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Significado de Números 11:31-35

Depois que os setenta homens foram comissionados, o SENHOR atende ao desejo do povo por carne. Ele faz com que um vento trouxesse inúmeras codornas ao acampamento israelita para fornecer-lhes carne. Como vemos, isso foi uma bênção e uma maldição, porque não apenas o SENHOR respondeu ao pedido do povo, mas também os julgou por sua falta de gratidão, enviando uma praga sobre eles através da carne.

A queixa das pessoas no início deste capítulo era que elas não tinham carne para comer. Elas tinham apenas o maná, do qual estavam cansados. Em resposta, saiu um vento do Senhor e trouxe codornas do mar (v. 31). A palavra "vento" aqui é a mesma palavra "Espírito" nos versículos 17 e 26. O SENHOR usou o "vento" ("ruah") para atender à necessidade do povo de carne em sua dieta e o SENHOR usou o "Espírito" ("ruah") para dar poder a Moisés e aos setenta, para que pudessem lidar com o povo e suas necessidades.

O fato de vento vir do mar era algo incomum, já que as codornas (muito provavelmente as codornas europeias, conhecidas por migrar através da península do Sinai) geralmente voavam para o nordeste da África central. Fazê-las voar "do mar" significava que o vento veio do sudeste (Salmo 78:26-28), do Golfo de Aqabah e do noroeste, através do Sinai. Este foi um evento altamente incomum, sem dúvida, uma obra milagrosa do Senhor.

Quando as codornas chegaram ao acampamento, o SENHOR as fez cair ao lado do acampamento, cerca de um dia de viagem deste lado e um dia de viagem do outro lado. Isso significava que o número de codornas cobriam o chão por quilômetros ("um dia de viagem") em todas as direções. A cobertura de codornas estava em todo o acampamento e cerca de dois côvados de profundidade na superfície do solo.

Um "côvado" tinha cerca de 46 cm, fazendo com que a camada de pássaros ficasse em torno de três metros. Alguns entendem que as codornas voavam a três metros do chão e as pessoas as abatiam no ar. Outros entendem que as pilhas de codornas no chão chegavam a três metros. O texto em hebraico é ambíguo quanto à forma como isso aconteceu.

O que quer que isso signifique, o povo passou todo o dia, toda a noite e todo o dia seguinte, e reuniu as codornas (v. 32). As pessoas, ao que parece, estavam obcecadas em coletar o máximo de codornas que pudessem, porque foi o que fizeram durante dois dias e duas noites. Em seu esforço ganancioso, aquele que menos coletou, reuniu dez homers. “Dez homers” equivalia a sessenta alqueires. Eram muitas codornas! Dado o número de pessoas que recolheram as codornas, a quantidade de codornas disponíveis deve ter sido algo impressionante. Em seu orgulho, eles os espalharam por todo o acampamento para se exibir e se gabar do que haviam acumulado.

Antes, no Monte Sinai, o povo havia se envolvido em uma orgia pagã (Êxodo 32). Agora, participam de uma orgia da gula. A cena era das pessoas se empanturrando de carne de codorna. No entanto, algo aconteceu enquanto a carne ainda estava entre os dentes, antes de ser mastigada (v. 33). As frases “enquanto a carne ainda estava entre os dentes” e “antes de ser mastigada” indicam que as pessoas mal tinham começado a comer a carne das codornas. Elas não foram capazes de desfrutá-las antes que a ira do Senhor se acendesse contra o povo.

O versículo seguinte (v. 34) afirma a razão pela qual o SENHOR estava irado — o povo "ardeu em desejo". A ganância e o egocentrismo não eram características que o SENHOR desejava para Seu povo. Em vez disso, Ele desejava que eles confiassem Nele, em obediência humilde, e amassem ao próximo como a si mesmos (Levítico 19:18).

O resultado da ira do SENHOR foi: O Senhor atingiu o povo com uma praga muito severa. A natureza da "praga" não é dada aqui. Independentemente do qu tenha sido, a peste resultou na morte de muitas pessoas.

Como resultado da morte de tantas pessoas por conta da praga, o nome daquele lugar foi chamado Quibrote-Hataava (v. 34). Este nome significa "túmulos do desejo". A localização deste lugar é desconhecida e recebeu esse nome porque ali enterraram as pessoas que tinham sido gananciosas. Talvez as pessoas mortas ali fossem as mesma que estavam obcecadas em coletar todas as codornas que pudessem apenas para si, as mais ansiosas em consumi-las.

SENHOR parecia não querer que Seu povo desejasse as coisas terrenas como sua prioridade máxima. Jesus nos ensina que, se desejarmos seguir aos Seus caminhos, alcançaremos muitas coisas deste mundo (Mateus 6:33). Romanos nos diz que a ira de Deus é derramada sobre qualquer um que cobice, concedendo-lhes o que eles desejam. Porém, tudo acaba sendo uma maldição e não uma bênção (Romanos 1:24,, 2628).

O SENHOR deseja que O amemos e desejemos Sua graça, não o mundo (1 João 2:15). Deus nos ama e busca sempre o nosso melhor. Ele deseja que tenhamos vida e a tenhamos em abundância (João 10:10). Seguir aos Seus caminhos nos leva à vida. O mundo nos atrai a seguir aos seus caminhos, mas eles sempre nos levam à morte (Romanos 6:23).

Após o fracasso em Quibrote-Hataava, o povo partiu para Hazerote, e lá permaneceram (v. 35). A localização exata de Hazerote é desconhecida, mas é a localização onde os eventos do capítulo seguinte ocorreram (Ver Mapa).

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