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Significado de Provérbios 9:13-18
Os caminhos da Senhora Sabedoria representam o caminho do nosso melhor interesse. A base para o caminho da Sabedoria é o temor do Senhor, esse, nos leva a reconhecer a realidade, ou seja, a realidade de causa e efeito do propósito de Deus no universo moral.
Por outro lado, a mulher da loucura representa a absurda prejudicialidade do outro caminho — o caminho do orgulho. Ela é descrita em outras passagens de Provérbios como uma estranha e adúltera, Ela busca o próprio caminho e serve a própria vontade explorando os outros. Os versículos que precedem esses (veja notas em Provérbios 9:10-12) falam diretamente sobre o valor da sabedoria e como ela ajuda a satisfazer nosso profundo desejo de viver uma vida significativa e importante.
A mulher da loucura é a antítese ao caminho certo, o versículo 13 descreve três manifestações específicas disso. A primeira é que a A loucura é mulher turbulenta; (v.13). Literalmente, ela é barulhenta. A entrelinha aqui é que ela substitui mensagens significativas por tagarelice sem sentido, como se o volume e a frequência pudessem superar a falta de substância.
Em seguida, Salomão acrescenta que ela é ingênua e não sabe de nada. A palavra para ingênua aqui não é a mesma palavra que Salomão usou para descrever seu público jovem (1:4, 7:7, 8:5, 9:4), ele está usando uma palavra que está mais relacionada a "desinformado". A palavra aqui para a mulher da loucura é "petayyut" e vem de uma raiz que significa "tolice" ou "absurdo".
Embora haja uma distinção, as duas palavras estão intimamente relacionadas. Essa tolice (quase insanidade) parece ser a manifestação completa de continuar na ignorância (ingenuidade). Este é o caminho da mulher da loucura e, as nuances sugerem, o caminho inevitável dos jovens ingênuos se não escolherem o caminho da sabedoria. Talvez seja uma ignorância deliberada de alguém que teve a oportunidade de escolher a sabedoria e declinou.
A expressão não sabe de nada é mais uma acusação forte. Ela existe em negação da realidade, não há conhecimento verdadeiro para ela, apenas perversão e clamor. Ela tenta criar sua própria realidade e vive em uma ilusão.
Depois de descrever algo de sua natureza, Salomão passa a descrever algo de seus métodos. Senta-se junto à porta da sua casa, sobre uma cadeira nas alturas da cidade (v.14). Essa descrição parece colocar ela muito próxima à casa da Senhora Sabedoria (Provérbios 9:1-3).
A casa da Senhora Sabedoria, no entanto, é descrita como estando no "topo das alturas da cidade", sugerindo que ela ocupa o local proeminente, o ápice. A mulher da loucura está nos lugares altos, não exatamente lá, mas perto. Isso fala de sua estratégia; ela espelha os caminhos da Senhora Sabedoria de uma posição de inferioridade. Podemos reconhecer isso como uma estratégia principal do pecado — uma perversão da honestidade, parecendo próxima o suficiente para enganar o coração ingênuo.
Novamente, assim como a Senhora Sabedoria (Provérbios 9:4-6), a mulher da loucura chama aqueles que passam por perto (v.15). Ela está evocando a mesma "estratégia de marketing" da Senhora Sabedoria, tentando imitá-la e atrair aqueles que, de outra forma, poderiam encontrar o verdadeiro caminho. A Loucura chama aqueles que estão endireitando seus caminhos (v.15). Ela está tentando desviar aqueles que estão no caminho certo, pegá-los e afastá-los do caminho da sabedoria.
E isso é o que ela chama: Quem é ingênuo volte-se para cá (v.16). Essa citação é palavra por palavra a mesma que a Senhora Sabedoria faz para os que passam (Provérbios 9:4). Se alguém não estiver totalmente informado e ciente, parece que pode ser fácil confundir o chamado da Loucura com o da Sabedoria. A Loucura promete vida, mas entrega a morte. A próxima frase, ao que é falto de entendimento, diz ela, também parece como se tivesse sido copiada da descrição da Senhora Sabedoria no versículo 4.
A mensagem aqui é a seguinte: Sabedoria e Loucura são os dois caminhos binários, cada um promete a mesma coisa: vida. Mas apenas um cumpre: a Sabedoria. Ambos buscam cada alma humana e a Loucura, sendo principalmente uma perversão da Sabedoria, muitas vezes implementa táticas de imitação.
Mas a Loucura só pode imitar por um tempo limitado. Parece que essas estratégias iniciantes são para tentar atrair as pessoas do caminho certo.
Para aquele que falta entendimento, ela (a mulher da Loucura) diz, “As águas furtadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável (v.17)”. Isso contrasta fortemente com o que a Senhora Sabedoria disse aos que passavam no versículo 5: " Vinde, comei o meu pão e bebei do vinho que misturei." (Provérbios 9:4-6). A Sabedoria está oferecendo comida (em sentido metafórico) de maneira aberta e comunitária, possuída e dada por ela ("meu" alimento). Esta é a oferta de vida real ao escolher a auto governança, o amor ao próximo e o serviço aos outros (Mateus 22:37-39). É ao escolher este caminho, o caminho estreito, que comunidades vibrantes são construídas e a verdadeira realização é encontrada.
Por outro lado, a mulher da loucura fala da água roubada como doce. O apelo é para pegar o que não é seu, reivindicar posse daquilo que realmente pertence a Deus (o pecado original e uma grande força por trás de todo pecado). A Loucura proclama que o furto é benéfico, que roubar algo e torná-lo seu próprio é a chave para a alegria. É uma sedução, a promessa é que a vida vem através da exploração dos outros, esse caminho leva a uma competição para ver quem pode ser o principal explorador, e os exploradores inevitavelmente se tornam os explorados.
O caminho para a vida é baseado na fé de que o caminho de Deus é para o nosso bem. Isso reconhece o plano de Deus, que Ele criou o mundo com uma relação de causa e efeito moral, assim como criou o mundo com causa e efeito físico. O oposto de tal fé é o orgulho, a crença de que podemos determinar nossa própria realidade moral (Habacuque 2:4). Podemos não acreditar na gravidade moral, por assim dizer, mas ainda assim "cairemos no chão".
Além disso, a Loucura diz que o pão comido às escondidas é agradável. Novamente, isso contrasta diretamente com o que a Sabedoria propôs no versículo 5. Não venha para a mesa, não participe da comunidade, não compartilhe — pegue o que é seu e consuma em uma alegre gula sozinho.
Por mais claramente prejudiciais que essas sugestões sejam, elas também são muito tentadoras. Muitas vezes, é uma sedução eficaz.
Salomão coloca as cartas na mesa para encerrar esta seção. Mas ele (o ingênuo) não sabe que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do Sheol (v.18).
Isso descreve uma espécie de cena macabra onde a casa da Loucura é assombrada pelos fantasmas de suas vítimas que o ingênuo ainda não pode perceber. O caminho da loucura é sedutor porque fala à nossa carne, sugerindo alguma gratificação instantânea e algum apelo superficial. Sugere que podemos dominar, explorar e extrair dos outros.
Este é o caminho para a morte (Mateus 7:13-14), separação do plano de Deus. Deus projetou o mundo para estar conectado, para estar em harmonia, quando amamos e servimos, semeamos e cultivamos harmonia, recreamos o bom propósito de Deus. Isso parece ser difícil, mas leva à vida (Mateus 7:13-14).
Embora possa parecer convidativo, o caminho da loucura é o caminho da insignificância e destruição. E embora possa parecer árduo, o caminho da sabedoria, do amor e serviço, é o verdadeiro caminho para a vida.
Recebemos uma administração imensa — a administração das nossas escolhas, as consequências das nossas decisões são enormes. Sabedoria e Loucura estão ambas chamando, buscando-nos para seguir. Assim como Sabedoria e Loucura chamam de fora, a Carne e o Espírito contestam internamente (Gálatas 5:16-17). A escolha que fazemos resulta ou no cumprimento da lei do amor, ou em viver em um mundo brutal de mordidas e devoração (Gálatas 5:13-15). A Escritura é consistente em todo lugar e nos presa a escolher a vida (Deuteronômio 30:19; Mateus 7:13-14; Gálatas 6:8).