AaSelect font sizeSet to dark mode
AaSelect font sizeSet to dark mode
Este site utiliza cookies para melhorar sua experiência de navegação e fornecer conteúdo personalizado. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies conforme descrito em nossa Política de privacidade.
Significado de Romanos 13:1-2
Neste ponto de sua carta aos crentes romanos, Paulo explica como seria viver como justos pela fé. Parte da justiça tem a ver com a obediência às leis da terra. Paulo lutou muito contra as autoridades judaicas que queriam que os crentes seguissem às leis do Antigo Testamento. Paulo descredibilizou profundamente a idéia de estarmos sob a lei depois de Cristo.
Aquelas autoridades judaicas em Roma provavelmente estavam lutando contra Priscila e Áquila, companheiros judeus que haviam pregado o Evangelho ao lado de Paulo durante seu exílio fora de Roma e que agora retornaram para sua casa (Atos 18:2, 18, 26).
É provável que, pelo fato de Priscila e Áquila liderarem uma igreja em Roma (Romanos 16:3-4), eles tenham experimentado resistência das mesmas autoridades judaicas que se opunham ao ministério de Paulo. Priscila e Áquila provavelmente enviaram uma mensagem a Paulo pedindo sua ajuda, resultando nesta carta à igreja.
Aqui no capítulo 13, no entanto, em contraste com a Lei mosaica, Paulo enfatiza a necessidade dos irmãos de obedecerem às leis e aos governos humanos: “Todo homem esteja sujeito às autoridades superiores” (v. 1). Por que? Porque, segundo Paulo, “não há autoridade que não venha de Deus; e as que há têm sido ordenadas por Deus” (v. 1).
Se vivemos em justiça (harmonia) pela fé (como diz o versículo tema de Romanos - 1:17), devemos ser obedientes aos desígnios de Deus: “De modo que aquele que se opõe à autoridade resiste à ordenação de Deus” (v. 2).
Se desobedecermos aos nossos governos humanos, estaremos desobedecendo a Deus: “Os que resistem trarão sobre si condenação” (v. 2). Eles serão punidos por isso. É a vontade de Deus que nos submetamos às autoridades humanas.
Nos Estados Unidos, a autoridade máxima do governo é localizada nos cidadãos, de acordo com a Constituição dos EUA. Isso significa que Deus nos designou como cidadãos que devem exercer a autoridade adequadamente, como serviço a Ele e aos outros. Isso significa que nosso trabalho como cidadãos é o de desempenhar nosso papel de forma adequada na manutenção de um padrão de amor ao próximo como a nós mesmos e lutar por um governo que reflita os valores bíblicos. A direção de Deus para o florescimento humano está na criação de uma sociedade que se autogoverne.
Os pilares do autogoverno são: 1) Estado de Direito; 2) consentimento dos governados; e 3) propriedade privada.
Podemos ver essa estrutura em todas as Escrituras, mas particularmente quando Deus estabeleceu a nação de Israel. Deus estabeleceu um pacto ou tratado legal com Israel (Estado de Direito). O principal princípio orientador dessa aliança era o de que cada pessoa deveria amar ao próximo como a si mesma (Levítico 19:18; Mateus 22:37-39).
Deus apresentou o tratado e o povo entrou nele voluntariamente (Êxodo 19:8). Deus orientou os israelitas a escolherem juízes para si, homens honestos e que julgassem sem parcialidade (Deuteronômio 16:18-20). Isso estabeleceu o princípio do consentimento dos governados.
O terceiro pilar do autogoverno é a propriedade privada. Quando Israel entrou na terra, eles receberam a escritura dela. Uma parte substancial da Lei de Deus para Israel tratava de honrar à propriedade e aos vizinhos (Êxodo 20:13-17). A forma mais clara de respeito e honra às pessoas (amor o próximo) é o respeito pelos seus bens.
Infere-se que os cidadãos de uma forma republicana de governo, como nos Estados Unidos, devem defender esses princípios.
Sabemos que quaisquer regras ou leis provocam a criação de uma hierarquia, tendo a Deus no topo. Respeitamos a propriedade privada. Porém, devemos quebrar a janela de uma casa para tirar alguém de lá se a casa estiver pegando fogo - a vida sempre deve ter uma prioridade maior. Da mesma forma, se o governo faz uma lei que viole a consciência moral, esta lei deve ser resistida. Os apóstolos fizeram isso ao se recusarem a obedecer à ordem de parar de pregar o nome de Jesus (Atos 4:18-20).
Paulo escreveu a admoestação sobre obedecermos às autoridades, porém pregava o Evangelho apesar da oposição das autoridades (Atos 16:20, 25). Quando as autoridades se comportavam mal, Paulo as responsabilizava de acordo com a lei (Atos 16:37). Tudo isso se enquadra no princípio que Paulo discutirá na próxima seção, ou seja, o propósito de Deus para delegar autoridade aos governos é que eles façam o bem e eliminem o mal.