esforços para encontrar, entrar e participar do Reino como sua prioridade número um. Isso deveria ser seu primeiro propósito na vida. Eles não devem dar a prioridade a seus próprios reinos no contexto deste mundo. Os reinos deste mundo não têm importância alguma em comparação ao Reino do Messias. Os reinos deste mundo não têm recompensa a oferecer aos seguidores de Cristo.
A segunda parte da diretiva do Reino é: “Buscar a sua justiça”. A justiça significa o alinhamento e a harmonia com os padrões de Deus. Sua justiça significa o alinhamento com os padrões do Seu Reino. Os discípulos de Jesus deveriam buscar estar alinhados e harmonizados com as regras do Reino de Deus e as ordens de Jesus.
Eles não deviam buscar se harmonizar com as demandas dos reinos deste mundo. Lembremo-nos das palavras de Jesus alguns versículos antes: “Ninguém pode servir a dois senhores (Mateus 6:24). Ninguém é capaz de reconciliar duas harmonias opostas. Ninguém consegue obter a Sua justiça e refletir o Seu Reino e, ao mesmo tempo, tentar harmonizar-se com os padrões dos reinos deste mundo.
A diretiva do Messias de buscar a Sua justiça é similar ao comando do apóstolo João a seus seguidores, seus “filhinhos”: “Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1 João 2:15). João registra o texto na negativa, indicando o que não devemos buscar ou amar: o mundo. Jesus compartilha o lado positivo deste comando. Ele nos diz para buscar primeiro, acima de tudo, o Seu Reino e a Sua justiça.
A busca por Seu Reino e Sua justiça fazem parte das três coisas que conseguimos controlar. Todas as três envolvem a idéia de confiança, perspectiva e ação. A busca pelo Reino de Deus demanda confiança em Deus, escolha da Sua perspectiva (Mateus 5:3-12) e ação em relação àquilo que Ele ordena. Podemos escolher muitas perspectivas terrenas, muitos reinos terrenos e muitos bens terrenos, mas todos eles, ao final, irão se perder (Eclesiastes 2:17). Quando buscamos os tesouros da terra, não temos garantia de que iremos desfrutar deles, nem mesmo se eles irão durar (Mateus 6:19). Paradoxalmente, se vivermos pela fé e seguirmos a Cristo, buscando Seu Reino e Sua justiça, encontraremos o melhor tesouro (Jeremias 29:13; Mateus 7:7, 8).
Se seguirmos esta diretiva simples, porém tão poderosa, Jesus promete que todas essas coisas vos serão acrescentadas. O que são todas essas coisas? No contexto imediato, todas essas coisas incluem nossas necessidades físicas (nosso pão diário) e nossas necessidades espirituais (misericórdia e perdão). Jesus já havia incluído na Oração do Pai Nosso o reconhecimento da nossa dependência física e espiritual de Deus (Mateus 6:11, 13). No contexto geral do Sermão da Montanha, todas essas coisas podem também incluir as recompensas da honra e da posição dentro do Seu Reino eterno (Mateus 5:12; 6:1-6; 16-18).
Se buscarmos nosso reino, como o mundo nos ensina, perderemos o Seu Reino e a Sua justiça. Perderemos a harmonia com o Rei. Perderemos as recompensas eternas que nosso Pai Celestial reservou para os fiéis. Trocaremos as recompensas de Deus pelas guerras e prêmios passageiros da terra. Em outras palavras, perderemos os grandes benefícios do Seu Reino no tempo presente e arriscaremos perder as recompensas reservadas a nós no futuro.
É encorajador ver que Jesus nos instrui a buscar em primeiro lugar. Jesus entende nossas limitações. Ele compreende nossas fragilidades. Ele nos pede para investir nossos esforços em buscar o Seu Reino e a Sua justiça. Ele recompensa os nossos esforços e prioridades. Isto nos dá a esperança de que nosso Pai Celestial recompensará até mesmo os nossos esforços amadores e atabalhoados, da mesma maneira que um pai natural recompensa o desenho amador do filho colocando o papel na geladeira para todos verem.