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Significado de Filipenses 3:8-11

Paulo considera sem sentido as práticas religiosas e os costumes em comparação com o valor de servir a Jesus Cristo por meio da obediência e da fé. Seguir a Lei Judaica não torna ninguém justo aos olhos de Deus; somente a fé em Cristo faz isso. Porém, a vida é mais do que simplesmente nascer na família de Deus. Há uma recompensa futura para os crentes que abrem mão das preocupações mundanas, que vivem a mentalidade de um servos de Cristo, obedecendo-O, mesmo que isso signifique perder tudo, até mesmo morrer por Ele, assim como Ele morreu pelo mundo. Paulo deixa claro que vale a pena abrir mão de tudo para ganhar essa recompensa.

Paulo escolheu adotar a mesma atitude que Jesus adotou quando veio à terra (Filipenses 2:5-10). Jesus abriu mão de Sua posição de conforto e privilégio para se tornar servo de todos, em obediência a Seu Pai. Paulo abriu mão de sua posição como autoridade religiosa para se tornar um servo de Cristo. Suas credenciais judaicas eram um meio de "ganho"; os líderes religiosos judeus tinham privilégios e riquezas (3:7). No entanto, por causa da nova perspectiva adotada por Paulo, ele não mais via essas coisas como benéficas. Elas eram, na verdade, um obstáculo no caminho do que realmente importava - viver em obediência e conhecer a Deus por meio de uma caminhada de fé.

Jesus aprendeu a obediência até a morte na cruz, obedecendo a Seu Pai em todas as coisas e de todas as maneiras. Jesus confiou na benevolência de Seu Pai e obedeceu-O plenamente, até a morte. Como resultado, Ele foi exaltado e Seu nome foi elevado acima de todo nome. Paulo desejava seguir essa mesma abordagem. Todas as credenciais e coisas terrenas que costumavam ser "ganhos" para ele, ele "conta como perda por causa de Cristo" (v. 7). Paulo abriu mão dos privilégios terrenos para se tornar um servo de Cristo. O "amor a Cristo" é seguir a vontade de Cristo.

Jesus expressou Sua vontade diretamente a Paulo no caminho de Damasco e através de Ananias, a quem Jesus disse: "Vai, porque ele é um instrumento escolhido meu, para levar o Meu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel; porque lhe mostrarei o quanto deve sofrer por causa do Meu nome". (Atos 9). O amor a Cristo incluía o sofrimento pelo nome de Cristo, assim como Cristo havia sofrido. Paulo abraçou isso completamente, confiando na benevolência de Deus e crendo que a recompensa pela obediência valeria mais do que os custos. Devido à escolha dessa perspectiva, o que antes Paulo considerava ganho ele agora contava como perda. A palavra “perda” também pode significar "desvantagem". Paulo costumava considerar seu prestígio terreno como um ativo; agora, ele entendeu que as coisas do mundo eram, na verdade, passivos.

Paulo havia aplicado isso não apenas ao seu privilégio religioso anterior, mas também a todos os outros aspectos de sua vida. Ele havia decidido que a perda de tudo para obedecer plenamente a Cristo valeria a pena. Isso se reflete na declaração de Paulo: Mais do que isso, considero todas as coisas como perdas, tendo em vista o valor superior de conhecer Cristo Jesus, meu Senhor. Não foram apenas as credenciais religiosas que Paulo decidiu não mais valorizar em comparação ao conhecimento de Cristo Jesus. Ele decidiu considerar todas as coisas como perda em comparação a conhecer a Cristo. Isso porque conhecer a Cristo Jesus tinha um valor superior.

Paulo descreverá o que quer dizer com conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Implícito nesta afirmação está o grande e insuperável benefício que Paulo enxerga em conhecer a Cristo Jesus como Senhor durante esta vida, o único período da nossa existência em que precisamos andar pela fé. Na próxima vida, os crentes verão e conhecerão a Jesus face a face. Porém, conforme observado por Paulo em sua carta aos Efésios, os principados e poderes nos lugares celestiais observam os crentes na terra (a igreja) que andam pela fé buscando entender a sabedoria de Deus (Efésios 3:10; ver também  1 Pedro 1:12).

Quando caminhamos pela fé em obediência a Jesus nesta vida, alcançamos um benefício que só pode ser obtido durante esta vida. Se perdermos isso, o benefício se vai para sempre, porque não poderemos mais andar por fé na próxima vida. Fé é crer em coisas invisíveis tão firmemente como se fossem visíveis (Hebreus 11:1). Na próxima vida não será necessário termos fé, pois veremos tudo. Há um imenso benefício em conhecer a Deus pela fé, algo que surpreende até mesmo aos seres celestiais.

O que tem valor superior é conhecer a Cristo como Senhor através da obediência e da fé. O termo “Senhor” também pode ser traduzido como "Mestre". Conhecer a nosso Criador e Mestre através da obediência e da fé tem um valor que supera qualquer outra coisa que possa ser adquirida nesta vida. Todos os crentes, um dia, estarão fisicamente na presença de Jesus e O conhecerão face a face. Aqui, Paulo parece afirmar que conhecer a Cristo através da obediência da fé nesta vida tem um valor que supera a todas as outras experiências possíveis.

O fato de os anjos estarem observando os crentes, estudando-os atentamente para saber como entendem a sabedoria de Deus, nos dá uma pista sobre o imenso valor de conhecermos a Deus pela fé (Efésios 3:10,  1 Pedro 1:12). Os anjos estão na presença de Deus. Porém, eles não têm a oportunidade de conhecer a Deus pela fé. Fé é crer em coisas que não podemos ver (Hebreus 11:1). Na próxima vida, veremos como eles vêem. É somente nesta vida que temos a oportunidade de conhecer a Deus pela fé, uma oportunidade a qual os anjos anseiam experimentar.

Conhecer a Cristo Jesus como Senhor através da obediência da fé tem valor superior. Uma forma da palavra traduzida como "ganhar" também é encontrada em 4:7: "E a paz de Deus, que ultrapassa toda compreensão, guardará seus corações e suas mentes em Cristo Jesus". O valor ganho com o conhecimento de Cristo nosso Senhor através da obediência pela fé supera a qualquer outro valor que possamos ganhar nesta vida.

Vale a pena abrir mão de tudo para obtermos o benefício de conhecer a Cristo. Conhecer a Cristo é como a parábola contada por Jesus a respeito do homem que encontrou um campo que continha um tesouro; ele foi, vendeu tudo o que tinha para comprar o campo e ganhar aquele tesouro (Mateus 13:44). A perspectiva ou mentalidade daquele homem era que o tesouro tinha um valor que superava o valor de todos os seus bens. Assim, o homem abre mão de tudo o que tinha para ganhar algo de valor superior. Paulo tem a mesma mentalidade em relação a conhecer Cristo pela fé. É algo mais valoroso do que tudo o mais que ele possuía. É por isso que Paulo considerava "como perda" quaisquer coisas deste mundo que parecessem “ganhos".

Este é o motivo do comprometimento de Paulo com a obediência a Cristo. Ele adotou a atitude de Cristo, que confiou que Seu Pai o exaltaria no devido tempo. Era, portanto, por Cristo que Paulo sofria a perda de todas as coisas. Paulo perdeu muito mais do que seu mero privilégio religioso. Ele perdeu todas as coisas. Paulo estava preso, perdera sua liberdade. Ele acabaria perdendo a vida. Porém, Paulo abriu mão de dar qualquer valor a essas coisas. Ele tomou a decisão intencional de contar todas as coisas terrenas como lixo para que pudsse ganhar a Cristo.

Paulo é claro em seus escritos que ser justificado aos olhos de Deus é apenas uma questão de fé (Efésios 2:8-9; Romanos 3:23-25; 4:1-4; 5:1, 15). Somos justificados aos olhos de Deus sem nenhum esforço. Quando Paulo diz que desejava ganhar a Cristo, ele explica que se referia aos eus esforços extenuantes para realizar uma série de coisas que poderiam resultar em grandes recompensas. Somos aceitos na família de Deus unicamente pela fé. No entanto, somos aprovados e recebemos recompensas por andarmos em obediência e fé. A maior das recompensas é conhecer a Cristo pela fé; isso tem um valor superior. Esse conhecimento de Cristo como Senhor vem através do caminhar em obediência e fé.

Paulo nos instrui no capítulo 2 a escolher a mesma atitude que Jesus escolheu, ou seja, deixar de lado todo conforto e privilégio para obedecer a Deus; ao fazê-lo, devemos confiar na intenção benevolente do Senhor para conosco, que sempre é para o nosso bem. Jesus claramente não obedeceu a Seu Pai para ser salvo do pecado e ser justificado aos olhos de Deus; Jesus não tinha pecado. Em vez disso, Jesus obedeceu a Seu Pai porque confiava que o caminho de Seu Pai era o melhor. Ao fazer isso, Jesus alcançou a maior das recompensas. Paulo escolheu seguir o exemplo de Jesus e confiar que o caminho de Deus era o melhor para ele.

Aqui está a progressão do raciocínio de Paulo relacionado ao benefício pelo qual ele se esforçava por alcançar ao abrir mão das posses de todas as coisas que poderiam trazer qualquer benefício terreno. É uma sequência de raciocínio um tanto complexa, mas que pode ser dividida da seguinte forma:

  • Paulo desejava ser encontrado Nele. Ao ser encontrado em Cristo, Paulo claramente desejava andar em Espírito, em obediência a Jesus.
  • Enquanto caminhava em Cristo, Paulo desejava não ter uma justiça própria derivada dos esforços deliberados para deixar de lado sua antiga maneira de pensar através da observância religiosa de regras derivadas da Lei, visando se tornar justo diante de Deus. Paulo faz um esforço contínuo para deixar de lado essa mentalidade e substituí-la pela mentalidade descrita no capítulo 2 — uma mentalidade de obediência pela fé, confiando em Deus por sua recompensa.
  • Em substituição à sua antiga maneira de pensar, ou seja, que a justiça era conquistada através de atos religiosos e observâncias religiosas, Paulo agora pratica a justiça que vinha através da fé em Cristo, uma obediência até à morte. Este era o resultado da adoção da mesma atitude ("phreneo") que Jesus havia adotado (Filipenses 2:5-10).
  • Paulo substitui a auto-justificação proveniente da obediência a regras e tradições religiosas pela justiça que vinha de Deus com base na fé. Esta era a verdadeira justiça, proveniente da realidade da justiça aos olhos de Deus (justificado) confirmada pela fé (Gênesis 15:6; Efésios 2:8-9). Viver em retidão nesta vida (santificada) é possível através da obediência e da , confiando que obedecer aos mandamentos de Deus produz o nosso bem.
  • Paulo raciocina que quando andasse em obediência e fé, confiando na benevolência de Deus, não importando o custo, isso teria um resultado de conhecê-Lo. A oportunidade de conhecer a Cristo pela fé ocorre apenas nesta vida. Na próxima vida O conheceremos face a face. A recompensa de conhecermos a Cristo pela fé, através da obediência, é tão grande que vale a pena abrirmos mão de tudo o que pode ser considerado como benéfico na terra.
  • Uma faceta do conhecer a Cristo é conhecer o poder de Sua ressurreição. Andar  na justiça que vem de Deus com base na fé requer permitirmos que o poder da ressurreição de Jesus flua em nossas vidas. Esta é a única maneira de realmente andarmos em obediência radical pela fé defendida por Paulo. Não podemos fazer isso com nossas próprias forças. Precisamos permitir que o poder da ressurreição de Cristo flua através de nós.
  • Uma parte de vivermos na obediência pela fé é conhecer a comunhão de Seus sofrimentos. Jesus obedeceu até o ponto da morte na cruz e, como resultado, foi exaltado por Deus (Filipenses 2:5-10). Há uma comunhão ganha com o conhecimento de Cristo ao sofrermos os mesmos sofrimentos. Em Romanos 8:17, Paulo afirma que para aqueles que sofrem os sofrimentos de Cristo, Cristo os recompensará compartilhando Sua herança no trono. É provável que a comunhão que Paulo tinha em mente incluísse essa recompensa final. Jesus se referiu a isso como “entrar na alegria do Senhor” na parábola dos talentos (Mateus 25:23).
  • Viver assim significa conformar-se com a Sua morte. Assim como Jesus aprendeu a obediência, até a morte na cruz, assim Paulo desejava fazer. Essa lista é uma síntese das atitudes que Paulo admoestou os crentes a ter no capítulo anterior (Filipenses 2:5-10).

Paulo conclui seu raciocínio dizendo que faria tudo isso para que pudesse alcançar a ressurreição dos mortos. Esta afirmação está ligada ao último passo da progressão anterior, ou seja, ser conformado com Sua morte. Há, de alguma forma, uma conexão entre se conformar com a morte de Cristo e seu desejo de alcançar a ressurreição dos mortos.

É claro que Jesus ressuscitou dos mortos pelo poder de Deus. A ressurreição é algo prometido a todos os crentes e não virá através de qualquer esforço humano. Aqui, Paulo parece estar falando de algo que ele poderia alcançar através do esforço. Essa ressurreição particular dos mortos provavelmente se refira a uma forma particular de honra ligada à obediência da morte de um mártir por Cristo.

O fato de Paulo se referir a algum tipo de recompensa é apoiado pelo contexto e também pela observação de que a palavra grega traduzida como “ressurreição” pode também ser entendida como "ressurreição exterior". A palavra traduzida como “ressurreição” é a palavra grega "exanastasis". Esta é a única ocorrência do termo nas Escrituras. A palavra grega "anastasis", que é a raiz de "exanastasis", ocorre 42 vezes e geralmente é traduzida como "ressurreição". Na língua grega significava "ser levantado". Os gregos não eram propensos a acreditar na ressurreição dos mortos, conforme evidenciado pela reação dos intelectuais gregos aos ensinamentos de Paulo sobre o assunto em Atos 17:

"Ora, quando [os atenienses] ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns começaram a zombar, mas outros disseram: 'Voltaremos a ouvi-los a respeito disso'" (Atos 17:32).

A palavra traduzida como "ressurreição" em Atos 17:32 é a palavra grega "anastasis". O fato de ter sido qualificada por Paulo ao acrescentar "dos mortos" também indica que "anastasis" significava "ser ressuscitado" e exigia um contexto específico para indicar o compelmento - "dos mortos" - quando usada popularmente.

Ao adicionar o prefixo "ex" a "anastasis" em Filipenses 3:11 Paulo conecta o conceito de "externo" a ao verbo "levantar-se". Seria algo como "ressurreição de fora". Encaixando isso no contexto imediato, resta discernir o que Paulo tinha em mente ao se esforçar para alcançar a "exanastasis" dos mortos, que se encaixa com a idéia de que Paulo estava fazendo um esforço extremo para se conformar com a morte de Jesus e ascender ao prêmio do chamado de Cristo.

Embora no texto grego a palavra "anastasis" raramente se referisse a "ressurreição", na Bíblia este é o significado esperado. "Anastasis" ocorre 42 vezes no Novo Testamento. Há apenas uma ocorrência em que não significa "ressurreição dos mortos":

"E Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: Eis que este Menino é designado para a queda e ressurreição ("anastasis") de muitos em Israel, e para um sinal a ser combatido" (Lucas 2:34).

Neste versículo de Lucas, "anastasis" refere-se a alguém ascendendo à proeminência. A palavra é contrastada com aqueles que cairiam de suas posições, levando-nos ao entendimento de que o termo se refere à realidade de que toda a humanidade seria dividida no julgamento final com base em sua resposta a Jesus Cristo.

Se não fosse o qualificador que Paulo acrescenta, "dos mortos", seria provável que "exanastasis" se referisse ao chamado a ascender, "ser levantado" posicionalmente. No entanto, Paulo acrescenta “dos mortos” à “ressurreição” ("exanastasis") que ele desejava alcançar.

Uma vez que "exanastasis" é algo que Paulo poderia alcançar, ele parece se referir a algo ganho pelo esforço. É por isso que Paulo diz que seguiria em frente. Seguir em frente significava continuar a fazer um esforço extenuante, mesmo quando exausto. Além disso, Paulo não diz que já havia alcançado ou se tornado perfeito. Parece mais do que estranho para Paulo pensar que precisasse explicar que ainda não havia ressuscitado se estivesse se referindo à ressurreição dos mortos experimentada por todos os crentes.

Paulo parece conectar "exanastasis" com ser feito "perfeito" (versículo 12), referindo-se a chegar à maturidade completa de sua fé. É provável, então, que Paulo estivesse falando de entregar sua vida plenamente em fidelidade como testemunha de Cristo, até a morte como mártir.

Portanto, o uso de "exanastasis" dos mortos por Paulo parece se referir a ser ressuscitado com algum tipo de bênção ou recompensa especial. Talvez esteja ligado ao conceito apresentado no Apocalipse de ser "vencedor". Está claro em Apocalipse que alguns crentes serão vencedores e receberão uma grande recompensa, enquanto outros não. Todos os crentes ressuscitarão, mas nem todos os crentes receberão a recompensa como vencedores.

Parece que as recompensas são proporcionais, o que é consistente com outras passagens, como este versículo de 2 João 1:

"Vigiai-vos, para que não percais o que conquistamos, mas para que possais receber uma recompensa plena" (2 João 1:8).

Este versículo de 2 João indica que as recompensas podem ser perdidas em parte, uma vez que João exorta seus discípulos a "receber uma recompensa total" em vez de uma recompensa parcial. O que Paulo parece estar afirmando é que ele desejava alcançar sua recompensa completa, a recompensa de ter sido uma testemunha fiel até a morte como mártir de Cristo. Assim como Jesus deu Sua vida, Paulo escolheu dar sua própria vida como mártir.

Vale ressaltar que a palavra "mártir" vem do grego. No livro de Apocalipse, a palavra "martírio" ocorre várias vezes e é mais frequentemente traduzida como "testemunha" ou "testemunho". A Bíblia indica que a chave para o "martírio" é ser uma testemunha fiel, sem medo de rejeição, perda ou morte. Paulo espera fazer tudo isso.

A relação entre vencer e ser recompensado pode ser observada em Apocalipse 3:21, onde Jesus exorta aos irmãos da igreja de Laodicéia a vencer, pois "Eu também venci e me sentei com meu Pai em Seu trono". Jesus claramente não tinha que crer para ser justificado aos olhos de Deus através da fé. Jesus não tinha pecado. Pporém, Jesus venceu a tentação e a rejeição (Hebreus 4:15; 12:2). Ele venceu a agonia da morte (Lucas 22:41-46). Vencer refere-se a aprender obediência, até a morte, assim como Jesus aprendeu e foi recompensado.

Todos os crentes passarão a eternidade na presença de Deus, como Seus filhos. Porém, apenas alguns receberão a máxima recompensa por sua obediência. Paulo desejava ser um desses, entregando sua vida em constante risco para fazê-lo. Ele havia dado uma espiada no Céu e não lhe foi permitido falar sobre suas experiências. No entanto, podemos concluir por seu entusiasmo em entregar sua vida como mártir que o que ele viu havia deixado claro que fazê-lo valeria mais do que todos os custos (2 Coríntios 12:1-4).

Em sua esperança de alcançar a exanastase/ressurreição, Paulo podia estar se referindo a um desejo de ser o tipo de testemunha registrada no Apocalipse e referida como "vencedor". Os vencedores são testemunhas obedientes a ponto de não temerem a morte (de qualquer tipo, incluindo perdas ou rejeições). Isso pode estar relacionado com a declaração de Paulo no capítulo 1: "Porque para mim, viver é Cristo e morrer é ganho" (Filipenses 1:21). Talvez Paulo estivesse dizendo: "Não terei alcançado ser este tipo de testemunha fiel que procuro ser e ganhar a recompensa dessa fidelidade até que eu tenha aprendido a obediência até a morte".

Pode ser que, ao usar "exanastasis" dos mortos no lugar de "anastasis" dos mortos, Paulo tenha em mente a glória da ressurreição conectada à vida de obediência até a morte. Paulo, mais tarde, se referirá à grande "meta do prêmio do seu chamado" (versículo 14). Isso evoca uma imagem de conquista atlética, conforme descrita por Paulo em 1 Coríntios 9. Os atletas olímpicos eram chamados à plataforma "bema" para receberem reconhecimento e honra por sua conquista. Paulo observa, no entanto, que as recompensas olímpicas evaporam e desaparecem, enquanto as recompensas de Cristo duram para sempre.

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