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Significado de Provérbios 2:12-15

A maldade é uma perversão do plano de Deus para o mundo e para a vida de cada indivíduo. Aqueles que a escolhem se encontram lutando contra a realidade.

Salomão continua a traçar seu caminho de como a responsabilidade humana interage da melhor forma com o plano de Deus para o mundo e com o próprio Deus. A primeira metade do Capítulo 2 focou nos resultados positivos diretos da sabedoria, já a segunda é um aviso sobre as consequências negativas de escolher o outro caminho - o caminho do mal.

Somente através de alinhar nossas escolhas com a confiança em Deus seremos livres do caminho do mal. A palavra caminho aqui é a palavra hebraica "derek", que significa jornada. Assim como a sabedoria, o mal é um caminho, uma maneira de viver. Somente através da aceitação e aplicação do conhecimento de Deus em nossas vidas podemos ser libertos do caminho do mal.

Uma das chaves da Literatura da Sabedoria (os livros de Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cânticos dos Cânticos) é essa mistura desafiadora entre tomar as melhores decisões que podemos e confiar em Deus - mesmo quando as consequências são confusas ou o propósito não está claro. Jó ficou perplexo com a trajetória de sua vida. Em Eclesiastes, Salomão adverte que a vida é vaporosa e enigmática, mesmo quando tememos a Deus e obedecemos aos Seus mandamentos. Em Provérbios, Salomão falará sobre a realidade confusa das exceções - a sabedoria não é uma fórmula prescritiva rígida. É um caminho.

Quando enfrentamos essa incerteza, isso nos leva a duas opções. Podemos optar por confiar em Deus ou podemos nos desviar do caminho em busca do nosso próprio caminho, que acabará sendo uma espécie de ilusão de controle.

Os caminhos do mal são referidos como perversões. A sabedoria nos livra do caminho do homem mau e do que fala coisas perversas. Esse homem é representativo daqueles que escolhem o mal. No próximo versículo (13), aqueles que escolhem o mal são referidos como os que abandonam as veredas da retidão, para andarem nos caminhos das trevas. Eles escolhem pegar o que Deus deseja para o bem, como um meio de confiar Nele, e remodelá-lo à sua própria imagem, para seus próprios fins. Eles escolhem as trevas em vez da luz.

Aqueles que abandonam as veredas da retidão, para andarem nos caminhos das trevas se afastaram do bom caminho. Eles abandonaram. A palavra hebraica equivalente "asab", que também pode ser traduzida como "partir". Aqueles que andam nas veredas das trevas primeiro têm que abandonar, ou "partir", o caminho para o qual foram criados.

Salomão está destacando o absurdo dessa escolha de abandonar o caminho de Deus para andar no das trevas. Obviamente, andar na escuridão é muito difícil; é muito pior que andar em um ambiente iluminado. Fomos feitos para andar não apenas com os pés, mas com os olhos. Sem visão, é difícil se mover, andar se torna frustrante, lento e tortuoso. Ao deixar o caminho da sabedoria, os ímpios escolhem andar às cegas. Esta é a realidade do que está acontecendo, mas, é claro, não será a percepção daqueles que escolhem as trevas, pelo menos não inicialmente.

Os ímpios, portanto, se alegram de fazer o mal. Regozijam-se em abandonar a realidade, e escolhendo o seu próprio caminho, se alegram na perversidade do mal. Eles deixaram o caminho reto e escolheram o caminho tortuoso. O caminho reto é a sabedoria e o caminho deformado é a maldade. Os ímpios se deleitam em suas perversões retorcidas. O plano para suas vidas, o caminho, foi abandonado. O mal não é uma criação, mas uma perversão do bem. Em essência, o mal é o abandono do bem. Decidir se afastar de Deus em vez de se aproximar Dele. Somos livrados do destino do mal ao receber o conhecimento de Deus (v.11).

Precisamos da orientação de Deus para nos proteger dessas perversões, de modo que não nos tornemos um daqueles que se alegram de fazer o mal. Há o famoso ditado que diz que as portas do inferno são trancadas por dentro, sugerindo que aqueles que fazem o mal escolheram e preferem estar lá. As consequências negativas do mal se tornam sua preferência, este é o resultado final de negar a realidade. Aqueles que escolhem o caminho do mal, o caminho da perversão, sucumbem a uma existência tortuosa e enganosa. Eles se afastam cada vez mais da realidade, acreditando cada vez mais em sua perversidade.

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