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Significado do Apocalipse 19:9-10
Na seção anterior de Apocalipse 19:1-8, fomos apresentados aos crentes que eram a noiva de Cristo. Eles estavam vestidos com trajes de "linho finíssimo" que representavam os "atos da justiça dos santos". Agora, o orador deixa claro que nem todos serão convidados para a ceia das bodas do Cordeiro, que vai ser uma celebração de honra. O Cordeiro é uma referência a Jesus (Apocalipse 5:6, 12-13). Como aprendemos na seção anterior, o Cordeiro se casará com a igreja, a noiva de Cristo.
Escreve: Bem-aventurados os que têm sido chamados à ceia das bodas do Cordeiro. Disse-me ainda: Estas são verdadeiras palavras de Deus.
Todo o livro foi escrito para os crentes, os servos de Jesus, para incentivá-los a permanecer fiéis e verdadeiros à obediência da fé, apesar das dificuldades e perseguições. Por fazer isso, é permitido que o crente receba as grandes recompensas que Deus reserva para aqueles que perseveram na fidelidade. Uma das realidades do mundo que está por vir é que alguns, mas não todos, serão honrados. As verdadeiras palavras de Deus são que todos aqueles convidados para o banquete de casamento do Cordeiro são abençoados. Isso indica que alguns crentes receberão essa bênção, e outros não.
Pode ser que todos os crentes sejam incluídos como parte da noiva de Cristo e habitarão na nova terra com Jesus para sempre, mas nem todos os crentes serão honrados no banquete de casamento do Cordeiro. Isso parece ter a mesma mensagem da parábola que Jesus contou em Mateus 8. Nela, os "filhos do Reino" são excluídos do banquete de honra, enquanto os gentios são colocados à mesa principal ao lado dos patriarcas da fé judaica, incluindo Abraão (Mateus 8:11-13). Os "filhos do Reino" são judeus crentes, como fica claro na parábola do joio (Mateus 13:38). Essa temporada de refinamento passará, pois não haverá mais tristeza na nova terra (Apocalipse 21:4).
Em seguida, descobrimos que a pessoa que está revelando essas coisas a João é outro servo. João observa: Prostrei-me ante os seus pés para o adorar. Parece que, neste ponto, João está sobrecarregado pelo que ouviu e simplesmente se prostra para adorá-lo. O mensageiro diz: Ele me disse: Vê, não faças tal. Ele explica: sou servo contigo e com teus irmãos que guardam o testemunho de Jesus. O fato de que essa pessoa tinha tanta majestade que João sentiria vontade de adorá-lo mostra a incrível transformação que Deus realizará em Seus servos fiéis. O mensageiro redireciona a adoração de João e diz para adorar a Deus.
A palavra traduzida como testemunho tem sua raiz no grego "martyria", nós obtemos a palavra "mártir" em português a partir dela. Ela significa testemunho ou testemunha. O tema principal do livro do Apocalipse inclui uma exortação para que cada crente seja um bom administrador de suas escolhas e escolha ser uma testemunha fiel ("martyria") e não tema a rejeição, a perda ou a morte pelo sistema mundial. Aqueles que forem fiéis dessa maneira são os que obterão as grandes recompensas prometidas por Jesus.
O servo agora oferece uma explicação para seu conselho anterior. Ele diz: Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profecia. A palavra testemunho aqui novamente tem a raiz "martyria". Vimos a mesma palavra traduzida como "profecia" na introdução ao Livro do Apocalipse:
“Bem-aventurado o que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas que nela estão escritas, pois o tempo está próximo.”
(Apocalipse 1:3)
Essa frase da introdução "palavras da profecia" é comparável ao espírito da profecia em Apocalipse 19:10. A profecia é a proclamação da verdade. Ela abrange tanto palavras quanto o espírito. Pode ser a verdade sobre o passado, presente ou futuro. A mesma palavra traduzida como profecia é usada para descrever a Bíblia:
“Conhecendo primeiro isto, que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação, porque a profecia jamais foi dada pela vontade dos homens, mas os homens da parte de Deus falavam, movidos pelo Espírito Santo.”
(1 Pedro 1:20-21)
A palavra profética de Deus é também expressa em palavras e possui o espírito de adoração. A essência da adoração é ouvir e escolher seguir o que é verdadeiro.
Apocalipse fala a verdade sobre o grande benefício de viver como uma testemunha fiel e não temer a morte, a perda ou a rejeição. Viver dessa maneira é adorar a Deus. Se lermos, ouvirmos e seguirmos as palavras da profecia de Apocalipse, nos é prometida uma grande recompensa. Para fazê-lo, é necessário um espírito de profecia que nos leva a adorar a Deus.
O espírito de adoração crê em quem Deus é e O trata de acordo. Isso é mostrado neste trecho:
“Aproximando-se um leproso, adorava-o, dizendo: Senhor, se quiseres, bem podes tornar-me limpo.”
(Mateus 8:2)
Neste trecho, é dito que o leproso adorou a Jesus quando reconheceu que Ele tinha a capacidade de curá-lo, mas não tinha obrigação alguma de fazê-lo. Com isso, o leproso buscava uma bênção, mas reconhecia que era uma questão de misericórdia se isso acontecesse.
A verdade da palavra profética de Apocalipse é que a bênção verdadeira e duradoura vem para aqueles que vivem no espírito de adoração e que vivem como fiéis testemunhas, em plena obediência a Cristo.