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Significado de Romanos 16:13-16

Paulo termina a lista de crentes a quem ele desejava saudar em Roma, provavelmente também seus aliados na luta contra as autoridades judaicas que caluniavam o Evangelho da graça pregado por Paulo.

Rufo é chamado de “escolhido no Senhor, e a sua mãe e minha” (v. 13). Paulo considerava a mãe de Rufo como sua mãe, provavelmente devido à bondade e hospitalidade que ela havia demonstrado a ele no passado. Não sabemos nada sobre Asíncrito, Flegonte, Hermes, Pátrobas ou Hermas. Presumivelmente, já que os nomes são listados juntos, eles tinham algo em comum, talvez fossem líderes de uma igreja, já que Paulo diz: “e aos irmãos que estão com eles” (v. 14).

É interessante notar a quantas pessoas Paulo conhecia na igreja romana, embora nunca tivesse estado lá. Uma vez que Roma era o centro do mundo naquela época, em todos os sentidos (político, econômico e cultural), não era surpreendente que possa ter havido uma imigração em massa de pessoas para Roma a quem Paulo havia conhecido em suas viagens.

Paulo pede que Filólogo e Júlia sejam cumprimentados; provavelmente eles eram marido e mulher ou irmão e irmã. Paulo se refere a Nereu e sua irmã, e Olimpas e “a todos os santos que estão com eles”, indicando que essas pessoas provavelmente estivessem ligadas a outra igreja em Roma. Paulo, então, tra mais uma instrução aos crentes: “Saudai-vos uns aos outros com ósculo santo” (v. 16). O "beijo santo" era um gesto habitual de fraternidade compartilhada em Cristo. Paulo encerra sua saudação dizendo que “todas as igrejas de Cristo” (v. 16) saudavam aos crentes em Roma.

Paulo fez uma longa lista de cristãos aos quais ele conhecia pessoalmente e poderiam atestar sua virtude e devoção a Deus. Havia uma história de sucesso em cada pessoa a quem ele cita. Epêneto é conhecido como o primeiro convertido ao Cristianismo na Ásia e um amigo amado de Paulo. Maria era uma crente descrita como trabalhadora, assim como Urbano, Trifena, Trifosa e Pérside. Paulo expressa um profundo amor por todos eles. O apóstolo certamente tinha uma rica história com esses santos, feita de dedicação, sofrimento e amor. Andrônico e Júnias haviam sido presos com Paulo em algum momento. Eles são chamados de “compatriotas”, provavelmente companheiros israelitas, e são reverenciados pelos apóstolos por seu ministério. Herodião aparentemente também era compatriota de Paulo, um amigo judeu.

Todas essas pessoas eram irmãos e santos, assim como todos os que crêem em Jesus Cristo. Paulo via o Evangelho como um trabalho de equipe. Ele descrevera a igreja como um corpo no capítulo 12 para mostrar o que significa viver a justiça. Jesus é o Cabeça do corpo. Todos os santos são exemplos do funcionamento do corpo de Cristo. Todas essas pessoas haviam ajudado Paulo; seu ministério foi apoiado pelos crentes a quem ele conheceu. Paulo ensina ao longo desta carta que os cristãos devem viver harmoniosamente e cuidar uns dos outros em amor.

É provável que Paulo faça menção de todas essas pessoas para combater ainda mais as calúnias contra ele (Romanos 3:8). O Evangelho e a posição de Paulo como apóstolo estavam sendo questionados por essas calúnias. O apóstolo ainda não havia visitado a igreja romana no momento da redação dessa carta (Romanos 1:10) e nem todos os crentes em Roma o conheciam pessoalmente. Assim, ele encerra sua carta fazendo referência a todas as pessoas a quem ele conhecia e que estavam em Roma, pessoas que poderiam validar seu apostolado. Eram pessoas com grande reputação na comunidade romana que poderiam dar testemunho de Paulo.

Não seria surpreendente descobrir que esse grupo de santos em Roma foi quem alertou Paulo sobre as calúnias contra o Evangelho da graça. Pode ser que eles tenham pedido a ajuda de Paulo para lutar contra as autoridades judaicas e que Paulo tenha escrito a carta para ajudá-los a lutar pela fé. Se isso for verdade, ao listá-los e dar-lhes uma comenda especial, Paulo concede-lhes sua autoridade apostólica, fornecendo-lhes credibilidade na luta pelo Evangelho.

Paulo havia trabalhado no ministério com essas pessoas em outras partes do mundo. Através deles, os crentes romanos poderiam ter uma visão melhor da autoridade e do ministério do apóstolo, uma vez que seus ensinamentos estavam sendo caluniados e deturpados.

Paulo também aponta para pessoas nas quais confiava, admirava e amava. Essas pessoas eram fontes de fé e liderança. As palavras de Paulo são encorajadoras, edificantes e apontam para como o corpo de Cristo deve funcionar quando vive em harmonia, afetando o mundo através de sua unidade e obediência a Deus pela fé.

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