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Significado de Romanos 11:1
Ao longo de Romanos, Paulo responde à acusação caluniosa feita pelas autoridades judaicas. Seus argumentos tinham o objetivo de diminuir o ministério de Paulo, buscando retratar seu ensino como insano (Romanos 3:8). Essas autoridades argumentavam que o ensino de Paulo preconizava que, se a Lei Judaica havia realmente sido deixada de lado, as pessoas deveriam pecar ao máximo. Eles argumentavam que Paulo ensinava que se as pessoas pecassem muito elas estariam fazendo um favor a Deus, já que Ele precisaria expandir ainda mais a Sua graça.
Paulo já havia destruído tal calúnia (Romanos 6:1). Ele demonstra que, embora fosse verdade que a graça de Deus era abundante (Romanos 5:20), seria impensável continuar a pecar devido aos graves resultados associados às suas práticas. O apóstolo inicia sua carta demonstrando a progressiva autodestruição que o pecado causa naqueles que o seguem, progredindo da luxúria ao vício e do vício à perda da saúde mental (Romanos 1:24, 26, 28).
Paulo também afirmara que Jesus havia abolido a Lei, dando-nos o poder do Espírito para experimentarmos uma vida justa através da fé. Porém, aqui, Paulo parece responder a um argumento subsequente contra seu ensino, algo na linha da idéia de que se a Lei havia sido abolida, se eles não mais estavam sob a Lei, isso significaria que Israel havia sido deixado de lado. Ou seja, Israel não tinha mais um propósito no plano de Deus.
As autoridades judaicas podem ter concluído o seguinte: "Bem, há uma linda história entre Deus e Seu povo. De repente, do nada, Deus nos remove de cena? Vejam, esta é mais uma razão pela qual os ensinamentos de Paulo, que enfatizam a graça e a fé, são falsos." Paulo, então, responde à alegação de que Deus havia rejeitado a Seu povo Israel.
Várias vezes no livro de Romanos Paulo apresenta distorções de seus ensinamentos na forma de perguntas retóricas, respondendo-a com a expressão “De modo nenhum!” (Romanos 3:4, 6, 31; Romanos 6:2, 15; Romanos 7:7, 13; Romanos 9:14). Cada uma dessas perguntas tem essencialmente o mesmo formato. Assim, é provável que Paulo ainda estivesse respondendo a seus opositores. Ele pergunta: “Digo, pois: porventura, rejeitou Deus ao seu povo?” (v 1). E, assim como nas outras objeções, Paulo responde imediatamente com a expressão: “De modo nenhum!” Deus não havia rejeitado ao Seu povo.
Ele os havia removido? Não. Se isso tivesse ocorrido, isso significaria que Ele teria que ter removido a Paulo também, pois ele diz: “Eu também sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim” (v. 1). Deus conhecia a Seu povo, Ele não havia removido a nenhum deles (Romanos 11:2). Paulo argumenta neste capítulo que Israel ainda era o povo de Deus. Deus ainda os amava. Deus cumpriria Suas promessas a eles, porque Suas promessas eram irrevogáveis (Romanos 11:29).
A tribo de Benjamim havia sido a tribo histórica do primeiro rei de Israel, Saul. O nome judeu de Paulo também era Saulo. Há um padrão nas Escrituras do segundo sobrepujando o primeiro. Talvez o apóstolo Paulo fosse o segundo Saulo. Ele começou como o primeiro Saulo, perseguindo à igreja de Deus e insistindo em seu próprio caminho. Porém, ele aprendeu a humildade e tornou-se um fiel servo de Deus. Desta forma, o segundo Saulo se tornaria o servo fiel do segundo Davi, Jesus Cristo, o Filho de Davi (Mateus 1:1), ao contrário do primeiro Saulo, que tentara matar Davi, a fim de impedi-lo de subir ao trono.