AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Números 6:1-12
A conhecida frase “Disse Jeová a Moisés” (v. 1) é usada novamente para introduzir um novo tópico. O SENHOR instruiu Moisés a falar aos filhos de Israel e dizer-lhes do que se tratava a próxima lei.
Essa lei dizia respeito à ocasião em que um homem ou mulher fizesse um voto especial (v. 2) chamado de “voto de nazireu”. A palavra “nazireu” vem de um verbo hebraico que significa "separar". Esse voto envolvia uma pessoa (homem ou mulher) que se voluntariava para se separar ou se dedicar ao Senhor. Era uma forma de alguém que não era sacerdote ser consagrado ao serviço do Senhor.
O voto de nazireu estabelecido em Números 6 e ra voluntário. A pessoa escolhia fazer esse voto. Além disso, o voto geralmente era por apenas um determinado período de tempo. No entanto, há dois exemplos no Antigo Testamento em que o voto foi para toda a vida. No caso de Sansão, Deus o designou para cumprir um voto de narizeu vitalício (Juízes 13:5). No caso de Samuel, sua nomeação foi prometida por sua mãe (1 Samuel 1:11).
No Novo Testamento, é possível que João Batista tenha feito um voto de narizeu por toda a vida, já que Jesus mencionou que ele "não comeria e beberia" alguns ítens específicos (João 11:18-19). Além disso, Paulo aparentemente fez um voto de nazireu por um período de tempo, pois raspou a cabeça quando o voto terminou (Atos 18:18). Alguns dos judeus crentes em Jerusalém também praticavam o costume do voto de narizeu, conforme demonstrado em Atos 21:23-24. Também é possível que Jesus tenha feito um voto de nazireu em parte, quando declarou que não beberia do fruto da videira até o dia em que Ele o bebesse de novo no Reino de Deus (Marcos 14:25).
Juntamente com o serviço dedicado ao Senhor, o voto de nazireu incluía três compromissos. Primeiro, a pessoa tinha que evitar beber qualquer bebida alcoólica, incluindo qualquer coisa associada à uva. A este respeito:
Em suma, todos os dias de sua separação ele não comerá nada do que é produzido pela videira, desde as sementes até a casca (v. 4). Qualquer produto da videira estava fora dos limites a todos os que fizessem o voto de nazireu. Uma vez que as uvas eram parte integrante da dieta diária em Israel, essa restrição criava uma lembrança contínua do voto e da separação ao Senhor.
O segundo compromisso exigia que o nazireu deixasse seus cabelos crescer, o que significava que todos os dias de seu voto de separação nenhuma navalha passará sobre sua cabeça (v. 5). A razão para isso era que ele deveria ser santo até que se cumprissem os dias pelos quais ele se separou do Senhor. A pessoa deveria deixar as mechas de cabelo em sua cabeça crescerem. Ser santo significava ser separado para um serviço especial, como no voto de nazireu.
Uma razão para não cortar o cabelo e deixá-lo crescer não nos é dada. Porém, assim como a abstenção dos produtos da uva, os cabelos compridos poderiam servir como um lembrete constante do voto. Além disso, com o tempo, podia ser um sinal visível para os outros de que a pessoa era fiel a seu voto.
O terceiro compromisso que a pessoa tinha que fazer era que todos os dias de sua separação com o Senhor ela não se aproximaria de uma pessoa morta (v. 6). Ela não deveria sequer se aproximar de um cadáver, porque isso o tornaria impuro (v. 7). Isso valia até para o pai ou mãe, para o irmão ou para a irmã, quando morressem. Assim, por mais trágico que fosse, aquele que fez o voto de nazireu não poderia sequer chegar perto de um familiar próximo morto durante o tempo do voto. Isso porque sua separação a Deus estaria em sua cabeça.
A pessoa tinha que se dedicar completamente a servir ao Senhor, até ao ponto de não cumprir suas obrigações na família em momentos de perda. Em vez disso, todos os dias de sua separação serão santo ao Senhor (v. 8). Como o nazireu era totalmente dedicado a servir ao Senhor e somente a Ele, ele ou ela tinha que se separar da família mesmo em momentos de luto.
Os versículos 9 a 12 explicam o que aconteceria se um nazireu se aproximasse inadvertidamente de um cadáver: “Se alguém morrer subitamente junto a ele, e ele contaminar a cabeça do seu nazireado” (v. 9). Em outras palavras, era possível que alguém que fizesse um voto de nazireu se aproximasse ou entrasse em contato com um cadáver acidentalmente, sem culpa.
Neste caso, o nazireu precisaria:
Neste momento, a pessoa deveria dedicar novamente ao Senhor seus dias como nazireu (v. 12). Para fazer isso, ele ou ela deveria trazer um cordeiro macho de um ano de idade para uma oferta de culpa. O cordeiro era uma oferta mais valiosa e necessária ao realizar uma "oferta de culpa". Isso parecia ser parte da oferta exigida no final do voto de nazireu (Números 6:13-15). Assim, o término do período de voto devido a um contato acidental com um cadáver deveria ser considerado o término do período do voto e um sacrifício antes do início de um novo período de voto deveria ser apresentado.
Mesmo que o fim prematuro do voto tenha sido restaurado através da oferta, ainda assim os dias anteriores serão nulos porque sua separação foi contaminada. Em outras palavras, o tempo do voto começaria de novo - o tempo do voto anterior não seria mais considerado como parte do período do voto.
Uma coisa a notar sobre esta seção é a ênfase nos cabelos. Se um nazireu fosse contaminado por chegar perto de um cadáver, seus cabelos deveriam ser cortados e o processo de crescimento recomeçava assim que ele ou ela era purificado e reconsagrado. Isso mostra a importância dos cabelos durante a época de um voto de nazireu.