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Significado de Números 1:20-46
O material desta seção do capítulo é bastante repetitivo. O registro de cada tribo é composto de dois versos. A redação usada para descrever o número de homens qualificados em cada tribo é praticamente idêntica. O número no final de cada registro tribal era o número de jovens que serviriam como soldados durante a batalha ao longo da jornada no deserto.
A apresentação de cada tribo é a seguinte:
- Dos filhos de [nome da tribo]
- Seu registro genealógico por família;
- Por famílias dos pais
- De acordo com o número de nomes
- A partir dos vinte anos
- Quem podia sair para a guerra
- O número de homens de cada tribo [nome tribal] era [número de homens].
Este processo produziu um registro de homens de combate disponíveis. Sua localização era conhecida, com base em sua conexão familiar. Cada tribo acampava junto a outras, de modo que cada pessoa seria facilmente localizada. O objetivo era criar-se um registro escrito dos que eram capazes de sair para a guerra em nome de Israel.
A conclusão e o resumo do censo encontram-se nos versículos 44 a 46.
A seguir apresentamos uma tabela do número de homens de cada tribo qualificados para servir nas forças armadas.
A ordem das tribos aqui apresentada procura alinhar-se com a ordem do acampamento indicada em Números 2 e 3. Isso faz sentido, já que parte da utilidade do censo seria a capacidade de localizar a cada soldado. Esta seria uma razão natural para que o censo seguisse as linhagens familiares, já que as pessoas acampavam de acordo com sua filiação tribal. A lista começa no sul, com os acampamentos de Rúben, Simeão e Gade. Em seguida, segue para o leste, com Judá, Issacar e Zebulom. Em seguida, se dirige ao oeste, com Efraim, Manassés e Benjamim. E, finalmente, para o norte, com Dã, Aser e Naftali. Levi fica de fora da lista, pois estava isenta do serviço militar. Assim, há doze tribos numeradas, já que os dois filhos de José, Efraim e Manassés, eram numerados como uma só tribo.
(See Chart)
Rúben é o primeiro da lista e é chamado de primogênito de Israel. Rúben e Simeão eram os dois filhos mais velhos de Jacó com sua esposa Lia (Gênesis 29:31-33). Levi era o terceiro filho de Jacó com sua esposa Lia, mas não é listado aqui porque os levitas estavam isentos de servir como soldados no exército (Números 1:47-54). Lia teve seis filhos ao todo. Os outros seis filhos de Jacó nasceram de mães diferentes, dois cada da segunda esposa de Jacó, Raquel, Zilpa (serva de Lia) e Bila (serva de Raquel). Os relatos desses nascimentos podem ser encontrados em Gênesis 29, 30 e 35. O filho de Raquel, José, teve dois filhos que se tornaram tribos, Efraim e Manassés.
Os versículos 44 a 46 resumem o censo que listou os que foram contados, que Moisés e Arão contaram. Isso forneceu aos líderes de Israel um censo completo e por escrito das tropas militares disponíveis entre as doze tribos, juntamente com sua localização, já que as famílias acampavam junto às suas tribos (Números 2-3). Essas tribos eram numeradas com os líderes de Israel, doze homens. Cada uma das doze tribos tinha um líder que lideraria a tribo nas batalhas. A frase “as suas gerações, pelas suas famílias, pelas casas de seus pais” indica que cada líder pertencia à tribo à qual lideravam, alguém em quem a tribo conhecia e confiava. Isso foi feito exatamente como o Senhor lhes ordenara.
O resultado foi que “todos os homens numerados dos filhos de Israel pelas famílias de seus pais, a partir dos vinte anos de idade” podiam “sair para a guerra” em Israel. Isso indicava que homens capazes, com vinte anos ou mais, eram elegíveis para o serviço militar, exceto os da tribo de Levi. Estes eram os homens de Israel capazes de “sair para a guerra”.
O número total de homens era de 603.550. Se adicionarmos os outros membros da sociedade israelita (mulheres e os inaptos ao dever militar), o número total de israelitas provavelmente chegaria aos dois milhões, possivelmente muito mais. Alguns acreditam que este número parece grande demais e questionam a tradução ou a interpretação. A palavra traduzida como "mil" também pode ser traduzida como "família" ou "clã" (ver Juízes 6:15 e 1 Samuel 10:19 para exemplos). Alguns sugerem que esta interpretação deva ser aplicada aqui.
Assim, no caso de Judá, a frase deveria ser interpretada como 74 famílias + 600 pessoas (o texto em hebraico registra "74 elefas e 600"). Se cada família (ou um "elefo") tivesse 100 membros, o número total de indivíduos na tribo de Judá seria de 7.400 + 600 indivíduos na tribo, totalizando 8.000 pessoas. Isso é significativamente menor do que o número literal de 74.600, conforme visto no v. 27.
Outros estudiosos dão sugestões diferentes, porém nenhuma delas parece se harmonizar com o texto. Assim, parece razoável tomarmos a palavra "eleph" como significando “mil”. Este censo é semelhante ao número de israelitas do sexo masculino pouco antes de saírem do Egito (Êxodo 12:37). Não há razão para pensar que o número tenha diminuído. A provisão milagrosa do Senhor para duzentas mil pessoas não difere materialmente da provisão milagrosa para dois milhões. O maná para dois milhões de pessoas pode ser pensado como um maná servido a uma mesma pessoa duas milhões de vezes. Em qualquer um dos casos foi algo milagroso. Setenta pessoas deixaram Israel para o Egito em Gênesis 46:27. Eles permaneceram no Egito por 430 anos antes de partirem para a Terra Prometida (Êxodo 12:40). A taxa de crescimento populacional necessária para se passar de 70 para 2 milhões em 430 anos é de cerca de 2,4% ao ano. Este é um número robusto, porém factível, já que a maior preocupação do Faraó era a fertilidade excessiva dos hebreus (Êxodo 1:12-16).