Neemias ouve falar da angústia de seu povo em Jerusalém e decide agir.
Em Neemias 1:1-3, encontramos Neemias, apresentado como "Palavras de Neemias, filho de Hacalias". Aconteceu no mês de quisleu, no vigésimo ano, enquanto eu estava em Susã, a capital (v. 1). Historicamente, Neemias está servindo durante meados do século V a.C., e o vigésimo ano aqui se refere ao reinado do rei persa Artaxerxes I, por volta de 445 a.C. Susã, localizada no atual sudoeste do Irã, era uma cidade central usada pelos governantes persas como residência de inverno. A linhagem de Neemias — ele é filho de Hacalias — o coloca no contexto da comunidade judaica que ainda estava dispersa depois que os exilados que retornavam começaram a restabelecer sua terra natal.
O relato de Neemias prossegue observando que Hanani, um dos meus irmãos, e alguns homens de Judá vieram; e eu os interroguei sobre os judeus que haviam escapado e sobrevivido ao cativeiro, e sobre Jerusalém (v. 2). Nesse momento, Neemias demonstra sua preocupação com seu povo e com a terra de Judá, que havia sofrido a conquista e a longa sombra do domínio babilônico. Embora alguns judeus tivessem retornado sob decretos anteriores, as lutas persistiam. A indagação de Neemias demonstra um profundo senso de responsabilidade pelo bem—estar daqueles que haviam sobrevivido; ele busca saber a situação atual deles e a condição de sua amada cidade, Jerusalém.
As palavras carregam uma resposta séria: Disseram—me: Os sobreviventes do cativeiro que ficaram na província estão em grande angústia e opróbrio, e o muro de Jerusalém está derribado, e as suas portas, queimadas a fogo (v. 3). Os muros de Jerusalém, outrora um símbolo de força e honra, ainda estão em ruínas. Esta descrição não apenas enfatiza o dano físico, mas também destaca o fardo emocional e a desgraça que se abateram sobre o povo. Os outrora orgulhosos portões da cidade foram queimados, deixando o remanescente exposto e vulnerável. Esta notícia desencadeia o início da resposta sincera e fervorosa de Neemias, preparando o cenário para a reconstrução tanto dos muros quanto da fé, o que prenuncia a obra suprema de restauração de Cristo (ver João 10:10).
Neemias 1:1-3
1 Palavras de Neemias, filho de Hacalias. Sucedeu no mês de quisleu, no ano vinte, quando eu estava no castelo de Susa,
2 veio Hanani, um de meus irmãos, com alguns homens de Judá e perguntei-lhes a respeito dos judeus que tinham escapado, os restos do cativeiro, e a respeito de Jerusalém.
3 Eles me responderam: Os restos que ficaram do cativeiro lá na província estão em grande aflição e opróbrio. Os muros de Jerusalém estão demolidos, e as suas portas, consumidas do fogo.
Neemias 1:1-3 explicação
Em Neemias 1:1-3, encontramos Neemias, apresentado como "Palavras de Neemias, filho de Hacalias". Aconteceu no mês de quisleu, no vigésimo ano, enquanto eu estava em Susã, a capital (v. 1). Historicamente, Neemias está servindo durante meados do século V a.C., e o vigésimo ano aqui se refere ao reinado do rei persa Artaxerxes I, por volta de 445 a.C. Susã, localizada no atual sudoeste do Irã, era uma cidade central usada pelos governantes persas como residência de inverno. A linhagem de Neemias — ele é filho de Hacalias — o coloca no contexto da comunidade judaica que ainda estava dispersa depois que os exilados que retornavam começaram a restabelecer sua terra natal.
O relato de Neemias prossegue observando que Hanani, um dos meus irmãos, e alguns homens de Judá vieram; e eu os interroguei sobre os judeus que haviam escapado e sobrevivido ao cativeiro, e sobre Jerusalém (v. 2). Nesse momento, Neemias demonstra sua preocupação com seu povo e com a terra de Judá, que havia sofrido a conquista e a longa sombra do domínio babilônico. Embora alguns judeus tivessem retornado sob decretos anteriores, as lutas persistiam. A indagação de Neemias demonstra um profundo senso de responsabilidade pelo bem—estar daqueles que haviam sobrevivido; ele busca saber a situação atual deles e a condição de sua amada cidade, Jerusalém.
As palavras carregam uma resposta séria: Disseram—me: Os sobreviventes do cativeiro que ficaram na província estão em grande angústia e opróbrio, e o muro de Jerusalém está derribado, e as suas portas, queimadas a fogo (v. 3). Os muros de Jerusalém, outrora um símbolo de força e honra, ainda estão em ruínas. Esta descrição não apenas enfatiza o dano físico, mas também destaca o fardo emocional e a desgraça que se abateram sobre o povo. Os outrora orgulhosos portões da cidade foram queimados, deixando o remanescente exposto e vulnerável. Esta notícia desencadeia o início da resposta sincera e fervorosa de Neemias, preparando o cenário para a reconstrução tanto dos muros quanto da fé, o que prenuncia a obra suprema de restauração de Cristo (ver João 10:10).